1. Sessão Maldita apresenta:
Lady Snowblood, de Fujita Toshiya
(Shurayuki Hime, Japão, 1973, Cor – 97 min.)
Elenco: Kaji Meiko, Kurosawa Toshio, Akaza Miyoko, Daimon Masaaki, Nakaya Noboru, Nakada Yoshiko, Negishi Akemi, Nakahara Sanae, Komatsu Hosei, Takagi Hitoshi
Sinopse:
Yuki é trazida ao mundo nos limites de uma prisão, nasce em um legado obsessivo de vingança pela morte de sua família, assassinada por uma gangue . Ela é desde cedo treinada para executar sua vingança e armada com uma formidável habilidade em utilizar uma lâmina escondida no seu guarda-chuva. Ela vai levar a ira do inferno a seus inimigos!
NOTAS SOBRE O FILME:
Toshiya Fujita dirigiu cerca 29 filmes, mas é mais conhecido por Lady Snowblood e Lady Snowblood 2: Love Song.
O título japonês Shurayuki Hime: usa o termo budista "shura" (inferno ou submundo) e as palavras japonesas "Yuki" (neve) e "hime" (princesa). O título é também um trocadilho com "Shirayuki Hime", o título japonês da "Branca de Neve" dos Irmãos Grimm.
Adaptado do mangá “Yuki - Vingança na neve”, de Kazuo Koike,que também roteirizou o filme e criou séries de sucesso como Crying Freeman e Lobo Solitário.
A violência em “Lady Snowblood” é típica de um filme de samurais dos anos 70. É freqüente e gráfica. A temática da vingança tem sido muito popular no cinema de ação, mas deixou uma marca maior nos filmes de exploitation, nos quais se vai mais longe, na representação da violência e do sexo. Nos anos 70, o gênero conheceu vários desenvolvimentos no universo feminino, do oriente ao ocidente. Estes títulos normalmente misturavam, com pouca sutileza, a criação de um produto destinado a um público masculino à procura de emoções fortes, com um pretenso sentimento de justiça feminista, quase uma revolta contra os abusos que as protagonistas sofriam. Boas intenções? Talvez, mas o que o público queria mesmo era ver sexo e violência a rodo.
Em Kill Bill foram usadas muitas referências, algumas até explícitas ao filme, como a personagem O-Ren, paisagens (a luta na neve, no final do Volume I) ou simplesmente a música tema “Shura no Hana”, interpretada pela atriz principal de “Lady Snowblood”, Meiko Kaji.
Textos e arte do cartaz: Max Andreone (APJCC)
2. Cine UEPa apresenta:
Paris Texas é um lugar. Um lugar e seus significados. Um lugar cuja existência é o pouco que resta da vida de Travis, um homem que deixou muito para trás e tenta vislumbrar algo a sua frente.
Paris Texas é tudo o que Travis é: árido, abandonado, desolador, quase um não-lugar, quase uma não existência. E por conta desse ínfimo ”quase” que esse homem-fantasma vai tentar re-estabelecer algo parecido com laços de afeto com as pessoas que (mesmo que ele não queira) fazem parte da sua história.
Paris Texas é um lugar. Paris Texas é tudo, e quase nada.
Felipe Cruz
(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema)
Arte do cartaz: Gabriel Cavalcante (Gabirú)
3. Cine EGPa apresenta:
As contradições do homem e suas implicações morais são a matéria-prima do cineasta austríaco Michael Haneke.Seus filmes abordam de maneira incisiva a natureza violenta das relações entre indivíduo e sua realidade próxima.
Em A Professora de Piano, acompanhamos o encontro da perturbada pianista Erika Kohut com o amor. A câmera seca de Haneke nos conduz através da realidade de uma mulher dividida entre sua postura profissional rígida e sua assustadora intimidade: dois movimentos de um mesmo concerto.
O estilo quadrado, a montagem abrupta e a dureza matemática dos planos são marcas indeléveis de Haneke. A perfeita consonancia entre sua caligrafia e a natureza visceral de seus personagens tornam o diretor e sua obra, peças indispensáveis no panorama do cinema atual.
Miguel Haoni
(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema)
Convidados: Murilo Coelho e Miguel Haoni
Nenhum comentário:
Postar um comentário