30.7.09

Cidadão Kane abre o ciclo de agosto no Cineclube Aliança Francesa

Cineclube Aliança Francesa apresenta:

NOUVELLE VAGUE - 50 ANOS


As idéias e os filmes da vida de François Truffaut




Release do ciclo:



Cinéfilo, crítico, cineasta. Amante de cinema, pensador de cinema, artífice de cinema. François Truffaut amou, pensou e fez cinema... e daí?
O que importa não é informar o que ele fez... mas exibir, pensar. Se este enfant terrible ensinou algo ao mundo, foi que, acima de tudo, deve se fazer aquilo que acredita ser importante. Reviveu assim a ética.
É seguindo essa premissa que o Cineclube Aliança Francesa, no mês de agosto, inicia o grande evento “Nouvelle Vague 50 anos” com o ciclo “As idéias e os filmes da vida de François Truffaut”. Além dos filmes exibidos e os usais debates após as sessões, serão distribuídos os principais artigos do jovem crítico da Cahiers du Cinéma.

Mateus Moura (APJCC).


Programação:


05/08 – Cidadão Kane (Citzen Kane). Orson Welles. 1941. p/b. 119’.




Sinopse:
Cidadão Kane, para os cinéfilos franceses - entre eles: François Truffaut - representou, enquanto experiência de descoberta coletiva, a volta às salas de cinema, na Europa finalmente liberada do nazifascismo.
Foi a libertação do cativeiro da censura, o sopro de genialidade que despertou os olhos empoeirados de mesmice e os ouvidos fatigados de zumbidos de guerra. O sopro genial na verdade era um vendaval, que vinha além-mar, na voz e na imagem de um herói diferente.
Mais célebre que a crítica desfavorável do filósofo das palavras Jean-Paul Sartre foi a resposta do filósofo das imagens André Bazin ao – segundo ele - estrabismo cinematográfico do conterrâneo. A defesa do crítico francês elevou Orson Welles a um patamar até então inesperado, e a crítica, historicamente, foi uma das mais importantes do cinema.
Segundo o próprio François Truffaut o cinema moderno nasce e morre em Cidadão Kane. Por que essa empolgação desses ativos pensadores de cinema com o primeiro filme desse jovem e impetuoso cineasta? Afinal, é Cidadão Kane o maior filme de todos os tempos mesmo? O mais revolucionário? Por quê? Só vendo, revendo, ouvindo, sentindo, analisando e refletindo para saber.

Mateus Moura (APJCC).



12/08 – Scarface (Scarface, the shame of the nation, Howard Hawks, 32)
19/08 – Janela Indiscreta (Rear Window, Alfred Hitchcock, 54)
26/08 – Stromboli (Roberto Rossellini, 50)


SERVIÇO:
Local: Estação Gasômetro (Parque da residência - Av. Magalhães Barata, 830)
Horário: 19:00
legendas em português
Entrada franca.


AÇÃO: APJCC (ASSOCIAÇÃO PARAENSE DE JOVENS CRÍTICOS DE CINEMA)
BLOG: http://apjcc.blog.terra.com.br/
COMUNIDADE:  http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpp&cmm=37014176

APJCC faz sua programação em homenagem aos 50 anos da Nouvelle Vague francesa






Cineclube Aliança Francesa apresenta:


Nouvelle Vague - 50 anos




Em maio de 1968, em Paris, alguns dias antes da revolução estudantil, o então governo De Gaulle, através do ministro André Malraux, demite da cinemateca francesa um de seus co-fundadores, Monsieur Henri Langlois. A questão alegada para a decisão foi a postura de Langlois na condução da cinemateca, demasiado centrada em sua personalidade e em métodos pouco institucionais.
Truffaut, Godard & cia vão às ruas parisienses protestar, apanham da polícia; Chaplin e Stroheim engrossam a luta internacionalmente... vencem; Henri Langlois volta ao seu posto.
Ironicamente, esse fato encerra o “movimento”, que foi intitulado pelos jornalistas, desde o festival de Cannes de 1959, de “nouvelle vague”.
50 anos faz agora em 2009. Preocupado com a divulgação, a conservação e a discussão dessa cultura tão importante para o século passado – e que repercute vivamente até hoje – o cineclube Aliança Francesa, numa homenagem máxima ao maior cinéfilo de todos os tempos, faz sua singela programação. Afinal, o que seria dos filmes sem seus amantes? O que seria do cinema sem Henri Langlois?
Durante 5 meses, através de 3 ciclos, Belém receberá o evento “Nouvelle Vague – 50 anos”. Em agosto, com o ciclo “As idéias e os filmes da vida de François Truffaut” o expectador entrará em contato com as principais influências que formaram os críticos da revista Cahiers du Cinema nos anos 50, além da produção escrita dos principais artigos da sua personalidade crítica mais emblemática. Em setembro e outubro, com o ciclo “Desbravando a Nouvelle Vague”, vários filmes, entre clássicos e filmes raros, tentarão cobrir um panorama do que foi e para onde foi o movimento. Para encerrar, em novembro e dezembro, o ciclo “O jovem Jean-Luc Godard”, exibirá alguns filmes da prolífica fase de juventude do mais emblemático cineasta do movimento.
A Henri Langlois. Olhar para trás, para seguir em frente. Pois é dele as belas palavras: “Os filmes são mercadorias, e é preciso queimá-los. Mas atenção, com o fogo interior. A arte é como o incêndio, nasce daquilo que queima”.

Mateus Moura (APJCC).


SERVIÇO:



Local: Estação Gasômetro (Parque da Residência - Av. Magalhães Barata, 830)
Horário: 19:00
Datas: de agosto a dezembro, às quartas-feiras
Legendas em português
Entrada Franca!

24.7.09

O maldito El Topo de Alejandro Jodorowsky

Cine CCBEU: "El Topo" de Alejandro Jodorowsky




El topo é considerado um filme do gênero western, mas prefiro considerar o filme como dos degenerados. Longe do western de Wayne e Ford, El topo tem seus princípios estéticos mais aproximados de Leone, Buñuel e Fellini, mas ao mesmo tempo vai muito além, quando Jodorowsky no ímpeto de retratar a sua realidade humana, acaba criando outra realidade, uma realidade expandida, onde as sensações e os princípios do homem são convertidos em uma imagética carregada de simbolismo e misticismo.
Arte aqui não aquilo que se vê, e sim as significações daquilo que se vê, Jodorowsky afirma através dessa arte a sua presença no mundo, sendo o diretor e ator principal deste filme, no qual é narrada a jornada de um pistoleiro chamado El topo, que vaga pelo faroeste mexicano em busca de seu sol. Sol no qual a toupeira (El topo) está atrás quando cava seus túneis no solo. Só que quando ela encontra esse sol fica cega. Que a luz do cinema nos deixe cegos então, para que possamos enxergar.

“Alguns optam em fazer arte com os olhos, eu a faço com os culhões”. Alejandro Jodorowsky

Lucas Gouvêa
(comentador convidado)

Serviço
Dia 30/07 (quinta)
às 18:30 h
No Teatro do CCBEU
(Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

16.7.09

Romero na Maldita

CINE LÍBERO LUXARDO – CENTUR

SESSÃO MALDITA – 18/07/09; ÀS 21H30


EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO (THE CRAZIES), DE GEORGE A. ROMERO


PARCERIA APJCC – OS FELLINIANOS


ENTRADA FRANCA




EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO (The Crazies)


DIREÇÃO: George A. Romero


ANO: 1973


PAÍS: EUA


DURAÇÃO: 103 minutos


ELENCO: Lane Carroll; Will MacMillan; Harold Waine Jones




SINOPSE:


Um avião, com um tipo de arma bacteriológica, cai próximo a Evan´s City, e atinge a reserva de água local e chega até os habitantes da cidade, que foram contaminados e passaram a demonstrar sinais de loucura, com comportamentos violentos. Uma força especial do exército sitia o local elevando o medo e a tensão a níveis incontroláveis à população.



Notas sobre o diretor e a obra




George Andrew Romero é um dos diretores mais conhecidos do gênero horror, principalmente, dos filmes de zumbis, por isso é considerado Pai dos Zumbis no Cinema. Deste gênero, temos as obras “A Noite dos Mortos Vivos” (Night of the Living Dead, 1968), “Despertar dos Mortos” (Dawn of the Dead, 1978) e “Dia dos Mortos” (Day of the Dead, 1985). A obra de Romero influenciou outros grandes diretores do horror e seus subgêneros, como Dário Argento (Profondo Rosso (1975), Suspiria (1977) e Inferno (1980), dentre outros), e Lucio Fulci (Don't Torture a Duckling (1972), The Beyond (Seven Doors of Death) (1981), Zombi 3 (1988), etc.). Foi com Zombie - O Despertar dos Mortos/Dawn of the Dead – que Romero acabou dando margem para o aparecimento do termo splatter, que seria filmes cuja principal característica seria a violência explícita, com muito sangue e o esquartejamento de membros. Contudo, apensar de Romero ter ficado mais conhecido pelos filmes de zumbis, Exército do Extermínio que não entra nessa categoria, explora também a violência tanto da população local, contaminada ou não pela arma biológica, quanto daqueles (exército e governo norte-americano) que querem remediar o problema para que a contaminação não ultrapasse os limites da cidade. O que vemos é a intolerância de ambos os lados: tiroteios, resistência, assassinatos frios, descontrole das autoridades, mortes violentas, o próprio caos. Como se todos ultrapassassem o limite da razão para devagar o da insanidade mediante uma situação adversa. Exército do Extermínio acabou influenciando inúmeros filmes que viriam com a mesma temática, como Epidemia de Wolfgang Petersen (1995), dentre outros, e ainda rendeu um remaker nas mãos de Breck Eisner (The Crazies, que será lançado nos E.U.A. em 25 de setembro deste ano). George Romero, assim como diretores como Lucio Fulci, fez do gênero horror muito mais do que uma vertente do Cinema, eles o colocaram em um altar sublime, que ainda influencia a geração recente de diretores (como Tarantino e Robert Rodriguez), e ainda trilhou novos subgêneros, como o gore.



Fábia Cruz - APJCC - OS Fellinianos

12.7.09

O universo infantil na tela do Cine CCBEU

Cine CCBEU apresenta: "Cría Cuervos" de Carlos Saura







Consideremos Cria Cuervos como um sóbrio retrato da infância – uma obra-prima do cinema espanhol que joga luz sobre o mundo de criaturas tão pequenas e que acreditamos tão inocentes e inseguras; aqui ficamos diante de um universo psicologicamente complexo construído por uma garota de 10 anos cuja personalidade causa espanto e admiração nos expectadores.
Irene, Ana e Maite - três irmãs órfãs de pai e mãe tendo que aprender a lidar com sua nova tutora, a tia. Um filme que trata o mundo infantil com uma maturidade única e nos faz repensar tudo o que compreendemos sobre esse período da vida, produto do esforço e dedicação do grande cineasta espanhol Carlos Saura.

José Guimarães Neto
(comentador convidado)

Serviço
Dia 16/07 (quinta)
às 18:30 h
No Teatro do CCBEU
(Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Programação completa de julho na comunidade do Cine CCBEU no orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=87934260

5.7.09

Em julho, Cinema é no Cine CCBEU

Cine CCBEU apresenta: "Onibaba" de Kaneto Shindô



Desde "Cidadão Kane" e "Roma, Cidade Aberta" o cinema moderno assumiu a missão de dizimar a política-estética do paradigma clássico. Vide as realizações dos "Cinemas Novos" que surgiram através do mundo, seja na França, no Brasil, na Alemanha ou nos Estados Unidos.
No Japão, um grupo de jovens (e não tão jovens) cineastas resolveu empunhar suas câmeras e assumir os riscos de duelar com o cinema de seus pais. Influenciados pelo espírito libertário dos anos 60, assumiram como bandeira um dos grandes tabus em seu país: a representação da sexualidade e do erotismo.
"Onibaba" de Kaneto Shindô é um dos exemplares mais radicais daquela que se convencionou chamar de "Nouvelle Vague japonesa". Ao eleger a miséria em tempos de guerra como base para a sua alegoria fantástica, o diretor e roteirista lança luz na grande "experiência não trabalhada" do inconsciente japonês: os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki.
É na construção das imagens, contudo, que Shindô desfere o seu golpe: sua encenação da hipocrisia moral nas relações é um grito de basta ao familiar e tradicional jantar de Ozu; sua representação do amor lascivo no coração da miséria é um corte seco na sutileza poética de Mizoguchi.
O cinema moderno pode não ter suplantado a força do cinema clássico mas sem dúvida conseguiu, através do enfrentamento, o lugar de honra à mesa. Shindô conseguiu através de seu "Onibaba" lutar com os mestres equilibradamente e se fazer ouvir. Com dignidade, acima de tudo.

Miguel Haoni
(APJCC, 2009)


Serviço


Dia 09/07 (quinta)
às 18:30 h
No Teatro do CCBEU
(Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Realização: CCBEU
Parceria: APJCC


Programação completa de julho na comunidade do Cine CCBEU no orkut:

2.7.09

Sessão Maldita com macarrone combat

The Inglorious Bastards,
de Enzo G. Castellari (ITA, 1978)


Título Original: Quel maledetto treno blindato. Diretor: : Enzo G. Castellari. Gênero: Drama. Roteiro: Sandro Continenza. Elenco: Bo Svenson, Peter Hooten, Fred Williamson, Michael Pergolani, Jackie Basehart.País: Itália. Ano: 1978. Dur.: 95 min. Cor: Colorido. Classificação: 18 anos










Sábado - 04| 06 - a partir das 21:30 h

Entrada Franca
Parceria: APJCC




Notas sobre o filme:


O incomum desenrolar de acontecimentos, escrito por nada menos do que cinco roteiristas, liberta Castellari para usar de improvisos. Em “The Inglorious Bastards” ele dribla os poucos recursos e os vira ao seu favor com truques de edição e ângulos inusitados. Um diretor que faz muito com pouco, orquestra cenas de ação como raros, utilizando a câmera lenta em seqüências de puro impacto visual numa clara influência de Sam Peckinpah(“ Meu ódio será sua herança”).


O realismo de tais cenas não só se fixou na cabeça de Tarantino (que adaptou a obra) como foi fundamental para o mercado da época.


Inglorious Bastards é uma versão macarrone combat (Filme de guerra Italiano) do clássico os doze condenados de Robert Aldrich. É um filme que se assume em sua limitação e transforma isso em qualidade.



Max Andreoni - APJCC. (Associação Paraense de Jovens Críticos Cinematográficos)







Sinopse:

Durante a Segunda Guerra Mundial, cinco homens que aguardam julgamento fogem para a Suíça. Na fuga, encontram uma patrulha de americanos disfarçados como alemães e, para se redimirem, fazem explodir um trem da Alemanha com material nuclear.Foram os "bastardos sem glória" de um dos títulos alternativos ("The Inglorious Bastards") deste filme italiano que inspiraram o cineasta Quentin Tarantino a escrever seu tão falado épico de guerra que estréia em 2009 e teve grande sucesso em Cannes.



CINE LÍBERO LUXARDO - Fundação Tancredo Neves - Centur
Endereço: Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo
Tel (91)3202 4321 | cll@fcptn.pa.gov.br http://cllmaldita.blogspot.com/