5.8.13

APJCC presente na construção de mais um cineclube - pesquisa, ensino e extensão na UFPa

MATADOURO E POTEMKIN apresentam

OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA




Não existe escola maior de cinema do que assistir as obras audiovisuais de seus realizadores. Um ano de estudo sobre o “neo-realismo”, sua importância histórica e analise dos seus conceitos filosóficos não valem mais que assistir aos 10 minutos finais de “Alemanha, Ano Zero”, de Roberto Rossellini. 
Nada substitui a relação do espectador com um autor e suas ideias enquanto forma. Pode-se decorar datas, saber responder a formulários de múltipla-escolha e até resolver questões subjetivas embasadas em tal ou qual referencial teórico, mas a RELAÇÃO ESTÉTICA – ou em outras palavras, o 'acontecimento erótico das almas na senda sagrada da eternidade' - é insubstituível e insuperável.
O cineclube é o apagar e o acender das luzes. No seu momento escuro seu intuito é cultivar esse tipo de relação, insistir sempre pra urgência desse contato. 
Mas também existe o acender. A outra viagem, depois da inconsciente. A que retorna, através da memória, ao filme, e que cutuca, com a vara da razão, as imagens. É o momento da comunhão da consciência; quando todos os espectadores – que em outro momento, uníssonos, olhavam a tela – agora se olham nos olhos, partilham olhares. É a movimento DIALÉTICO. 
Na prática cineclubista o que se busca é a instauração do espaço da aprendizagem, onde não existem hierarquias, mas troca de conhecimento. O filme como esfinge e o cinema como enigma revelam o percurso eterno dos peregrinos, que, em roda, desejando se descobrir, trocam impressões acerca dos mistérios partilhados. O cineclube é um produtor de imaginário, e, ademais, um estimulador do senso crítico. Receptivo e ativo, num movimento constante em busca de equilíbrio. 
Ele pode assumir várias funções: sociais, culturais, espirituais, políticas, científicas, pedagógicas, catárticas, profiláticas. Depende dos cineclubistas. 
Esta OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA tem como foco a criação do Cineclube do Curso de Cinema. O que será, só seus construtores poderão descobrir. Aguardamos todos os interessados para a obra... 

Ministrante: Mateus Moura
Produção: João Luciano e Arthur Alves


Local: Auditório do Atelier de Artes do Campus Guamá - UFPa

Programa:
Dia 12 (segunda-feira)
14h as 18h
- Apresentação da oficina e dos projetos (Matadouro e Navega)
- Discussão acerca da importância dos projetos de extensão para credibilização do curso institucionalmente 

- Reflexões sobre o cineclubismo e sobre que cineclube querem montar:

a – o que é um “cineclube”?
b – A importância em cada contexto
c – Os papéis do cineclubista
d – As funções do cineclube

-Os processos na prática cineclubista:

a – pré-produção (estudo, curadoria, comunicação)
b – produção (montagem técnica, condução de debate, apresentação de conceitos, registro)
c – pós-produção (divulgação do registro, construção da memória)

- Aula sobre a “montagem do circo” (estrutura)


Dia 13 (terça-feira)

14h as 18h
- Como montar uma cinemateca própria?
a – Discussão acerca da pirataria
b – A fraternidade cinefílica

- Montemos a programação:

a – Quais os critérios?
b – Que funções cada um assumirá?
c – Qual o espaço? Como conseguir a infra-estrutura necessária?
d – Quais as duvidas? 
e – Proposta para uma programação semestral

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