27.5.11

"Primeiro" tem pré-estreia no Cine Olympia

Sr. Cheff Produções apresenta a pré-estreia de:

PRIMEIRO



SERVIÇO:

31 de maio a 5 de junho (terça a domingo)
às 18h30
no Cinema Olympia
Entrada franca!

SINOPSE:

Um conto de fadas atemporal baseado no mito da gênese do teatro de sombras chinês. Narra a estória de um rei apaixonado que perdeu tragicamente a sua amada nas correntezas do sempiterno rio. Cego pela razão, encontra nas trevas um mágico; com sua devida autoridade ordena que se utilize de seus poderes ocultos para ressuscitar a rainha. Ao profeta, sob a pressão da morte, é revelado o cinema.
Entre o primitivo e o primordial, a criação (criança em ação) ensinará ao imperador, através da transubstanciação, que a vida pode surgir da luz, assim como da matéria.
Não existe o amor, apenas provas de amor – o mesmo à magia, o mesmo à arte.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS:

Filme rodado em dezembro de 2010 e janeiro de 2011 pela produtora independente Sr. Cheff Produções. Conta com o apoio Pontão de Rede Juvenil (que cedeu a câmera).

Título: PRIMEIRO
Realizador: Mateus Moura
Produção: Sr. Cheff Produções (Mateus Moura, Felipe Cruz, Romario Alves, Luah Sampaio, Luana Beatriz, Cauby Monteiro, Marcelo Marat, Eduarda Canto, Daniel Monfa)
Direção de arte: Romario Alves
Storyboard: Felipe Cruz
Atores: Marcelo Marat, Aquiles de Sousa, Eduarda Canto e Mateus Moura
Formato: 4:3 / p&b/ Cor / Digital
Agradecimentos: Clei, Alê de Sousa, Didi, Samir Raoni, Edison Santana, InTv e Sol Informática
Colaborações: Mariana Hass e Karllana Cordovil (cartaz digital do mágico)

26.5.11

"D. Juan" em exibição no Cine Olympia

Sr. Cheff Produções apresenta:

"D. JUAN", de Mateus Moura




Serviço:

24 a 29 de maio (terça a domingo)
18h30
No Cinema Olympia
Entrada franca.


Sinopse:

Ele e ela são atores de um grupo que vai encenar d. Juan de moliére. Ele é casado, ela é solteira. Durante os ensaios eles sentirão recíproco tesão. Ele, apesar de infiel no pensamento, é fiel materialmente; ela é fiel à sua vontade: devorá-lo. Tal conflito pode se resolver através da entrega ou do esquecimento. No mundo social a entrega é proibida, mas no mundo do “faz de conta” não é bem assim. Ele e ela, símbolos da atuação, desfilarão personas.

O encontro de lobos.
O homem é lobo do homem.
A mulher é loba da mulher.
A ribalta é a lua cheia,
onde o encontro das bestas será aceito.

Informações Técnicas:

Filme rodado nos dias 27 e 28 de julho de 2010 pela produtora independente Sr. Cheff Produções. Contou com o apoio da ETDUFPA (que cedeu o local de filmagem, com iluminação), o CEPEPO (que cedeu a câmera e os cinegrafistas), a MTV BELEM (que cedeu o microfone), a PARACINE (que bancou a alimentação) e a SINTDACPA (que cozinhou de forma admirável).

Título: D. Juan
Realizador: Mateus Moura
Assistência: Felipe Cruz
Produção: Sr. Cheff Produções
Atores: Ramón Rivera, Giovana Miglio, Haroldo França, Felipe Cruz e Mateus Moura
Música original: Ramón Rivera
Trilha sonora, montagem e fotografia: Mateus Moura
Figurino: Cassiane Dantas
Duração: 33 min
Formato: 16:9 & 4:3 / Cor / Digital

Sr. Cheff Produções é:

Mateus Moura
Felipe Cruz
Luana Beatriz
Luah Sampaio
Juan Pablo
Samir Raoni
Janaína Torres
Glenda Marinho
João Pedro Rodrigues
Neto Dias
Cassiane Dantas
Max Andreone
Giovana Miglio
Ramón Rivera
Haroldo França
Harrison Lopes
Vanessa Silva

25.5.11

Cine CCBEU apresenta "Barry Lyndon", de Stanley Kubrick


Um dos últimos filmes dirigidos pelo brilhante Stanley Kubrick, Barry Lyndon traz a história de vida do jovem Redmond Barry (Ryan O'Neal, de Love Story - Uma História de Amor e A Marca do Passado) e todas as experiências, boas e ruins, pela qual passa durante sua jornada. Baseado na obra de William Makapeace Thackeray.
A fita dupla é dividida em duas partes pelo próprio diretor. Na primeira hora de filme é apresentado o pano de fundo: Reino Unido, século XVIII, a Irlanda está sendo invadida pelo exército francês e o jovem Barry é ainda um inexperiente camponês que vive com a mãe.
Eis que surge o primeiro amor: sua prima Nora Brady (Gay Hamilton). A moça, ousada, provoca o primo e aguça sua obsessão. Chega então à cidade as tropas do exército inglês e junto com elas o capitão John Quin (Leonard Rossiter, de A Pantera Cor-de-rosa e 2001, Uma Odisséia no Espaço) por quem Nora se interessa.
Para a infelicidade de Barry os dois resolvem se casar, mas ele está disposto a lutar por seu amor a qualquer custo e desafia o capitão para um duelo. Os irmãos da noiva, junto com Quin armam uma armadilha e deixam o jovem pensar que matou o capitão e é obrigado a fugir.
Começa a viagem de Barry rumo ao mundo real. Logo no primeiro dia é assaltado e sem nenhum pertence, com medo de ser preso, alista-se no exército. Depois de muito tempo nas batalhas decide fugir e vira soldado das tropas da Prússia (aliada do Reino Unido na guerra contra a França).
Os primeiros meses não são nada bons para Barry, mas ele salva a vida do capitão Potzdorf (Hardy Kruger, de Hatari! e Uma Ponte Longe Demais) durante uma batalha e, como recompensa, torna-se, seu braço direito. Cinco anos se passam, até que ele é escolhido para espionar o Chevalier de Balibari (Patrick Magee, de Carruagens de Fogo e Laranja Mecânica), um jogador desonesto.
Mas o Chevalier e Barry se tornam amigos e ele mantém a vida dupla, entre fornecer falsas informações a Potzdorf e fingir ser empregado do Chevalier, por um bom tempo. Numa das viagens que faz à Bélgica, conhece a jovem e bela Lady Lyndon (Marisa Berenson, de Cabaret e Morte em Veneza), condessa de Lyndon, viscondessa da Inglaterra e baronesa da Irlanda, que é casada com um homem bem velho.
Barry se encanta com a moça, porém não é só a beleza que importa nesse momento, o jovem camponês se tornou ambicioso e Lady Lyndon tem o que ele procura: dinheiro. Quando a condessa perde o marido, ambos decidem-se casar, começa então a segunda parte da vida de Barry, Redmond Barry deixa de existir e passa a dar lugar a Barry Lyndon. Nesta parte é apresentada sua ascensão seguida do declínio.
Lady Lyndon já possui um filho de seu primeiro casamento, Lord de Wendover (André Morell), o qual não concorda com a união da mãe a um explorador como Barry. Principalmente quando o filho do casal nasce e todas as atenções são voltadas para essa criança.
Os primeiros anos de casado são perfeitos; tudo o que sempre quis (artigos de luxo, belas mulheres, iguarias deliciosas e bebidas finissimas), ao alcance das mãos. Porém o dinheiro não dura para sempre e a obediência de um adolescente também não.
Lord de Wendover desafia o padrasto na frente de convidados da família e é expulso de casa. Após este acontecimento a vida de Barry começa a se deteriorar. Tudo o que possuía e prezava escapa de suas mãos: ele termina como começou, pobre e sozinho, contando apenas com sua mãe.

* * *

CINE CCBEU: espaço de exibição de grandes obras da cinematografia mundial e fórum regular de debates sobre arte, cultura e cinema.
Numa parceria entre Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e Cineclube Amazonas Douro, o Cine CCBEU funciona às quintas-feiras,18:30, e apresenta dia 26 de maio o filme "Barry Lyndon" de Stanley Kubrick, excepcionalmente (e infelizmente!) no auditório do CCBEU (Padre Eutíquio, 1309).
No dia 2 de junho, o Filme da Platéia será "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" de Jean-Pierre Jeunet com comentários de Érica Magalhães. Ainda em junho será exibido o filme palestino "O que resta do tempo", de Elia Suleiman (16/06) e curtas de Danielle Fonseca, seguido de bate-papo com a realizadora (30/06).
Sempre com entrada franca!


***

Serviço:
Dia 26 de maio (quinta)
às 18h30
excepcionalmente no auditório do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook da APJCC
Fone: (91) 8717-9683

17.5.11

Cine CCBEU comemora dois anos com programação especial




O Cineclube do Centro Cultural Brasil Estados Unidos comemora 2 anos de atividades nesta quinta-feira, dia 19, e promove uma grande homenagem ao seu público.

O evento começa às 18:30 com a exibição do filme "Busca Frenética" de Roman Polanski - realizador eleito pelo público na enquete do facebook APJCC Pará: "Qual diretor você gostaria de (re)ver no aniversário de 2 ano do Cine CCBEU?". Segundo Miguel Haoni, coordenador do projeto, "esta foi mais uma oportunidade para o público afetar diretamente a programação do cineclube, política esta que pautou nossa curadoria neste 2° ano". Acreditando na agregação maior de seu público, a coordenação do cine promove sessões mensais nas quais os frequentadores elegem e dão o tratamento para o filme escolhido.

Mas a celebração não pára por aí! Após a exibição - e o tradicional debate, conduzido pelo fundador da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, Cauby Monteiro - o público participará de um quiz sobre conhecimentos cinematográficos no qual concorrerão a livros de cinema e camisas do Cine CCBEU. "O plano aqui não é instigar o espírito competitivo, mas sim presentear os participantes nessa dinâmica da brincadeira", afirma Haoni.


O cineclube celebra seu 2° ano de existência tendo como meta a manutenção do entrosamento entre a organização e os frequentadores. Segundo a coordenação do evento, grande parte do sucesso da atividade - que se configura hoje como um dos pontos de exibição mais importantes da região Norte - deu-se em função da assimilação massiva do público à proposta do cine. "O descaso do público foi responsável pelo fechamento dos cinemas de rua no Brasil inteiro. É responsabilidade dos cineclubes, através do contato humano e democrático, reacender o interesse das platéias pelo ritual sagrado da fruição coletiva de filmes. É assim que se constrói uma comunidade cinéfila", conclui Haoni.



"Busca Frenética", de Roman Polanski


Dr. Richard Walker viaja para a França acompanhado por Sondra, sua mulher. Nos planos de viagem estão um congresso de medicina e uma segunda lua-de-mel, o que seria um respiro num casamento rotineiro e frio. Porém, o diretor Roman Polanski tem outros planos para o casal. Se utilizando de um McGuffin absurdo ele abduz Sondra e lança Dr. Walker numa cidade das sombras, um pesadelo hitchcockiano do homem errado, da mala errada, das perguntas e respostas erradas.

Pegando emprestado o estilo de Hitchcock(em sua decupagem analítica, em sua mise-en-scène extremamente expressiva), Polanski adequa-o a sua atmosfera de terror, homenageia o mestre, mas não destitui a obra de sua autoria.

Cauby Monteiro (APJCC - 2011)

Serviço:

Dia 19 de maio (quinta)
às 18h30
No Cine-teatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Fox Video

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut 
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook da APJCC
Fone: (91) 8717-9683

Era uma vez em Hong Kong

*versão original do texto publicado com alterações no Jornal Amazônia do último dia 15/05.



Bruce Lee, Jackie Chan e, em menor número, Jet Li. Esses são os três nomes que você certamente irá ouvir caso saia por aí perguntando sobre o cinema chinês de artes marciais. Muito provavelmente, serão os únicos. Não se engane: nesse caso, não há grande diferença se a pessoa faz parte da galera que engrossa as filas dos blockbusters ou do seleto grupo de cinéfilos que frequenta sessões alternativas. Tudo bem, os últimos podem até citar Zhang Yimou ou Ang Lee. Isso não descaracteriza em nada o problema proposto: a marginalização (e consequente esquecimento) de toda uma tradição artística fundamental para o cinema. 

Justificativas são fáceis de encontrar; a dificuldade de acesso é uma. No Brasil, desde o fechamento da distribuidora China Video, a circulação de filmes tornou-se mais restrita e acontece, sobretudo, por meio de cópias importadas. Além disso, quem se nega a enveredar por estes caminhos traz sempre na ponta da língua os estereótipos próprios a quem olha o gênero de fora: roteiro banal, narrativa linear e, subentende-se, desinteressante, irrealismo, “glorificação” da violência. Para o público em busca de entretenimento, qualquer justificativa é aceitável, mas nenhuma é concebível para quem se propõe a estudar, criticar ou simplesmente conhecer cinema.

Capítulo importante na história da sétima arte, a produção que se notabilizou na Hong Kong dos anos 1960 e 1970 ainda é restrita ao círculo de fãs do gênero, especificamente, e do exploitation, em geral – cujo representante mais famoso é o diretor Quentin Tarantino. É necessária a expansão desse círculo em dois eixos: tanto em tamanho, quanto em profundidade, no sentido de enxergar o que realmente esse cinema tem a proporcionar, além de socos e pontapés.

De todos os gêneros cinematográficos, o filme de espadachim e de kung fu pode ser o mais difícil de se adentrar: causa o estranhamento de um musical, em que coreografias irrompem a qualquer momento e tomam proporções desnecessárias – à primeira vista. Se no gênero hollywoodiano, entretanto, a música ajuda o espectador a entrar no ritmo da cena, aqui a coisa é mais complicada uma vez que o ritmo está centrado na visualidade; ele vem muito mais do movimento, seja dos corpos pelo campo, da câmera, ou mesmo da montagem. 

Outra coisa necessária para se aventurar nesse cinema é certificar-se de ter feito o pacto com a obra. Como todo gênero, neste também há convenções que seriam completamente irrealizáveis fora do universo fílmico. Há que se respeitar a diegese e não contestá-las. É necessário, por exemplo, não questionar como um homem, mesmo gravemente ferido, é capaz de enfrentar uma multidão (O Assassino de Shantung, Chang Cheh, 1972); ou como marido e mulher passam a lua de mel disputando quem tem a melhor técnica de kung fu (Carrascos de Shaolin, Lau Kar Leung, 1977); é preciso aceitar o sangue vermelho tomate e os cenários de estúdio nitidamente artificiais.

Requisitos atendidos, basta despir-se dos preconceitos para perceber a riqueza dessa tradição. Se uma das características mais proclamadas da modernidade na sétima arte é a elaboração de um cinema do corpo, o filme de artes marciais de Hong Kong esteve na linha de frente. Nesse sentido, dois autores são fundamentais: Lau Kar Leung e Chang Cheh. Ao lado de King Hu, constituem a tríade que guiou a renovação do gênero, desenvolvendo, na confluência entre Oriente e Ocidente, uma estilística revolucionária. No entanto, enquanto neste último diretor o sentido de transcendência é sempre muito forte, a imanência, a ênfase no corpo ritualístico, é imprescindível aos dois primeiros.

É na trajetória desses corpos que se concentra o sentido do filme: seja o moral, seja o estético. Esbanjem energia ou desenvolvam a sua danse macabre; é para eles que tudo converge. Olhares, gestos, posturas dizem mais do que as palavras, que na maioria das vezes não dizem nada. “Eis o modo de dirigir atores: não os deixe falar”, teria dito John Ford ao ser questionado sobre o assunto. Como todo cinema, o filme de artes marciais é, sobretudo, modulação de movimento. E como todo cinema de gênero; é imagem. É óbvia a conclusão, mas ainda há quem a desconsidere: o estatuto de imagem lhe garante que, para proceder qualquer julgamento a seu respeito, primeiramente é necessário vê-lo.

Juliana Maués - APJCC 2011

11.5.11

Amanhã, tem sessão dupla no Cine CCBEU

Cine CCBEU apresenta:

"Scott Pilgrim contra o mundo", de Edgar Wright


Uma vida mais que normal num lugar frio e cheio de historias com suspiros e decepções afetivas, gente beirando a esquisitice, bandas iniciantes, uma colegial chinesa e... Ramona Flowers. (a mulher dos sonhos de qualquer cara com um pouquinho de bom senso. Que Scott só adquire no fim da historia).
Ramona é a entregadora da amazon.com e usa atalhos estranhíssimos pra encurtar caminho, inclusive por dentro dos sonhos de Scott que se apaixona de imediato. Só não sabe que pra ficar com a moça terá de derrotar seus 7 ex-namorados do mal.
Se te pareceu um tanto quanto coisa de nerd jogador de videogame e fã de historia em quadrinho você acertou.
Scott pilgrim contra o mundo é a melhor adaptação de game para as telonas e não veio de um jogo. O quadrinho (muito elogiado e premiado) deu origem às outras linguagens.
Unindo decupagem de quadrinho, sons e feitos de clássicos dos games, ritmo acelerado e minucioso, referencias da cultura pop, elenco de primeira e uma das melhores trilhas sonoras da década passada o filme consegue com muito sucesso ser uma das obras primas da pós modernidade por mais que tenho sido lançado quase que pras locadoras.
Humor fino e um sentimentalismo aflorado nas mãos do diretor Edgar Wright aqui se transformam em um espetáculo de imagens, cores e movimentos que como descreveu Mateus Moura: tinha tudo pra dar errado. Deu tudo certo!
Se você é da geração criada dentro de casa, que se “educou” vendo TV e não perde uma novidade, o filme é seu. Se não preenche nenhum dos critérios acima, não perde a chance de conhecer o que o cinema contemporâneo tem feito de melhor.

Thiago Oliveira (comentador convidado)

Em seguida:

"Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade - filme da plateia escolhido por Gabriel Vilhena




Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele nasceu na selva e de negro (Grande Otelo) virou branco (Paulo José). Depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos. Macunaíma vive várias aventuras na cidade, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de todos os tipos. Depois dessa longa e tumultuada aventura urbana, ele volta à selva. Um compêndio de mitos, lendas e da alma do brasileiro, a partir do clássico romance de Mário de Andrade.
 
Serviço:
 

Dia 12/05 (quinta-feira)
às 15h: Scott Pilgrim contra o mundo, de Edgar Wright
às 18h30: Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade
no Cine-teatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

3.5.11

Miguel Haoni ministra curso de história do cinema


"Curso de História(s) do Cinema" (30 horas/aula)

Ministrante: Miguel Haoni (APJCC)*

de 11 a 31 de maio (segundas, quartas e sextas)
das 15h às 18h

Sobre o curso:

Mais de cem anos, o cinema acompanha, registra e encanta homens e mulheres pelo mundo inteiro. Sua trajetória muitas vezes confunde-se com os próprios movimentos perpetrados pelo homem contemporâneo. Nossas vitórias, medos, paixões e misérias foram por vezes, filmadas e projetadas como imagens em movimento. Por conta disto e de seu inestimável valor intelectual e estético, o Cinema configurou-se como a maior contribuição artística do século XX, o que não significa que seja visto, nos dias de hoje, como tal.

A realidade prática nos coloca diariamente em presença de imagens em movimento. Seja na TV, no computador e até mesmo em filmes, o ritual de fruição estética da linguagem audiovisual é gradualmente vulgarizado. A exemplo disso temos o crescimento avassalador do mercado de DVDs piratas que em sua grande maioria, dispõe de um catálogo extenso de títulos lastimáveis, filmes sem valor.

Tal condição torna premente a necessidade de um estudo detido e minucioso sobre o Cinema enquanto linguagem artística. Neste sentido apresenta-se o Curso de História(s) do Cinema, aqui dividido em seis unidades e nove aulas que dão conta de grandes períodos na linha evolutiva da sétima arte. A opção por uma perspectiva histórica não apenas dinamiza a abordagem do objeto estudado, mas também permite questionamentos fundamentais nesta empreitada: Quais foram as permanências e modificações na linguagem cinematográfica ao longo dos anos? Qual o papel das vanguardas e dos movimentos conservacionistas nesta história? Quais as principais escolas estéticas? Qual a ligação entre o cinema e a sociedade através do tempo?

Estas perguntas serão a base norteadora do curso aqui apresentado.

Sobre as unidades:

Unidade I
Artífices da transparência: o cinema clássico
Após a sua conturbada gênese, o cinema atravessou um processo de moralização simultâneo ao desenvolvimento de sua linguagem específica. Protagonizado por cineastas americanos, o "cinema clássico" representou a libertação dos códigos cinematográficos de seus correlatos nas outras artes. Apesar da domesticação posterior, sua criação entretanto, representou um dos momentos mais criativos na história.

Unidade II
A tradição do cinema narrativo clássico no Japão
O cinema clássico grassou uma rcepção mundial imensa atingindo os mais distantes pólos de produção. No Japão, os cineastas que antes, durante e após a Segunda Guerra operavam a matriz melodramática associada ao zen e à crise da modernização, ofereciam ao mundo uma forma particular de arte. A decupagem de Yasujiro Ozu e a mise-en-scène de Kenji Mizoguchi não apenas representavam uma variação formal mas uma maneira única e inovadora de observar o mundo.

Unidade III
A imagem fluida ou as Vanguardas de 1920
Na Europa dos anos 20, enquanto o cinema se enrijecia num padrão clássico, diversas cinematografias nacionais propunham novas formas de abordagem audiovisual. O impressionismo e o surrealismo na França, o expressionismo na Alemanha e as pesquisas de montagem na União Soviética ofereciam uma oposição selvagem ao modelo cinematográfico hegemônico.

Unidade IV
Uma câmera na mão e muita raiva: Glauber Rocha e o Cinema Novo
Após o lançamento do filme Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, o cinema brasileiro havia entrado definitivamente por uma nova vereda. O contato entre grupos de jovens cineastas na Bahia e no Rio de Janeiro afinava aquilo que desencadearia um dos movimentos cinematogáficos mais importantes do 3° mundo. O Cinema Novo brasileiro deixou um legado valiosíssimo para o audiovisual latino americano e através da trajetória de seu maior mestre, Glauber Rocha, acompanharemos como a revolução chegou às telas do país.

Unidade V
A cine-hipnose ou o estilo em Stanley Kubrick
Stanley Kubrick foi um cineasta único no panorama do cinema moderno. Seus filmes mostravam uma ampla consciência do potencial dos gêneros clássicos, mas sobretudo uma manipulação do tempo que atuava diretamente na respiração dos espectadores. Concebendo o cinema como um mantra, Kubrick concebeu obras-primas, tornando-se um dos maiores artistas-pensadores sobre a violência no século XX.

Unidade VI
Sangue de Poetas: panorâmica sobre a violência no cinema
Desde sua gênese, a história do cinema confunde-se com a história do cinema de violência, seja nos clássicos filmes de gênero hollywoodiano, ou os gritos de fome no Cinema Novo latino. Espetáculo vulgar ou expressão lírica, a violência sempre foi grande parceira do cinema, e em torno dela, suas vantagens e desvantagens éticas e estéticas, compreenderemos as funções das tripas e miolos na arte contemporânea.

*Miguel Haoni é cineclubista, diretor da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema. Coordenou os projetos Cine Uepa e Cinema na Casa e participou do Cine EGPA , Sessão Maldita, Cineclube da Aliança Francesa, Coisas de Cinema e TV Clube, atualmente, coordena o Cine CCBEU, Cineclube do Colégio Sucesso e o projeto INOVACINE-FAPESPA, além de escrever crítica de cinema para o Jornal Amazônia.


Cineclube do Colégio Sucesso apresenta "Cada um com seu cinema"



34 cineastas apresentam curtas-metragens de 3 minutos, cujo tema é o amor ao cinema.


Serviço:
dia 6 de maio (sexta-feira)
às 15h
No Auditório do Colégio Sucesso - Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa
ENTRADA FRANCA

Cartaz: Samy Braga
Realização: APJCC e Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro