Caligari; Necronomicon; A cela. Estes 3 filmes do escritor, roteirista e produtor cultural Marcelo Marat serão projetados como parte da programação do evento Uma noite dedicada aos vivos (saiba mais no post anterior) no dia 2 de novembro, dia de finados, na praça Tancredo Neves.
A projeção acontece no âmbito do projeto TELA DE RUA, coordenado pelo Movimento Cultural da Marambaia (MOULMA), com apoio do Cineclube Amazonas Douro e da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC).
Veja, abaixo, algumas informações sobre os filmes.
Caligari: Baseado no clássico do Expressionismo Alemão “O Gabinete do Dr. Caligari”, de Robert Wiene. Direção: Marcelo Marat. Produção: Abuso Produções. 6 minutos.
Necronomicon: A vida eterna pode ser apenas o início de uma angústia eterna. Baseado na obra de H. P. Lovecraft e Sammis Reachers. Direção: Marcelo Marat. Produção: Abuso Produções. 15 minutos.
A Cela: Uma reinterpretação do mito da caverna de Platão. Adaptação do conto de Saulo Sisnando. Direção: Marcelo Marat. Produção: Antifilmes Produções. 6 minutos.
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Sobre o diretor:
Marat por Marat
"Entre os videastas e cineastas independentes, existe uma corrente que , de forma deliberada, trabalha no chamado gênero trash: filmes de horror ou fantasia, de baixo orçamento, com atores e cenários improvisados, geralmente apelando para muito sangue, tripas e nudez.
Muita gente confunde meus vídeos experimentais com esse gênero, mas a comparação nada tem a ver. De forma geral, meus vídeos são exatamente isso: experimentais. Quando trabalho num gênero, como o terror, horror ou suspense, minha intenção é mesmo assustar o espectador, e não apenas causar nojo ou fazer rir.
O trash, em geral, é engraçado. Diverte, mas não assusta. Não provoca o medo. Para chegar a isso, é preciso exercitar estética e estilo, trabalhar a narrativa, a edição, som e imagens; buscar, apesar dos poucos recursos técnicos, o melhor efeito para obter o melhor resultado. O bizarro e o grotesco são incidentais. Não é pelos sentidos que quero fisgar o espectador, é pela psique. O trash é todo sensorial. Meus vídeos são mais psicológicos. É na mente que quero causar seu pesadelo, nesse limite indefinido entre consciência e inconsciência. Assustar o espectador é o que quero, não diverti-lo.
E você, do que você tem medo?"
Fonte: Blog "Ecos do Nada"
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