22.9.10

Inovacine faz 1 ano e se firma como projeto social

“O Inovacine escreveu o seu nome na história da arte e da cultura do Pará, seus indicadores são reveladores de um projeto inovador que leva o nome da Fapespa para todas as regiões do Pará, agregando valores artísticos e culturais à Instituição e, o que é melhor, formando jovens em cinema e cineclubismo e garantindo a inclusão das comunidades nos processos criadores de arte e de conhecimento”. Dessa forma, o diretor-presidente da Fapespa, Ubiratan Holanda Bezerra, avalia o primeiro ano do projeto desenvolvido em parceria com a Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, APJCC.

A dimensão desta análise pode ser facilmente contabilizada: em um ano, o Inovacine organizou 7 mostras de cinema (“Glauber Rocha”; “Cinema Paraense”; “O novo cinema paraense”; “O negro no cinema de Nelson pereira dos santos”, “Invasão Beto Brant”; “Cinema Novo”; “Cinema Marginal”), tendo formado mais de 100 cineclubistas nas oficinas realizadas em 12 municípios, aonde aconteceram 73 sessões cineclubistas, com a projeção de 86 filmes, sendo 38 paraenses, 27 nacionais e 20 estrangeiros.

E para marcar o primeiro ano do Inovacine, os organizadores do projeto realizaram uma consulta pública para saber qual filme passar no dia 22 de setembro de 2010. O filme selecionado foi “A poeta da praia”, de Márcio Barradas. A sessão acontecerá às 18H30min no auditório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com entrada e diálogo francos.






Sobre este realizador, o coordenador do Inovacine, Francisco Weyl escreveu um texto crítico denominado “O realizador da ilha”, que transcrevemos abaixo:

“Um realizador de cinema independente é como uma ilha, entretanto, mais que terra ele é pedra, mas não cercada de água e sim por montanhas, por todos os lados.

E se o mundo é uma ilha, margeada, por tsunamis, o realizador independente, à margem, também constrói terremotos submarinos.

Isolado, mas não solitário, o realizador independente é capaz de sobreviver a todas estas intempéries produzidas pelo subcinema comercial.


Porque assim ele (d)escreve a sua a gramatologia fílmica, por entre experimentalismos e narrativas, forjados à vigília e lapidados em pedras que depois se tornam esculturas.

As ilhas de tão distantes, paradisíacas, são pinturas de sonhos, imagens. Assim é Mosqueiro”.


A Poeta da praia (Sinopse): Filósofa moradora de rua vive refugiada numa ilha, fugindo do contato humano. Passa seus dias perambulando pelas praias escrevendo seus pensamentos na areia. Não demora muito para ser notada pela população local, que não entende as atitudes da estranha mulher e passa a hostilizá-la. Sua vida, então, fica mais exposta às mazelas de uma sociedade contraditória e violenta.


SERVIÇO – 1 ano do Projeto INOVACINE. Projeção de “A poeta da praia”, de Márcio Barradas. Dia 22, 18H30min. No auditório do Iphan. Entrada e diálogos francos.


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FONTE: Ascom/Fapespa

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