Cineclube Aliança Francesa apresenta:
Scarface. Howard Hawks. 1932. p/b. 90’.
“Sem perigo não há ação, viver ou morrer, eis o nosso drama”. Essas palavras pertencem ao diretor de filmes de comédia, faroeste, musical, thriller, aventura, guerra, ficção científica, noir e – finalmente – gângster. Pode parecer que Howard Hawks se adaptava a qualquer gênero, mas o que acontecia era justamente o contrário: o gênero se adaptava a Howard Hawks. Talvez o gênio mais subestimado do cinema americano pela crítica na época, depois do resgate moral dos “jovens turcos”, virou referência, e recebeu os aplausos merecidos.
“Top of the world”. Scarface (1933), considerado por Jean-Luc Godard o maior filme americano na era do cinema falado, louvado por todos os cineastas do gênero gângster como obra-mãe, é o que podemos chamar tranquilamente de um “clássico”. A história, de Hawks e Hetch, de ascensão e queda de um criminoso atravessou o mundo, passou pela China – onde as metralhadoras foram substituídas pelo kung-fu -, pela França - com Jean Gabin interpretando Pépé Le Moko nos labirintos da Casbah -, e até pelo Brasil - na figura de um bicheiro de Madureira, onde a cicatriz fatalista era a dentadura de ouro megalomaníaca.
O “código de produção” (ou “Hays code”), na época recentemente vigente nos EUA, segurou o filme por dois anos, e exigiu cortes e reajustes, epílogos e complementos. Hawks, fatigado, lançou o filme mesmo sem ser aprovado... Al Capone (o Scarface real) aprovou.
Realista e mitológico, Scarface é obrigatório. Uma aula de cinema. Howard Hawks caçando seu estilo. O destino caçando Paul Muni. O cinema falado é o som das metralhadoras. BARAKARAKARAKARAKA. BARAKARAKARAKA. BARAKARAKARAKA. BARAKARAKARAKA.
Mateus Moura.
SERVIÇO:
Local: Aliança Francesa (Tv. Rui Barbosa, 1851, entre Mudurucus e Conselheiro Furtado)
Data: 12/08/09 (quarta-feira)
Horário: 19:00
Legendas em português
Entrada Franca
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