27.1.11

Cine CCBEU exibe filme argentino

Cine CCBEU apresenta o filme da plateia de fevereiro:

"O Segredo dos seus Olhos", de Juan José Campanella


Sobre o filme:

Para quem não conhece muito do cinema argentino, aqui vai uma dica: "O Segredo dos seus Olhos", dirigido por Juan José Campanella (aclamado pelos filmes "O Filho da Noiva" (2001) e "Clube da Lua" (2004)) e protagonizado por Ricardo Darín. Baseado no livro "La pregunta de sus ojos", de Eduardo Sacheri, o longa fala sobre um oficial do Tribunal de Justiça da Argentina que participou da investigação de um cruel assassinato e, 25 anos depois, ao se aposentar, ele começa a escrever um livro sobre o crime, revisitando suas memórias e as pessoas que fazem parte dela. Unir suspense, drama, humor e romance como Campanella faz nesta obra, não parece ser uma tarefa fácil.

No gênero romance, o que importa são as pessoas, não a ação. No policial é o contrário, as ações são fundamentais. Porém o autor consegue unir sutilmente esses dois tipos de estruturas bem distintas e dosadas na medida certa. As obras de Campanella têm como grande característica tramas sobre a vida cotidiana, sempre com uma volta ao passado. Em "O segredo dos seus olhos", não é diferente, apesar do tema central ser um crime ocorrido há muitos anos, o filme não foge do tema mais comum do saudosista cinema argentino, a ditadura.

Uma história instigante, um elenco excepcional, um roteiro espetacular e uma direção de fotografia que dá uma aula de decupagem e movimentação de câmera tornam o filme rico em detalhes. O planossequência da perseguição ao assassino é de um primor capaz de levar ao delírio qualquer um que entenda e que goste de um cinema bem executado. Este é um filme que fala sobre o amor e suas várias formas, o sublime, o incompreendido, o não correspondido, amor de amigo, e permeando sobre todos eles, a paixão.


Jessica Mota (frequentadora do Cine CCBEU)


Serviço:

03 de fevereiro (quinta-feira)
Às 18h30
No Cine-teatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA


Realização: APJCC e CCBEU (logos)
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:

Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 83561799

23.1.11

Fevereiro no Cine CCBEU

Cineclube exibe “Watchmen” para comemorar dia do quadrinho

Sessão especial do cineclube Coisas de Cinema também celebra os 20 anos da associação de quadrinhistas Ponto de Fuga



Artes com histórias relativamente recentes, quadrinhos e cinema são linguagens cujo diálogo produziu bons resultados. “Watchmen”, filme de Zack Snyder adaptado da obra de Alan Moore, é o bem sucedido fruto de uma dessas incursões. Ele é também o escolhido pelo cineclube Coisas de Cinema para homenagear o dia do quadrinho (30 de janeiro), em programação que comemora ainda os 20 anos da Associação de Quadrinhistas Ponto de Fuga. A sessão acontece no próximo dia 26, a partir das 19h30, e tem entrada franca.


Diretor de “Madrugada dos Mortos” e “300”, Zack Snyder assumiu uma grande responsabilidade quando, em 2007, deu início à adaptação da graphic novel seminal de Alan Moore. “Snyder foi ousado, tocou em uma obra tão impensável para as telas que muitos desistiram de filmá-la. Alan Moore pediu para que seu nome fosse retirado dos créditos do filme por abominar os meandros desse maldito terreno chamado Hollywood”, comenta Aerton Martins, integrante da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e coordenador do cineclube.

Aclamada pela crítica e adorada pelos fãs da nona arte, a obra de Moore revolucionou com sua complexa estrutura narrativa e uma trama na qual seres humanos comuns, utilizando máscaras, combatem o crime. Já o filme de Snyder é considerado uma das melhores adaptações de quadrinhos para o universo cinematográfico.


“Desenhistas, fanzineiros, quadrinhistas, cinéfilos, críticos de cinema, público, não importa o rótulo, o que fica é o convite para uma conversa aberta sobre estes dois segmentos que deram cor e movimento ao que conhecemos como arte”, finaliza Aerton.

Ponto de Fuga

Primeiro grupo de quadrinhos de Belém, o Ponto de Fuga surgiu na década de 1980 após uma oficina ministrada por Gian Danton e Joe Bennett na Fundação Cultural Tancredo Neves (Centur). A produção divulgada em fanzines e exposições promovidas pelo grupo ajudou a dar voz a toda uma geração de amantes da nona arte em Belém. No dia 26, integrantes do grupo estarão presentes para comentar a sessão e conversar com o público.


Serviço:

Coisas de Cinema apresenta “Watchmen”, de Zack Snyder
Data: 26 de janeiro (quarta-feira)
Local: Espaço Cultural Coisas de Negro – Av. Lopo de Castro (antiga Cristovão Colombo), 1081/ Icoaraci
Horário: 19h30
Comentários: Associação Ponto de Fuga e convidados
Entrada franca


Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e Espaço Cultural Coisas de Negro.
Parceria: Associação Ponto de Fuga.
Informações: (91) 8152-2588 ou (91) 8890-6669

17.1.11

Coisas de Cinema abre suas atividades de 2011 com o aclamado filme chileno ‘Mirageman’

Coisas de Cinema apresenta:

"Mirageman", de Ernesto Días Espinoza


O contexto realista do filme Mirageman o consagrou como um dos melhores filmes sobre super-heróis já feitos. A obra carrega uma força brutal mostrando o protagonista Maco, que, motivado pela recuperação de seu irmão, enfrenta o crime. Ele não tem super poderes e não carrega a presunção e inteligência dos heróis que pululam na maioria das obras, mas exala verdade. Maco é de ‘carne e osso’, combate o crime pegando ônibus e ajudando o caminhão de lixo. O diretor Espinoza exibe um raro controle de direção nas cenas de ação, prioriza a coreografia das lutas, demonstra um senso de equilíbrio supremo onde vibra humor, ação e drama. Mirageman pode ser considerado o melhor filme de 2007 que pouca gente viu, hipnótico do começo ao fim.
Aerton Martins (APJCC- 2011)


Serviço:


Coisas de Cinema apresenta “Mirageman”, de Ernesto Días Espinoza. Chile. 90 min.
Data: 19 de janeiro (quarta-feira)
Horário: 19h30
Local: Espaço Cultural Coisas de Negro – Av. Lopo de Castro (antiga Cristovão Colombo), 1081/ Icoaraci
ENTRADA FRANCA

Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e Espaço Cultural Coisas de Negro.
Informações: (91) 8152-2588 ou (91) 8890-6669.

10.1.11

Cine CCBEU encerra janeiro com filme da plateia

Cine CCBEU apresenta

Filme da platéia: "A Guerra dos Botões", de Yves Robert



Direção: Yves Robert, França, 1962;
Roteiro: Yves Robert e François Boyer;
Elenco: Gibus, Jacques Dufilho, Jean Richard, Pierre Trabaut, Michel Galabru;
Fotografia: André Bac;
Produção: Guéville

Sinopse:


Um grupo de crianças de uma aldeia (Longeverne) confronta-se com as de outra aldeia (Velrans) no interior da França, em meados do século XX. Elas estão retornando ao ano letivo. E em meio as aulas, travam verdadeiras batalhas com espadas de madeira e estilingues nos campos e florestas que separam os lugarejos.
As crianças de Longeverne, liderados por Lebrac, em uma destas batalhas, tem uma idéia. A de arrancar todos os botões, cadarços dos sapatos e confiscar os cintos dos presos, para que assim ao retornarem as suas casas apanhassem dos pais.
É uma excelente comédia um tanto realista que polariza uma infância de um lado e a guerra, e suas tragédias, de outro. Neste intervalo a inocência é discutida, ao mesmo tempo em que a política (republicanos e monarquistas), e as diferenças sociais (ricos e pobres), em diálogos abertos ou votações em que a participação coletiva é o que conta.

A cena: Após a destruição do esconderijo das de Longeverne, descobrem as crianças que foram delatadas por um traidor. Em uma rápida reunião decidem o que fazer: deram-lhe um castigo. Foi surrado nas costas por todo o grupo.

Outra cena é quando Lebrac vai para o reformatório, e a única pessoa que foi o visitar, o professor, indaga se teria algo para perguntar a seus pais, Lebrac questiona então o porquê de não virem. Lá encontra o seu arqui-inimigo, e vendo ambos que eram os únicos familiares que contavam ali (se é que chegaram a pensar nisso), confraternizaram-se .


Sérgio Vaz, 50 anos de filme



Serviço:

dia 20 de janeiro (quinta)
às 18h30
no Cineteatro do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309

ENTRADA FRANCA

Comentários: Markuns Vinicius
Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes


Mais informações:
Comunidade e Perfil
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

1.1.11

Cine CCBEU apresenta "Viridiana", de Luis Buñuel



Luis Buñuel é um dos pilares da história do cinema. Sua trajetória comporta uma vasta filmografia na França (onde realizou as maiores obras do Surrealismo cinematográfico) e no México (onde sagrou-se como maior cineasta da história do país). Espanhol de Calanda, Buñuel, entretanto, até 1961 havia realizado apenas um documentário em seu país - o maldito Terra sem Pão - quando teve oportunidade de executar a obra-prima Viridiana.


Na quase ilegalidade, Buñuel dirige em Madri o seu filme mais subversivo desde A Idade do Ouro. Viridiana representou um reencontro com a terra que um dia foi dele e naquele instante ardia sob as botas da ditadura de Francisco Franco. O autor destila toda a sua poesia anárquica contra as falidas instituições burguesas: a família, a religião, o autoritaritarismo no amor e a falsa filantropia. Tudo isso através de símbolos oníricos e sexuais.


Viridiana é a fé na violência das imagens. Com cenas imortais, o filme permanece até hoje como um grito desesperado pela liberdade total. Não podemos esperar nada menos da arte.

Miguel Haoni - APJCC 2010


* * *


Luís Buñuel sempre foi um delinquente. Desde moleque. Talvez por conta disso a sua filmografia seja uma das mais inquietantes do cinema moderno. Porém, toda essa agressividade iconoclasta (que o acompanha desde a sua estréia em Um Cão Andaluz) encontra a maturidade cinematográfica nesse Viridiana.


A narrativa desconcertante do processo de degeneração moral de uma jovem religiosa, além de uma aula de cinema, é uma aula de coragem. O diretor, então extraditado, retorna à Espanha e realiza ilegalmente o seu filme-provocação.


Viridiana culmina num ridículo ménage-a-trois simbolizando a mijada do mestre espanhol nas caras da hipocrisia católico-burguesa e, principalmente, da perversidade imoral que, de ricos a pobres, habita em todos nós.

Miguel Haoni - Cine Uepa 2007



Serviço:

Dia 6 de janeiro (quinta)
Às 18h30
No Cineteatro do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA


Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891