Cineclube Aliança Francesa apresenta:
Desbravando a Nouvelle Vague
O que é a Nouvelle Vague? Um movimento? Um grupo? Uma tendência? Truffaut dizia que a única coisa em comum entre eles era a busca pelo sucesso de bilheteria e a preferência pelos fliperamas do Champs Elyseés, Chabrol brincava que se existia uma “nova onda” era preciso saber nadar...
Quem são os pais, os filhos, os bastardos, os abortos? Quem aceita, quem despreza? Quem fez, o quê? Todas essas perguntas o ciclo “Desbravando a Nouvelle Vague”, de setembro à novembro, irá explorar. Não há o tempo ideal para o panorama completo. Haverá o visto e o não visto, os clássicos e os raros. Fica o dito e o não dito. Alguma coisa há de se salvar...
Mateus Moura.
Abertura:
Caça ao leão com arco (La chasse au lion à l’arc). Jean Rouch. 1965. cor. 75’.
Quem foi Jean Rouch?
Atenção senhoras e senhores... conhecem a história do homem que desbravou a África com sua câmera e seu gravador? Conhecem a coragem e a sensibilidade, a inteligência e a curiosidade, a perspicácia e a paciência desse homem-cineasta?
Quem é Jean Rouch?
Influenciado por Flaherty, Vertov, pelo neo-realismo italiano (especialmente Rossellini), Jean seguia à risca o lema da câmera na mão e uma idéia na cabeça: o filme de autor máximo!
Quem foi Jean Rouch para a Nouvelle Vague?
O homem que influenciou o modo de filmar de um certo Coutard, que alertou para a riqueza da confusão entre documentário e ficção, que acreditou na realidade acima de tudo, e a enfrentou com uma máquina objetiva pulsando em mãos, um coração subjetivo pulsando em voz.
La chasse au lion à l’arc (Caça ao leão com arco), de 1965, filme nunca lançado em dvd no Brasil é obra rara imperdível... Jean Rouch, como de praxe, apresenta com sua voz de poeta, o filme: “Crianças, em nome de Deus, escutem a história de Gawey-Gawey, a história de seus pais, a história de seus avôs, a história dos caçadores de leão com arco!”. Filme para o futuro, Rouch narra o presente que é passado, o primitivo que muitas vezes esquecemos, a luta do homem contra a natureza que tanto ouvimos falar... vemos a morte, a luta contra a morte, a vida, a luta contra a vida, vemos o mundo em estado bruto... tudo graças ao cinema, tudo graças ao cineasta.
Mateus Moura.
SERVIÇO:
Local: Fundação Ipiranga (Av. Almirante Barroso, 777, entre Tv. Humaitá e Tv. do Chaco – ao lado da Tv Cultura)
Data: 30/09/09 (quarta-feira)
Horário: 19:00
Legendas em português
Entrada franca
Resto da Programação:
07/10 – Os amantes (Les amants, Louis Malle, 58)
14/10 – Bob, o jogador (Bob, Le flambeur, Jean-Pierre Melville, 56)
21/10 - Minha noite com ela (Ma nuit chez Maud, Eric Rohmer, 69) *Comentários de Ernani Chaves
28/10 – não haverá programação
04/11 - Os incompreendidos (Les 400 coups, François Truffaut, 59)
11/11 – Os guarda-chuvas do amor (Les parapluies de Cherbourg, Jacques Demy, 61) *Comentários de Cauby Monteiro
18/11 – Nas garras do vício (Le beau Serge, Claude Chabrol, 58)
25 /11 – Celine e Julie vão de barco (Celine et Julie vont en bateau,Jacques Rivette, 74)
AÇÃO: APJCC (ASSOCIAÇÃO PARAENSE DE JOVENS CRÍTICOS DE CINEMA)
BLOG: http://apjcc.blog.terra.com.br/
COMUNIDADE: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpp&cmm=37014176
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