Parceria entre APJCC e CASA da Juventude exibe “Um Corpo Que Cai”
O próximo dia 11 de setembro marca o início das atividades de mais um cineclube promovido pela Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC). “Um Corpo Que Cai”, de Alfred Hitchcock, foi o escolhido para dar início ao Cine CAJU, realizado em parceria com o Centro de Articulação Social e Apoio (CASA) da Juventude. As sessões acontecem aos sábados, a partir das 18h30, sempre com entrada franca.
A curadoria coletiva dos integrantes da APJCC revisita, neste semestre, grandes obras da cinematografia mundial, passando pela produção americana, europeia, oriental e pelo cinema de animação. Para dar início à programação, nada melhor do que uma obra daquele que foi um dos maiores mestres dessa arte chamada Cinema.
Sessão I: Um Corpo que Cai
Afastado do trabalho na polícia após desenvolver acrofobia, Scottie é encarregado de vigiar Madeleine, uma mulher com possíveis tendências suicidas. A tarefa aos poucos se transforma em obsessão, enquanto a trama leva o espectador em direções misteriosas. O filme de 1958 é estrelado por James Stewart e Kim Novak e traz a trilha sonora de Bernard Hermann.
Apesar de indicado a dois Oscar, “Um Corpo que Cai” teve recepção apática pela crítica norte-americana. Mas, felizmente, a História corrigiu o erro e a obra-prima de Hitchcock figura, respectivamente, em 1º e 9º lugares nas listas de melhores filmes de mistério e melhores filmes de todos os tempos do American Film Institute. Mas listas e premiações estão longe de ser o melhor motivo para se assistir a esse filme.
Cinema: artifício, encenação, ilusão, verdade, imagem –
Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchchcock
Texto de Felipe Cruz (APJCC 2010)
Qual o poder de uma imagem? Uma mulher loira, vestida de verde, olhar melancólico, sempre tão sozinha: é ela a imagem. Mas que verdade se esconde atrás dela? Ou que verdade pode-se enxergar através dela?
Alfred Hitchcock foi um desses artistas que são a definição perfeita de sua linguagem, e a linguagem de Hitchcock era o cinema, ele era, portanto, um apaixonado pela Imagem. Como os assassinos e criminosos de outros tipos que tantas vezes retratou em seus filmes, Hitchcock era um Mestre em criar uma cena e fazer com que o espectador enxergasse naquela encenação apenas o que o diretor queria lhe mostrar. Rei da manipulação.
Mas o que acontece quando os artifícios que provocavam a ilusão são expostos àqueles que estavam sendo manipulados? O que acontece quando a imagem que era “falsa” é tão brilhantemente concebida que chega a criar um sentimento legítimo? O que acontece quando esse sentimento é o amor?
Um filme de desesperados e obcecados, “Um Corpo que Cai” abre a ferida de um homem que amou tanto a mentira que nela encontrou a mais pura e eterna verdade. Para cada um de nós, essa mentira recebe um nome diferente, para Hitchcock essa "vertigem" se chamava Cinema.
Serviço:
Cine CAJU apresenta: “Um Corpo Que Cai”, de Alfred Hitchcock
Data: 11 de setembro (sábado)
Horário: 18h30
Local: Centro de Articulação Social e Apoio (CASA) da Juventude – Av. Gentil Bittencourt, 694 (ao lado do CENTUR)
ENTRADA FRANCA
Realização: APJCC E CASA da Juventude
Parceria: Cine CCBEU
Arte do Cartaz: Bender
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