15.6.08

1. Sessão Maldita apresenta:


CINE LÍBERO LUXARDO (CENTUR)
SESSÃO MALDITA: THRILLER - A CRUEL PICTURE, BO ARNE VIBENIUS
DIA 21 DE JUNHO, SÁBADO, ÀS 21h30
ENTRADA FRANCA


Roteiro e produção: Bo Arne Vibenius
Fotografia: Andreas Bellis
Edição: Brian Wikström

Títulos Alternativos: Thriller – En Grym Film; They Call Her One Eye, Hooker’s Revenge

Elenco: Christina Lindberg, Heinz Hopf, Despina Tomazani, Per-Axel Arosenius, Solveig Andersson, Björn Kristiansson, Marie-Louise Mannervall, Hildur Lindberg



Sinopse:
Madeline (Christina Lindberg), foi vítima de estupro na infância, com o trauma, tornou-se muda. Ela vivia num pequeno vilarejo mas costumava ir à cidade para sessões de terapia. Após atrasar-se e perder o ônibus, a garota cai na conversa de Tony (Heinz Hopf), um canalha que lhe oferece carona, um jantar e uma conversa franca. Ele a rapta, a vicia em drogas e a obriga a se prostituir para conseguir sustentar seu vício.

Depois de um desentendimento com o primeiro 'cliente', Madeline tem seu olho arrancado e passa a ser chamada de 'One Eye'. Decidida a aceitar a vida de prostituta, ganhando a droga que a mantém viva e dinheiro, ela investe em sua sangrenta vingança.


Atenção: o filme TRILLER, A CRUEL PICTURE possui cenas de extrema violência e de sexo explícito. Não é recomendado para pessoas sensíveis e facilmente impressionáveis.


sobre o filme :

diretor:
'O filme mais comercial já feito', pensou o sueco Bo Arne Vibenius quando começou a escrever o roteiro de Thriller-en grym film. Bo Arne Vibenius foi assistente de Ingmar Bergman nos filmes “Persona” e “A Hora do Lobo”, Banido em seu próprio país de origem e desde sua primeira exibição no Festival de Cannes de 1973 “Thriller - Um Filme Cruel” começou a criar sua fama de obra maldita, devido à crueza de suas cenas de violência e de sexo. Lançado nos Estados Unidos como “They Call Her One Eye” (Eles a Chamam de Caolha), permaneceu no limbo durante anos. O sucesso de “Kill Bill” e as declarações de Tarantino provocaram o relançamento de “Thriller” em DVD e rapidamente começou a se espalhar uma onda de culto em torno do filme.

notas:

O delírio de 'Thriller' é algo inclassificável, sem parâmetros até então. Um filme exploitation de vingança com toques totalmente artísticos e cenas de sexo explícito e isso segue até o final, com um desfecho que parece saído de algum spaghetti western infernal. A experiência toda é quase alucinógena e justifica o hype em torno do filme. É, sim, uma das viagens cinematográficas mais extravagantes em muito tempo, construída a partir de inusitados recursos técnicos e visuais. Para uns, é um filme B metido à besta. Para outros, um clássico do cinema maldito.


Vale citar por curiosidade que em momento algum do filme a personagem pronuncia uma palavra sequer, o céu vai ficando cada vez mais e mais azul de acordo como a vingança da caolha vai acontecendo, e no início do filme vemos um carro se aproximando da tela, e no final, vemos um carro partindo.

As cenas de sexo foram filmadas depois com prostitutas que Bo Arne Vibenius contratou pessoalmente. Vibenius defendia a integridade autoral de seu filme. Importante dizer que Christina Lindberg não participou de nenhuma cena de sexo explicíto, aliás, ela nunca fez nenhum filme do gênero hard. Como se tudo isso não fosse suficiente Vibenius usou seus contatos com os militares com quem havia trabalhado, e conseguiu emprestadas câmeras experimentais que filmavam 500 frames por segundo e eram destinadas a gravar testes de foguetes.

Dizem que para a cena do olho furado com uma lâmina foi utilizado um cadáver humano na realização.

'Love it or hate it, I don't give a shit, this is my final cut!' - Bo Arne Vibenius

Max Andreone (APJCC)


2. Cinema UEPa apresenta:



20/06 às 18:30, Auditório da Reitoria do CCSE da UEPa (Djalma Dutra s/n)


Com Chaplin deixei de assistir cinema. Passei a pensá-lo, a senti-lo, a vivê-lo. Nada mais natural quando se trata de um artista que era a personificação da sua obra, que amava, mais do que tudo, sua arte.
O que tamanho grau de comprometimento é capaz de produzir nos é possível observar em Luzes da Cidade. Quando Carlitos se apaixona por uma florista cega, que por ser forçada a enxergar além dos limites do visível é capaz de perceber o valor daquele que ninguém repara, presenciamos o desenrolar de um dos filmes mais sensíveis e poéticos jamais feito.
Chaplin nos convida para, assim como a florista, enxergar além do seu humor genial e da sua narrativa cativante, além do que é óbvio. Pois aqui o que mais impressiona é aquilo que tanto enche a tela que a transborda: uma simplicidade da qual poucos artistas do cinema compartilham, mas pela qual todos aqueles que se permitem notá-la são inevitavelmente arrebatados.

Felipe Cruz / cartaz: Juliana Maués


3. Mostra Cinema & Loucura apresenta:



Terça-feira, dia 17 de junho às 18h, na Escola de Governo do Pará (Av. Almirante Barroso, ao lado da Tuna) – FILME: HOMEM-URSO (Grizzly Man, 2005) de Werner Herzog.

Werner Herzog sempre foi considerado louco, e é por sua raça que esse gênio se interessa. O cineasta alemão, grande mestre do documentário, se utiliza de imagens documentais gravadas pela câmera de Timothy Treadwell para compor o corpo de sua obra; o espírito, ele carrega. Herzog vê angústia, busca, fuga da mediocridade. O personagem que o mundo real deixa em ficção (em imagens) é o personagem herzogiano por excelência, justamente este: o que pretende atingir extremos. Na primeira frase foram usados dois adjetivos para Werner Herzog: louco e gênio. Será o louco, gênio? O gênio, louco? O que é cada um? Existe um limite? Existe um limite? Existe um limite? Existe um limite? Existe um limite? Existe um limite? Existe um limite? Existe um limite?


Mateus Moura


4. Cinema na Casa apresenta:



ATRAVÉS DE UM ESPELHO. INGMAR BERGMAN. 17 DE JUNHO ÀS 18:30.


Quatro pessoas em busca de tranquilidade são tragadas involuntariamente pelo mar de suas angústias, como náufragos ilhados em si mesmos. Este é o mote que guia a viagem empreendida por Bergman ao universo particular de uma família arruinada.
Através do papel de parede observamos as consequências da relação entre um pai ausente e seus filhos traumatizados, numa atmosfera intimista onde o choro contido ganha contornos dramáticos violentos.
O filme, que encabeça a famosa Trilogia do Silêncio, se passa numa madrugada ensolarada construída pelo imortal diretor de fotografia Sven Nykvist.
Na busca pela voz do pai, Bergman cria o silêncio e através de um espelho, personagem e autor encontram o rosto de Deus...
E ele é feio.


Miguel Haoni

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