1.5.08

Ações da APJCC em Maio (parte 1)

1. Reestréia do Cinema na Casa

Depois de quase um ano inoperante, O Cinema na Casa volta em 2008 com nova roupagem. O retorno nasce fundamentalmente das necessidades tanto da Fundação Curro Velho de realizar uma atividade no pouco explorado campo cinematográfico quanto da comunidade cinéfila que necessita de mais espaços para exibição e debate de obras “clássicas” da sétima arte.
Tal intento se realiza através da associação entre FCV e Movimento APJCC (grupo organizado de cineclubistas). O Grupo, iniciado no final de 2007, organizará a programação e a curadoria dos ciclos mensais de filmes .
Os ciclos organizam-se da seguinte maneira: mensalmente será explorado um tema cinematográfico (autor, país de origem, época, escola, etc...) através da exibição de vários títulos relacionados. Este ano o principal tema proposto é a reavaliação crítica do cinema hollywoodiano .
O Cinema na Casa retorna no dia 6 de maio e segue pelo ano inteiro com exibições toda terça-feira às 18h30min no Auditório da Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31).




Ciclo John Ford



É sabido que a invenção do cinema é contada, a partir da célebre exibição que os irmãos Lumière realizaram no dia 28 de dezembro de 1895, no Grand Café do boulevard des Capucines, em Paris. Desde então, esta nova descoberta, chamaria a atenção de muitos, ao redor do mundo. Poucos meses antes, no primeiro dia de Fevereiro, nascia Sea Aloysius O’Fearna, mais conhecido como John Ford. Simples, claro, ao mesmo tempo de qualidade e divertido, o cinema de Ford nos humilha pelo seu volume, ele foi o homem da ‘Fox’ e o diretor de belíssimas obras da época de ouro de Hollywood: introduziu o gosto pelas brigas; pelos bons sentimentos e pelos espaços abertos. Realizou filmes sociais importantes, adaptados de obras famosas (Vinhas da Ira, baseado em John Sternbeck ; Como Era Verde Meu Vale, 1941, baseado em Richard Llewellyn ). Devemos, no entanto, considerá-lo como o ‘homem’ do western, que enobreceu o gênero e o elevou a qualidade de arte. E é em cima dessa assertiva, que o “Ciclo John Ford”, irá tratar. O gênero, conhecido como ‘bangue-bangue’, ocupa parte preponderante em sua filmografia e, nada mais justo homenageá-lo dessa maneira. Serão três obras indispensáveis para o cinema e para que os cinéfilos da nova geração conheçam o trabalho sublime do diretor americano. “Rastros de Ódio”, “Paixão de Fortes” e “O Homem que Matou o Facínora” são pedaços de vida. ‘Recortes’ de um homem áspero, exigente, consciencioso, e preocupado com o destino dos desprivilegiados. Ford faz parte de sua época, e faz parte da história do cinema. Presenteou-nos com verdadeiras obras de arte, e nada mais coerente do que tratá-las como tal. O ciclo John Ford aponta para este (re) descobrimento, o de uma arte irretocável.

AERTON MARTINS (curador)


RASTROS DE ÓDIO. DIREÇÃO: JOHN FORD. EUA. 1956. 125MIN.
06/05/08




Ethan Edwards, vivido por John Wayne, é um veterano do exército confederado. Sua vida toma rumo diferente quando sua família é massacrada por índios comanches, e sua sobrinha caçula é raptada. Ele, com seu sobrinho adotado, partem em busca da garota. Enfrentando a fome, o frio, a solidão, e os perigos iminentes do Oeste, Edwards quer sua vingança. Essa jornada é uma das grandes obras do cinema clássico americano.

Maiores informações e programação completa: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=46934585

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