21.10.11

APJCC e SESC promovem curso de crítica cinematográfica

Cinema é a arte das imagens em movimento. Como arte é o canal de expressão de homens e mulheres que concebem o mundo sob um prisma poético. Como imagens é o espelho da humanidade nos últimos 115 anos: suas ilusões, vergonhas, vitórias e medos projetados em 24 quadros por segundo. E como movimento é a música da luz, a montanha russa nas mais impressionantes paisagens do inconsciente. 
Tudo isso, porém, quase sempre passa batido na nossa convencional  fruição de filmes. A dieta viciada de audiovisual imposta pela indústria massiva de imagens, nos impede de observar o universo por trás dos "roteiros e atuações".
Poesia em cinema é feita de zoom e travelling; do comportamento da câmera à mise-en-scène; do enquadramento criativo à duração do plano. Em resumo: da forma como se manipula a linguagem cinematográfica.
Nesse sentido o Centro Cultural SESC Boulevard propõe o Curso de Crítica Cinematográfica (ministrado por Miguel Haoni da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema), que com a ajuda da História Contemporânea e da Filosofia da Arte pretende lançar um outro olhar sobre o fenômeno audiovisual artístico.
O curso pretende, através de três unidades ( I Cinema Clássico Hollywoodiano; II Vanguardas de 20; e III Cinema Novo brasileiro) observar como diferentes cineastas concebiam a arte em momentos chave de sua evolução histórica.
 A partir do debate crítico, leitura de textos e análise de filmes ("Sua Esposa e o Mundo" de Frank Capra e "Iracema - Uma Transa Amazônica" de Jorge Bodanzky e Orlando Senna) o curso pretende desvendar de que maneira esta linguagem de imagens é tecida na construção de discursos e sensações, configurando parte fundamental de nossa experiência no mundo contemporâneo.


Sobre as unidades:

Unidade I: Artífices da transparência: o cinema clássico
Após a sua conturbada gênese, o cinema atravessou um processo de moralização simultâneo ao desenvolvimento de sua linguagem específica. Protagonizado por cineastas americanos, o "cinema clássico" representou a libertação dos códigos cinematográficos de seus correlatos nas outras artes. Apesar da domesticação posterior, sua criação entretanto, representou um dos momentos mais criativos na história.

Unidade II: A imagem fluida ou as Vanguardas de 1920
Na Europa dos anos 20, enquanto o cinema se enrijecia num padrão clássico, diversas cinematografias nacionais propunham novas formas de abordagem audiovisual. O impressionismo e o surrealismo na França, o expressionismo na Alemanha e as pesquisas de montagem na União Soviética ofereciam uma oposição selvagem ao modelo cinematográfico hegemônico.
 
Unidade III: Uma câmera na mão e muita raiva: Glauber Rocha e o Cinema Novo

Após o lançamento do filme Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, o cinema brasileiro havia entrado definitivamente por uma nova vereda. O contato entre grupos de jovens cineastas na Bahia e no Rio de Janeiro afinava aquilo que desencadearia um dos movimentos cinematogáficos mais importantes do 3° mundo. O Cinema Novo brasileiro deixou um legado valiosíssimo para o audiovisual latino americano e através da trajetória de seu maior mestre, Glauber Rocha, acompanharemos como a revolução chegou às telas do país.
 
Serviço:  

Centro Cultural SESC Boulevard apresenta: Curso de Crítica Cinematográfica (12 horas/aula). 
Ministrante: Miguel Haoni (APJCC)
De 25 a 27 de outubro (terça a quinta), das 18 às 22 horas no auditório do SESC Boulevard (Boulevard Castilho França, n°522/523)
Informações pelo fone: 3224-5654/5305
INSCRIÇÕES GRATUITAS NO LOCAL
VAGAS LIMITADAS
Realização: CCBEU e APJCC

Nenhum comentário: