23.6.08

Encerramento de ciclos...

1. Cinema na Casa apresenta:


PERSONA. INGMAR BERGMAN. 1966. PB


Auditório da Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31) 


25/06/08 ( excepcionalmente na quarta-feira) às 18:30


 



 


Qual o limite que separa um indivíduo do outro?
Munido desta indagação, Bergman propõe o encontro entre a enfermeira Alma e a atriz Elisabeth Vogler, neste que é sem dúvida seu filme mais experimental e ousado.
Quando duas pessoas são arremessadas uma na intimidade da outra, as máscaras são derrubadas e um rosto - híbrido de todos os rostos - é revelado: uma expressão feminina e assustadora, cristã e pagã, particular e universal.
Quem é Elisabeth Vogler? Quem é Alma? Quem é o artista? Quem é a platéia? Quem somos nós? Tudo e nada disto é revelado
em Persona quando, em determinado momento, descobrimos que aquele limite que separa um indivíduo do outro, simplesmente não existe!


 


Miguel Haoni




2. Cine UEPa apresenta:


 



 


VIAGEM À ITÁLIA. ROBERTO ROSSELLINI. 1954.PB


Auditório da Reitoria do CCSE da UEPa (Djalma Dutra, s/n)


27/06/08 às 18:30


 


Roberto Rossellini, papa do cinema moderno, filósofo e poeta, em 1954, completamente apaixonado por Ingrid Bergman, dirige Viagem à Itália. A frase do diretor italiano é imortalizada e talvez todo o cinema moderno não existiria sem ela: “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”. Uma das definições desta obra de arte. O filme conta a viagem à Itália do casal interpretado por George Sanders e Ingrid Bergman. Pela primeira vez o casal está só desde o casamento. Rossellini filma seus questionamentos existenciais com imagens e com aquilo que o ser humano tem de mais expressivo: suas expressões. O choque de imagens e pensamentos invadem os personagens e o espectador. Eles se conhecem? É possível conviver diariamente só com uma pessoa? É possível – ainda - acreditar no amor? O que é o amor? Eu amo o amor ou eu amo ele(a)? É uma relação entre seres ou de sentimentos consigo mesmo? A amor é o real da convivência e exercício da compreensão ou o ideal sentimental e o êxtase da serenidade? Talvez seja tudo isso, talvez nada disso. O amor sempre (nunca) existiu. Um dos homens mais sensíveis e inteligentes do século XX mostra, audiovisualmente, o invisível que nunca (sempre) existiu. Bravo, Roberto Rossellini! Bravo!




Sinopse: Mateus Moura / Arte do cartaz: Cantalício

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