27.12.10

Programação de janeiro do Cine CCBEU


Cine CCBEU: Programação de janeiro


06/01 - "Viridiana" de Luis Buñuel
20/01 - Filme da platéia: "A Guerra dos Botões" de Yves Robert
           Comentários: Markuns Vinicius


Serviço:
Sessões quinzenais às quintas-feiras
18:30
No Cine-teatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA
Cartaz: Gabriel Cavalcante
Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

15.12.10

Filme de Jean Renoir esta sexta no Colégio Sucesso

Cineclube do Colégio Sucesso apresenta:

"A Marselhesa", de Jean Renoir



Jean Renoir foi o cineasta que mais amou a humanidade. Sua fé profunda nos homems e mulheres está impressa em cada filme que realizou em seus 47 anos de carreira. Este amor entretanto não era de maneira alguma ingênuo. Renoir compreendia e retratava as limitações e defeitos da natureza humana. Eles eram material para o seu exercício de tolerância e respeito.

Nos anos de 1930, com a chegada do som no cinema francês, Jean Renoir inscreveu definitivamente seu nome como um dos mestres do cinema e pilar do chamado "realismo poético" do entreguerras. O movimento aliava denúncia e lirismo e sobre esta base, Renoir lança em 1938 um filme acerca de um dos mais importantes movimentos humanos: a Revolução Francesa.

A Marselhesa é a história escrita sob a perspectiva de um pequeno batalhão que se alia ao esforço revolucionário nos tumultuosos 1790. No filme, o diretor interessa-se sobretudo pelos aspectos humanos, a amizade e os conflitos que assemelham grupos díspares como a corte em Versalhes e a pequena comitiva de Marselha. A delicadeza do estilo e o humor da dramaturgia insuflam vida à secas linhas da História. Apesar do roteiro ter sido escrito inteiramente com o resultado de incansável pesquisa e estudo, o olhar de Renoir empresta leveza aos "fatos".

A Marselhesa é um retrato terno sobre a força dos homens e sobre a esperança de liberdade. Entretanto sem os usuais maniqueísmos. Renoir dizia "o mal da humanidade é que todos têm suas razões". Ainda bem que existem sujeitos como ele para nos ajudar a entendê-las.

Miguel Haoni (APJCC - 2010)

Serviço:


Dia 17 de dezembro (sexta)
Às 18h30
No Auditório do Colégio Sucesso - Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio:Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro
Informações: (91) 8813-1891

Cine CASA encerra o ano de 2010 com Waking Life, de Richard Linklater


Waking Life não é só complexo, exuberante e imprevisível: é cerebral.  Filmados com atores e, depois, "rotoscopeado" - técnica que consiste em desenhar sobre os frames para obter um desenho fiel às imagens captadas pela câmera -, Waking Life é uma metáfora da antítese do título, dreaming life - a vida durante os sonhos.
Dentro de uma espiral que cresce sonho enquanto se contrai realidade uma personagem percorre entre devaneios e conversas densas em encontros subitos com desconhecidos avatares. Não se pode nem arriscar dizer em que parte se ve um sonho , em que parte se ve uma " realidade " ou em que parte se ve um filme. O efeito surreal criado pela animação e pelos traços propositalmente trôpegos são um espetáculo à parte, sendo o mais fiel possível à reprodução de um sonho. Richard Linklater conduz brilhantemente toda a complexidade anrquica do sonho , e toda sua inutilidade também.

Lionay Dias (Colaborador APJCC - 2010)

Serviço:

Dia 18 de dezembro (sábado)

às 18h30
no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude - Av. Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur
Entrada franca!

Realização: APJCC e Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude
Parceria: Rede Norte de Cineclubes

13.12.10

Cine CCBEU exibe última parte de documentário de Martin Scorsese

Cine CCBEU apresenta:

"O Contrabandista e o Iconoclasta" - Terceira parte do documentário "Uma Viagem Pessoal pelo Cinema Americano com Martin Scorsese"



Para um cineasta crítico, existem duas formas básicas de ataque à mediocridade das convenções: uma indireta, através dos subtextos, como um contrabandista que esconde suas idéias sob a superfície ingênua dos filmes comerciais e outra direta, através de trabalhos radicais e subversivos, como um iconoclasta em seu ofício de destruição criativa.


O contrabandista e o iconoclasta, e suas desventuras na indústria hollywoodiana são a matéria enfocada por Martin Scorsese na terceira e última parte de seu documentário "Uma viagem pessoal pelo cinema americano".


Esta aula de cinema entretanto se encerra com uma nota trágica. Grandes artistas foram desprezados e maltratados pelo mundo que ajudaram a crescer. Entretanto o tempo e paixão de homens como Scorsese deram a nomes como Samuel Fuller, Erich Von Stroheim, Douglas Sirk ou Orson Welles o espaço que era deles de direito. A eternidade.

Miguel Haoni (APJCC - 2010)



Serviço:


Dia 16 de dezembro
Às 18h30
Excepcionalmente no Auditório do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA


Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

Filme visceral de George Romero no coisas de cinema

Coisas de Cinema apresenta

“A Noite dos Mortos Vivos”, de George Romero





Sinopse:


A radiação provocada pela queda de um satélite faz com que os mortos saiam de suas covas como zumbis comedores de gente, levando um grupo de pessoas refugiado em uma casa a lutar pela sobrevivência contra uma horda sedenta de carne e sangue.


Notas

Vampiros, lobisomens, expressionismo alemão, seja o filme Barba Azul de Melies, é nocivo para a sétima-arte apontar o que e quem foi o precursor de um dos grandes e sublimes gêneros do cinema. Fica apenas um fato; o de que em 1968 um maluco com pouca grana fez um filme visceral, selvagem, que marcaria não só o gênero de horror mas toda uma geração de cineastas, que aprenderiam com ele que às vezes é salutar dar a cara a tapa e filmar o material em que se acredita; A Noite dos Mortos Vivos está aí, ainda vivo, forte, e deixa escapar a dimensão de um corajoso artista, chamado George Romero. Um dos grandes filmes dessa invenção que alguns bradam como sétima-arte.



Aerton Martins (APJCC 2010)



Serviço:

Coisas de Cinema apresenta “A Noite dos Mortos Vivos”, de George Romero.
Data: 15 de Dezembro (quarta-feira)
Horário: 19h30
Local: Espaço Cultural Coisas de Negro – Av. Lopo de Castro (antiga Cristovão Colombo), 1081/ Icoaraci
ENTRADA FRANCA!

Realização: APJCC e Espaço Cultural Coisas de Negro
Informações: (91) 81522588 ou (91) 88906669

12.12.10

Inovacine finaliza atividades de 2010

O INOVACINE desliga os projetores de sua primeira jornada no próximo dia 15 de dezembro com exibição simbólica dos curtas do paraense Sérgio Péo. Neste 1 ano e pouco o projeto exibiu e debateu 88 filmes, dos quais 28 foram nacionais e 38 regionais. A exibição deste material continua indispensável para a cidade.


A perspectiva de discussão democrática a partir da construção de uma comunidade de olhar crítico é mais uma vez o viés do debate que será conduzido pelo coordenador do projeto Francisco Weyl nesta quarta-feira no Iphan.

Mais de 100 novos cineclubistas nascidos dos 10 municípios visitados neste ano compõem o coro de uma nova cultura cinematográfica no Estado. Mateus Moura agradece, pois, segundo ele, aprendeu muito mais que ensinou. Miguel Haoni assina embaixo, e afirma que “o processo de aprendizagem não pode parar”.

É com muita alegria e satisfação que mais uma vez o INOVACINE saúda a emergência desta nova cultura cinematográfica no Estado, seja de espectadores, críticos, cineastas ou claquetistas.

A convocação para prestigiar os filmes deste paraense é feita a todos que se interessam. A entrada, assim como a conversa, como sempre, são francas. Todos são bem-vindos ao brinde final. Vida longa à cultura.

Entrega de certificados

Aproveitamos a oportunidade para entregar os certificados daqueles que fizeram as oficinas do INOVACINE na região metropolitana de Belém (Marambaia, Guamá e CENTUR).

Sinopses:

Rocinha Brasil 77 (18 minutos – 16/35mm) Sinopse: Investigação sobre hábitos e qualidade de vida da maior favela da América Latina. A câmera passeia, enquanto em off, ouve-se reflexões de moradores sobre questões do dia-a-dia da comunidade.

Ñanderu, Panorâmica Tupinambá (10 min/35mm)Sinopse: Resgate poético da memória de nossos antepassados Tupinambá. Considerados extintos ainda no século XVI. O filme conta com o depoimento de Verá Miri, Cacique/Pajé da tribo Guarani Mimbiá.

Marajó, O Movimento das Águas (20 min/35mm)Sinopse: Filme iniciado em 1991, interrompido, por problemas técnicos e finalizado em 2010. A câmera percorre as margens do Amazonas, focando a diversidade da flora virgem. Caminha entre trilhas de gravetos culminando com a marcha folclorica dos ritmos marajoaras. O filme é uma homenagem a professora Lindalva Caetano, pesquisadora do Folclore Marajoara.

Serviço:

15/12 (quarta-feira)
19:00
No IPHAN - Tv. Rui Barbosa, esquina da Av. Governador José Malcher
ENTRADA FRANCA

Realização: INOVACINE
Apoio: IPHAN
Informações: (91) 8717-5666

10.12.10

APJCC comemora 3 anos e exibe os seis filmes da década

Cine Líbero Luxardo e Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema apresentam:

Mostra Melhores da Década (3 anos de APJCC)


Um brinde, Jedediah, ao amor em meus termos.
Estes são os únicos termos que um sujeito conhece - os seus próprios!

Orson Welles, Cidadão Kane.

O ano de 2010 representa o fim cronológico desta década. Para os cinéfilos, é oportunidade para rever a produção dos últimos 10 anos e avaliarmos se foi desta vez ou não que o cinema acabou, como apontam os histéricos. Entretanto um olhar de relance na produção paraense, brasileira, latino-americana e mundial revela um cinema vigoroso e que vai viver por no mínimo mais uns 115 anos. Neste espírito a APJCC (que completa 3 anos neste mês) tomou a iniciativa em realizar uma Mostra, em parceria com o Cine Líbero Luxardo, com o melhor do melhor do cinema mundial contemporâneo.


Estranha perceber que 100% dos filmes listados sejam americanos. E onde estão os filmes asiáticos - maior núcleo de inovação cinematográfica da contemporaneidade? E o cinema brasileiro, pobrezinho? e o resto do mundo? A lista da APJCC revela duas coisas: 1° que o cinema americano continua sendo o maior de todos.Como a jovem crítica francesa do pós-guerra, não estamos interessados nos limites sócio-políticos mas na mise-en-scène, não defendemos o produto local mas a arte universal e é disso que estes filmes falam. 2° que para quem foi cinéfilo no Pará nos últimos 10 anos só chegou o cinema americano mesmo. Fora alguns refugos de cinema brasileiro e europeu, o circuito alternativo paraense foi bem ingrato com quem estava ansioso por CINEMA de verdade. Sobrou o comercial mesmo. Os cineclubes só voltaram muito recentemente e a onda downloader mais recentemente ainda. Obviamente essa justificativa não é uma desculpa: os filmes desta lista são realmente os melhores da década em nossa opinião. Se o olhar é tendencioso, paciência. Só sabemos amar desse jeito e só exibimos o que amamos, com nossas limitações e nossa liberdade.


Esperamos que esta lista sirva como provocação a todos os cineclubistas e amantes da sétima arte a fazerem suas próprias listas de melhores da década. Nosso olhar não pretende ser o único e nossa aventura cinefílica abriu apenas uma das infinitas trilhas que o cinema comporta.


Esta mostra serve também como lançamento para as próximas aventuras da APJCC. A Associação ruma para uma institucionalização e organização maior - sem perder a ternura jamais. "Saímos do romantismo para o realismo" afirma Mateus Moura e hoje a associação não é mais uma gangue de cinéfilos alcoolatras, está mais para uma vaca virtual de divinas tetas da qual nos alimentamos e a qual devotamos nosso amor. Amor nos nossos termos obviamente,

Miguel Haoni (APJCC - 2010)


Programação (clique nas imagens para vê-las ampliadas):









Serviço:

De terça a domingo (14 a 19 de dezembro)
às 15h
no Cine Líbero Luxardo - Av. Gentil Bittencourt, 650, Térreo
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Cine Líbero Luxardo
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Sol Informática
Informações: (91) 8813-1891

8.12.10

Seinfeld e That '70s Show no TV Clube deste domingo

TV Clube apresenta:


"Enlatados Americanos" - Seinfeld e That '70s Show





Eles não vão te educar. Não, eles não vão te dizer pra ir à escola, pra ser mais consciente politicamente ou respeitar as diferenças. Eles não são seus professores e a TV deles não é uma escola. Jerry, Elaine, Kramer, George, Eric, Donna, Hyde, Fez, Jackie, Kelso: eles vem da terra do tio Sam, enlatados em pequenos pacotes culturais semanais de 20 minutos, e nas diferenças e semelhanças que os afastam e aproximam partem do mesmo pressuposto: a ode ao hang-out.

O TV Clube apresenta um dos formatos mais demonizados da TV: a sitcom. E serão dois os exemplares que exibiremos essa semana, a seminal "Seinfeld" e a libertária "That ‘70s Show". Baixo orçamento, nenhum engajamento social, vontade de divertir e anarquia criativa, resumindo, o maior pesadelo de Adorno. O gênero televisivo por excelência que sustentou a TV americana nos anos 90 agora em debate. Os amigos sem nada pra fazer e aquilo que eles fizeram pela TV na nossa mira. Sente confortavelmente na sua cadeira, relaxe e divirta-se (e que Adorno continue tendo pesadelos para sempre!).

Felipe Cruz (APJCC - 2010)

Serviço:

TV Clube apresenta "Enlatados Americanos"
Seinfeld: episódios "Piloto" e "A Competição"
That '70s Show: episódios "Aquele piloto dos anos 70" e "Jantar e correr"

Dia: 12 de dezembro (domingo)
Às 18h
Local: Espaço Benedito Nunes (Livraria Saraiva - Shopping Boulevard, 2º piso)
Entrada franca!

Realização: APJCC
Apoio: Livraria Saraiva

7.12.10

Cine CCBEU exibe segunda parte do doc. "Uma viagem pessoal pelo cinema americano com Martin Scorsese"

Cine CCBEU apresenta:

"O Ilusionista e o Contrabandista" - Continuação de "Uma viagem pessoal pelo cinema americano com Martin Scorsese"


Para se tornar um grande contador de histórias, um cineasta precisa muitas vezes dominar os recursos tecnológicos da linguagem, tornando-se um técnico ou mesmo um ilusionista. "A câmera mente 24 vezes por segundo" afirma Brian de Palma e é nesta perspectiva que o documentário de Martin Scorsese analisa a evolução do cinema americano: do close-up de D.W. Griffith aos efeitos digitais de George Lucas, passando pela chegada do som, das cores, das telas largas e do seu uso na mão dos mestres.CINE CCBEU: espaço de exibição de grandes obras da cinematografia mundial e fórum regular de debates sobre arte, cultura e cinema.

Entretanto, com muito ou pouco dinheiro, o cinema só é cinema quando dá forma a imagens poderosas. No sistema de estúdios, o filme B representava baixos orçamentos mas também grandes liberdades de criação e discurso. É neste cenário que surge um personagem fundamental na história do cinema americano: o diretor-contrabandista - aquele que mesmo com a corda do sistema ao pescoço conseguia imprimir a sua visão. Estamos falando dos anos 40, que diferente da década anterior, foi um tempo de forte censura e paranóia. Aqui aparece o sub-gênero clássico mais amargo e violento: o film noir. Expressão cunhada pela crítica francesa para descrever os filmes de crime americanos que receberam em bloco após o fim da 2° Grande Guerra. A liberdade estética e a crítica à ideologia dominante marcavam o conjuto da produção, notadamente enriquecida por artistas e técnicos expatriados da Europa.


É com este material histórico que Scorsese dá prosseguimento a sua "viagem pessoal pelo cinema americano".


Miguel Haoni (APJCC - 2010)


Numa parceria entre Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) , Cineclube Amazonas Douro e o apoio da Rede Norte de Cineclubes, o Cine CCBEU funciona às quintas-feiras,18:30, e apresenta dia 9 de dezembro, excepcionalmente no auditório, o episódio "O Ilusionista e o Contrabandista", dando sequencia ao ciclo "Uma viagem pelo cinema americano com Martin Scorsese".


No dia 16/12, será exibida a parte "O Contrabandista e o Iconoclasta".
Sempre com entrada franca!


Serviço:
Dia 9 de dezembro
Às 18h30
Excepcionalmente no Auditório do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91)88131891

4.12.10

Cine CASA apresenta "O Ano do Dragão", de Michael Cimino

Sinopse:

Em o Ano do Dragão, 1985, o diretor não expõe apenas o mero caminho de um filme policial, ele arquiteta uma jornada poética da degradação humana. Mickey Rourke interpreta Frank White, um personagem brutal que carrega em seu distintivo racismo, egoísmo, violência, rispidez , arrogância e que chega na Chinatown novaiorquina para combater as “tríades”, organizações que dominavam o crime. Nos minutos inicias da obra, testemunhamos o assassinato de um dos chefes. O diretor marca seu território fílmico, cortes brutais, um balé cínico de corpos em uma composição confusa e serena. É neste terreno que a obsessão do protagonista vai ganhando força, não existem limites em sua busca, não existem regras, à medida que a investigação avança, seu corpo vai apodrecendo – assertiva confirmada em uma das mais assustadoras cenas que o cinema já viu; quando White entra desesperado em um carro em chamas para retirar o cadáver do assassino de sua esposa. A cena da perseguição em uma boate, o duelo final e a morte do estagiário, refletem a pureza cinematográfica do diretor. Michael Cimino, tal qual o detetive White, desafiou a si mesmo, fez parte deste nebuloso e lírico recorte da sétima-arte. Deixa em o “Ano do Dragão” o que talvez a Nova Hollywood procurou cravar em seus filmes; a beleza da consciência suja.


Sobre a Nova Hollywood

No inicio dos anos 70, Hollywood passava por uma grave crise financeira. A maioria dos grandes estúdios viam sua autonomia descer pelo bueiro; muitas salas de exibição transformaram-se em estacionamentos e supermercados, outras instalações eram alugadas à televisão, uma das opções que os chefões enxergavam para tentar frear o desespero financeiro. Paralelamente, o quadro político americano contraía feridas que marcariam profundamente seu povo. É nesse contexto que nasce a chamada ‘Nova Hollywood’; cineastas que marcariam suas obras com uma estética furiosa o caráter angustiado por qual o país passava. Munidos com um arsenal interminável, os senhores da nova onda americana levaram temas fortes às telas, para alguns o nascimento das trevas, para outros o começo da liberdade. Obras amplificaram os problemas políticos e morais; as drogas em Operação França, 1971, de William Fridklien; corrupção da policia em Serpico, 1973, de Sidney Lumet; a miséria e violência em Caminhos Perigosos,1973, e Táxi Driver, 1978, ambos de Martin Scorsese; o poder da máfia em o Poderoso Chefão,1972, de Francis Ford Coppola; o impacto da guerra no Vietnã é visto no épico O Franco-Atirador, 1978, filme do genial e subestimado Michael Cimino.

(Aerton Martins - APJCC 2010)


Serviço:

Dia 11 de dezembro (sábado)

às 18h30
no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude - Av. Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur
Entrada franca!

Realização: APJCC e Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude
Parceria: Rede Norte de Cineclubes

2.12.10

Cineclube do Colégio Sucesso exibe filme de Sofia Coppola

Cineclube do Colégio Sucesso apresenta:

"Virgens Suicidas", de Sofia Coppola


Cinco ninfas suicidas. Quatro vizinhos instigados. Uma diretora estreante. Virgens Suicidas, primeiro longa de Sofia Coppola, é sobre toda a terrível fascinação que a Beleza é capaz de provocar – beleza que, nesse caso, eterniza-se através de um precipitado e indecifrável pulo no abismo do hermetismo suicida.
Entre a investigação informativa do narrador e o registro expressivo da câmera-cúmplice de Sofia, ficamos envolvidos pelo vazio repleto de desejo e melancolia do sufocado mundo das irmãs Lesbon. Nos aproximando sem nunca nos tornarmos íntimos, compreendendo sem nunca termos uma resposta – estamos diante de um filme-pergunta, de um poema-enigma e de uma das vozes mais interessantes do cinema contemporâneo.


Felipe Cruz (APJCC - 2010)


Serviço:
Dia 3 de dezembro (sexta)
às 18h30
No Auditório do Colégio Sucesso - Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cinec lube Amazonas Douro
Informações: (91) 8813-1891