30.7.09

APJCC faz sua programação em homenagem aos 50 anos da Nouvelle Vague francesa






Cineclube Aliança Francesa apresenta:


Nouvelle Vague - 50 anos




Em maio de 1968, em Paris, alguns dias antes da revolução estudantil, o então governo De Gaulle, através do ministro André Malraux, demite da cinemateca francesa um de seus co-fundadores, Monsieur Henri Langlois. A questão alegada para a decisão foi a postura de Langlois na condução da cinemateca, demasiado centrada em sua personalidade e em métodos pouco institucionais.
Truffaut, Godard & cia vão às ruas parisienses protestar, apanham da polícia; Chaplin e Stroheim engrossam a luta internacionalmente... vencem; Henri Langlois volta ao seu posto.
Ironicamente, esse fato encerra o “movimento”, que foi intitulado pelos jornalistas, desde o festival de Cannes de 1959, de “nouvelle vague”.
50 anos faz agora em 2009. Preocupado com a divulgação, a conservação e a discussão dessa cultura tão importante para o século passado – e que repercute vivamente até hoje – o cineclube Aliança Francesa, numa homenagem máxima ao maior cinéfilo de todos os tempos, faz sua singela programação. Afinal, o que seria dos filmes sem seus amantes? O que seria do cinema sem Henri Langlois?
Durante 5 meses, através de 3 ciclos, Belém receberá o evento “Nouvelle Vague – 50 anos”. Em agosto, com o ciclo “As idéias e os filmes da vida de François Truffaut” o expectador entrará em contato com as principais influências que formaram os críticos da revista Cahiers du Cinema nos anos 50, além da produção escrita dos principais artigos da sua personalidade crítica mais emblemática. Em setembro e outubro, com o ciclo “Desbravando a Nouvelle Vague”, vários filmes, entre clássicos e filmes raros, tentarão cobrir um panorama do que foi e para onde foi o movimento. Para encerrar, em novembro e dezembro, o ciclo “O jovem Jean-Luc Godard”, exibirá alguns filmes da prolífica fase de juventude do mais emblemático cineasta do movimento.
A Henri Langlois. Olhar para trás, para seguir em frente. Pois é dele as belas palavras: “Os filmes são mercadorias, e é preciso queimá-los. Mas atenção, com o fogo interior. A arte é como o incêndio, nasce daquilo que queima”.

Mateus Moura (APJCC).


SERVIÇO:



Local: Estação Gasômetro (Parque da Residência - Av. Magalhães Barata, 830)
Horário: 19:00
Datas: de agosto a dezembro, às quartas-feiras
Legendas em português
Entrada Franca!

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