31.8.11

Cine CCBEU apresenta: "A Menina Santa", de Lucrecia Martel



Sinopse:

Amália (Maria Alche) e Josefina (Julieta Zylberberg) têm 16 anos e moram na cidade de La Ciénaga, na Argentina.Josefina pertence a uma família conservadora, enquanto a mãe de Amália, Helena (Mercedes Morán), é divorciada e dirige um hotel. Certo dia, após um ensaio de coral, as duas garotas se reúnem na igreja local para conversar sobre fé, vocação e segredos sentimentais. Pouco depois Amália conhece o doutor Jano(Carlos Belloso), que participa de uma conferência médica no hotel de sua família. O encontro leva a jovem a descobrir sua verdadeira vocação: salvar os homens do pecado.

Sobre a autora e o filme:

A arte do filme reside, numa redução grosseira, na criatividade em executar dois tipos de corte na matéria audiovisual: um corte temporal (no encadeamento das ações, decupagem de cena e montagem) e um corte espacial (na angulação do ponto de vista, enquadramento e relação plano/extra-plano). Tudo que se encontra entre estas duas dimensões pode ser chamado de mise-en-scène e é, particularmente, neste território que o cinema nasce enquanto expressão poética.
A cineasta Lucrecia Martel exibe em seus trabalhos uma absoluta consciência disso. Interessada antes em "cinema" e não em "cinema argentino" ou "cinema latino-americano", Martel evita os adjetivos de grife - tão caros a seus conterrâneos e vizinhos - e desloca seu olhar para questões mais essenciais que os acessórios geográficos: Como contar uma história através de imagens? Como compor os planos e cenas de maneira a extrair o máximo de expressividade? Como manipular o visual para, a partir dele, encontrar ressonâncias do invisível?
Questões de cineasta.
Os resultados são filmes fortes, eloquentes em seus silêncios, ao mesmo tempo espirituais e fisiológicos, sensuais e repulsivos.
Tais ambiguidades são a base para este "A Menina Santa" (2004) no qual dois universos humanos que gravitam independentes um do outro, se chocam a partir da intervenção da particularíssima câmera de Martel, lançando ondas de desejo, calor e musicalidade. Um filme sobre olhares e toques que muitas vezes não encontram seus objetos. Um filme sobre o espaço-tempo cinematográfico, sua infinitude de significados e a deliciosa aventura de explorá-lo.

Miguel Haoni (APJCC - 2011)

Serviço:
1°de setembro (quinta)
às 18h30
no cineteatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Cartaz:Camila Hgkkr
Participação: Guimarães Neto
Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook da APJCC
Fone: (91) 8717-9683

24.8.11

Sessão especial do Cine CCBEU homenageia centenário de Nicholas Ray

Cine CCBEU apresenta: "Amarga esperança"


Bowie foge da penitenciária onde estava preso, juntamente com dois outros criminosos. Ele havia sido condenado a pena perpétua. Com seus colegas, ele comete um assalto a um banco e acaba ficando conhecido como "Bowie The Kid". Mas Bowie sonha em uma vida normal, principalmente depois que se apaixona pela sobrinha de um de seus comparsas. Mas o passado não o deixará impune.

Sobre Nick Ray:

Nicholas Ray nasceu a 7 de Agosto de 1911, fez este mês 100 anos. Quando faleceu (a 16 de Junho de 1979), deixou uma herança que, desde Amarga Esperança até We Can't Go Home Again, ajudou a definir (e superar) as bases daquilo que ficou como o classicismo de Hollywood — sempre envolvendo uma afirmação individual(ista) dos respectivos criadores. O texto que se segue foi publicado no Diário de Notícias (6 de Agosto), com o título 'Os filmes da nossa imaginação'.

Como poucos autores da história do cinema, americano ou não, Nicholas Ray foi um poeta cúmplice das alegrias e tristezas das suas personagens mais jovens. Há em Amarga Esperança (1948) ou Juventude Transviada (1955) uma energia paradoxal que nos leva a sentir esses jovens como personagens à procura, não apenas de um lugar para viver, mas de uma ficção em que se possam exprimir.

Em termos meramente sociológicos, isso pode dizer-se assim: Ray foi um dos impulsionadores de uma nova imagem da juventude, enraizada nos tempos efémeros e na iconografia sensual de James Dean. A sua herança é tão rica e, em muitos aspectos, tão comovente que basta para desmanchar o ridículo existencial e a impostura filosófica de todos os Morangos com Açúcar com que se alienam as camadas juvenis (é verdade: terá chegado o tempo de recuperar o valor político da noção de alienação).

O alemão Wim Wenders, discípulo de Ray, compreendeu de forma modelar essa herança. A partir dela fez Lightning Over Water (1980), também conhecido como Nick’s Movie: é um documento íntimo sobre os derradeiros meses de vida de Ray, filmado com a precisão de quem, nem que seja por frágil obstinação, resiste à nitidez avassaladora da morte.

Lightning Over Water define uma espécie de testamento simbólico, de algum modo completado, ou antecipado, por We Can’t Go Home Again (1976), realizado por Ray, com os seus alunos, na Universidade de Binghamton (Nova Iorque). Pela diversidade dos materiais (Super 8, 16 e 35 mm) e pelo sentido experimental da montagem, We Can’t Go Home Again transporta a mais cândida das mensagens: no cinema, tudo continua a ser possível. Até mesmo viver a vida através dos filmes que imaginamos.


Retirado de: http://sound--vision.blogspot.com

Serviço:
25 de agosto (quinta)
às 18h30
no cineteatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Curadoria: Cauby Monteiro e Felipe Cruz
Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

Mais informações:
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Fone: (91) 8717-9683

17.8.11

Cine CCBEU apresenta: "A rotina tem seu encanto", de Yasujiro Ozu



Quando o viúvo Shuhei Hirayama, um militar que lutou na Segunda Guerra Mundial como fuzileiro naval, encontra com seu velho professor, fica sabendo que sua filha ainda não se casou porque teve que ficar cuidando do pai. Com medo de que Michiko, sua filha de 24 anos, acabe com o mesmo destino , ele começa a procurar um bom homem para se casar com ela.Também preocupada com a possibilidade da moça manter-se solteira para não abandonar o pai, uma das irmãs do viúvo sugere que ele se case novamente, de modo a permitir que sai filha pense sobre seu próprio casamento. Ambientado no período pós guerra com roteiro elaborado por Ozu e Kogo Noda, parceiros também em outros filmes. Este foi o último filme de Ozu, que encerrou a carreira com chave de ouro. Maravilhoso e tocante.

(Sinopse do dvd)

Serviço:
08 de setembro (quinta)
às 18h30
no auditório do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

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Fone: (91) 8717-9683

14.8.11

Curso de História(s) do Cinema no Colégio Sucesso




Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Colégio Sucesso apresentam

"Curso de História(s) do Cinema “
(20 horas/aula)
Ministrante: Miguel Haoni (APJCC)

de 22 a 26 de agosto (segunda a sexta)
das 15 às 19 horas
no Auditório do Colégio Sucesso - Travessa Mauriti, 1032. Sacramenta, entre Perdro Miranda e Antonio Everdosa
Investimento: R$ 50,00 (inscrições gratuitas para alunos dos Colégios Sucesso e Ideal)

Inscrições pelo fone: (91) 8717-9683
VAGAS LIMITADAS

Realização: APJCC e Colégio Sucesso
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Grupo Ideal