14.3.10

Icoaraci ganha espaço de exibição

O Espaço Cultural Coisas de Negro em parceria com a APJCC - Associação Paraenses de Jovens Criticos de Cinema- estende o tapete vermelho e chama os amantes da sétima-arte para a primeira exibição dentro do "Coisas de Cinema", projeto que pretende exibir filmes importantes para a história do cinema e obras desconhecidas pelo grande público, independente do país de origem, ano de produção e gênero. O Coisas de Cinema também promete olhar para a produção da cena paraense. "O Coisas de Cinema de fato vai ser um espaço que  jogará em diversas frentes, um painel  plural mesmo, filmes de Hollywood, obras nacionais, documentários e longas paraenses, filmes malditos, animações, projetos experimentais, ou seja, dar a oportunidade para  o público sentir os vários segmentos da sétima-arte", declara Aerton Martins, integrante da APJCC e curador do projeto.


Serviço: Exibição do Filme "Houve uma Vez Dois Verões", do diretor Jorge Furtado. Data: 17.03.2010. Quarta-feira. Às 19h30. Entrada Franca. O espaço Cultural Coisas de Negro fica em Icoaraci, na Avenida Lopo de Castro (antiga cristovão colombo), 1081, próximo a 6ª rua.




Coisas de Cinema Apresenta

“Houve uma Vez Dois Verões”. Diretor: Jorge Furtado. Ano: 2002. Nacional. Duração: 75min.




Data: 17.03.2010. Quarta-feira. Às 19h30. Local: Espaço Cultural Coisas de Negro.

Parceria: Espaço Cultural Coisas de Negro e APJCC (Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema)

Sinopse

Chico, adolescente em férias na "maior e pior praia do mundo", encontra Roza num fliperama e se apaixona. Transam na primeira noite, mas ela some. Ao lado de seu amigo Juca, Chico procura Roza pela praia, em vão. Só mais tarde, já de volta a Porto Alegre e às aulas de química orgânica, é que ele vai reencontrá-la. Chico quer conversar sobre "aquela noite", mas Roza conta que está grávida. Até o próximo verão, ela ainda vai entrar e sair muitas vezes da vida dele.

Notas sobre o Diretor

“Houve uma Vez Dois Verões” é uma obra nacional de 2002, primeiro longa-metragem de Jorge Furtado, um dos mais conhecidos curta-metragistas do Brasil. Jorge Furtado é parceiro de Guel Arraes em muitos projetos televisivos e em “Houve Uma Vez Dois Verões” o diretor mostra na tela o cotidiano de adolescentes gaúchos. O filme teve um orçamento muito baixo, foi filmado em apenas 23 dias com uma câmera digital: “quis fazer um filme de praia, que mostrasse de forma honesta o que acontece com os adolescentes brasileiros, um filme sem firulas”, declara o cineasta. “Houve uma Vez Dois Verões” é um honesto e divertido filme sobre adolescentes, que carrega a criatividade de um dos grandes realizadores brasileiros da atualidade.

Aerton Martins (APJCC)

13.3.10

INOVACINE reverencia o negro no cinema




Instituído como o Dia Municipal e Estadual da Umbanda e dos cultos afro-religiosos de Belém e do Estado do Pará, 18 de março é uma data que registra e resgata a memória da luta de Mãe Doca, que fez rufar os seus tambores em louvor aos Deuses africanos e indígenas por ela cultuados. Por esse motivo, o INOVACINE realiza a oficina de formação cineclubista “O negro no cinema de Nelson Pereira dos Santos”.

O evento, que acontece entre os dias 15 e 17 de março, na escola pública República de Portugal, integra uma série de ações organizadas pelo Instituto Nangetu; ACAOÃ; Konsenzala de Kafungê; ACIYOMI; FEUCABEP; Casa Brasil África e GEAAM/ UFPA; Rundembo Ngunzo de Bamburrucema, AFAIA; INTECAB-PA; GARRA; Terreiro Dois Irmãos; Terreiro de Nagô de Iemanjá; Mawukwe Toy Vodunnon Aluísio de Lissá.

De acordo com o artista afro-religioso Arthur Leandro, a data demarca um campo de organização e luta do segmento afro-religioso pelo direito à livre expressão, contra a intolerância religiosa e pelo direito à cidadania. Ele diz que mesmo enfrentando a repressão e perseguições de aparatos policiais, Mãe Doca nunca abriu mão de reverenciar em culto às suas divindades.

“Ao praticar ritos de matrizes culturais africanas e indígenas, Mãe Doca é o símbolo da resistência contra o preconceito e a intolerância, e também da preservação das diversas cosmologias e dos conhecimentos tradicionais de povos minoritários”, afirma.

OFICINA TEMÁTICA - Aberta à comunidade, a oficina vai abordar a prática cineclubista e ao mesmo tempo focar a temática étnica, mediante a exibição e abordagens críticas de filmes como O AMULETO DE OGUM, TENDA DOS MILAGRES e RIO ZONA NORTE (todos de Nelson Pereira dos Santos) e ainda BARRAVENTO (que é de Glauber Rocha, mas que tem a montagem de Nelson).

O coordenador do INOVACINE, Francisco Weyl, informa que esta é a primeira oficina temática do projeto, que realiza sessões cineclubistas em pontos de cultura e infocentros do programa NavegaPará. Ele acredita que o INOVACINE está a se solidificar como um projeto de raízes comunitárias.

“Acabamos de sair da Teia da Cultura Amazônica, onde os pontos de cultura nos receberam de braços abertos, e, agora, chegamos à Marambaia, que tem um movimento social forte e criadores de densa produção, ou seja, estas parcerias abrem caminhos para que as comunidades possam ter acesso e produzam elas próprias uma nova cultura audiovisual”.

Esta não é a primeira vez que a Fapespa apóia os movimentos sociais. Ano passado, a Fundação fez parceria com o Fórum dos povos e das comunidades tradicionais e coordenou um seminário no projeto Casa de Caboco, durante o Fórum Social Mundial.

SERVIÇO: Oficina de formação cineclubista O NEGRO NO CINEMA DE NELSON PEREIRA DOS SANTOS. Dias 15, 16 e 17 de março. Escola República de Portugal (Rua Anchieta, próximo final da linha Djalma Dutra). Em comemoração ao Dia Municipal e Estadual da Umbanda e dos cultos afro-religiosos de Belém e do Estado do Pará. Organização: INOVACINE. Coordenação: Francisco Weyl, Mateus Moura e Miguel Haoni. Parceira: Associação Paraense dos Jovens Críticos de Cinema, APJCC; Cineclube Amazonas Douro; Movimento Cultural da Marambaia, Moculma. Informações: 81796684

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FONTE: Ascom/Fapespa