24.2.10
Profissão : Cineclubista
Acabamos de exibir Luzes da cidade para mais de 30 crianças na periferia de Santarém. O equipamento - que pertence à Fapespa e ao saudoso Chico Weyl - é garantia de botar sessão onde a gente quiser (a APJCC ainda sonha com essa autonomia - e acreditamos que não está longe).
A obra-prima de Charlie Chaplin não estava na programação. Estava programado "A grande ilusão" de Jean Renoir. Pro obra do destino, e da incomunicabilidade, o espaço foi avisado que a sessão seria infantil. Enquanto "montamos o circo" discutimos: e então, passar ou não passar o filme do francês? No fim, coincidentemente, um plano B surgiu no meu porta-dvd: Charles Chaplin... Renoir sem dúvida aprovaria a substituição, e se sentaria feliz no meio da criançada.
Nenhuma das presentes tinha ido ao cinema, só tinham visto filmes na tv. Mudo, preto e branco, várias novidades. A maioria tão nova que não tinha iniciado o bê-a-bá, eu fiquei na condição de leitor dos poucos letreiros do filme.
Risadas, atenção, maravilhamento... foi um sonho. No fim, a tentativa de conversa... lona! Como eu tinha imaginado, esse é o último nível do aprendizado, a didática com o público infantil é só pra samurai faixa vermelha mesmo. Um dia a gente chega lá.
O filme não foi discutido ou analisado. As crianças só se manifestaram - com um gesto, como Carlitos ensinou - para responder a uma pergunta: "- Vocês querem mais? Queriam ver mais cinema, mais filmes como esse?". A resposta foi o bom e velho "ok".
Texto: Mateus Moura (APJCC - 2010)
Imagens: Miguel Haoni (APJCC - 2010)
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Um comentário:
Nossa gostei muito d sabe q as seções tambm foram realizadas cm o publico infantil, mesmo sendo um desafio obter a atenção d crianças, ao ler pud perceb q foi uma boa speriencia apesar d nao terem dscutido ou analizado o filme... pod nao ter tido manifestaçoes quando o filme acabou, mas as manifestaçoes foram feitas no desenrolar do mesmo....... jaci
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