8.9.08

Os Ciclos Continuam

1. Cinema na Casa Apresenta:



Taxi Driver, de Martin Scorsese. (Parte do Ciclo "Martin Scorsese: Em Cada Cidade Existe um Homem")


 


Os diretores que promoveram a renovação de Hollywood nos anos 70, apesar dos diferentes estilos, possuíam uma forte marca em comum: personagens marginais. Seja o criminoso imigrante (O Poderoso Chefão de Francis Ford Coppola e Scarface de Brian De Palma), o motoqueiro de jaqueta de couro (Sem Destino de Dennis Hopper), o intelectual-judeu-comunista (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa de Woody Allen), o soldado psicopata (Nascido Para Matar de Stanley Kubrick), o jovem sexualmente reprimido (A Primeira Noite de Um Homem de Mike Nichols) ou simplesmente o negro (A Volta dos Mortos-Vivos de George Romero), todos estes personagens eram como rachaduras no inconsistente American Way of Life. De alguma maneira, tais tipos representavam uma América que a América recusava encarar. Uma América real.
Martin Scorsese, em 1975, erige o seu herói a partir das fileiras de jovens que, vindos do Vietnam, se depararam com a realidade do modelo de democracia que estavam defendendo e dentro do caos dos grandes centros, lançam-se em sub-empregos a fim de atenuarem sua sensação de deslocamento e frustração.
Travis Bickle é o taxista (Taxi Driver) que não resiste ao impacto de ver em seu país uma realidade tão sombria e miserável quanto a do sudeste asiático. O processo de degradação do personagem explode em um ímpeto ultra-violento que redimensiona moralmente Travis e o mundo ao seu redor. Travis, porém, não representa uma anomalia social. Ele é, acima de tudo, a América real.

Miguel Haoni
(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema-APJCC)


 


Dia 9 de setembro (terça-feira), às 18:30, no auditório da Casa da Linguagem (Av. Nazaré, n 31). DE GRAÇA


 


2. Cine Uepa Apresenta:



Agora Seremos Felizes, de Vincente Minnelli. (Parte do Ciclo "Cinema e Gêneros")


 


Se imagine abrindo um álbum de fotografias tão antigo que já nem se sabia mais que existia. Pense nas fotos tiradas durante a infância, na vizinhança que você cresceu, com os amigos que você tinha, seus pais ainda jovens e muito do futuro por acontecer. Agora pense na sensação que esse tipo de experiência causa: a estranha combinação de felicidade e alguma melancolia. Pois foi com esse olhar que Vincente Minnelli dirigiu o musical “Agora Seremos Felizes”, uma de suas obras-primas. Abordando um dos temas mais caros ao imaginário americano, a família tradicional e feliz que vive em uma pequena cidade, Minnelli, como um bom homem do cinema, exerce todo o seu inacreditável gênio cinematográfico na composição impecável de quadros e na criação (extremamente inventiva) da atmosfera algo nostálgica, algo fantástica do filme (em especial nas seqüências dedicadas à infância).
“Agora Seremos Felizes” transparece, em cada um dos seus momentos, o amor de um homem pelo cinema, pela sua arte, e é, creio eu, tarefa das mais difíceis não ser cativado por um coração tão apaixonado.

Felipe Cruz
(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema-APJCC)


 


Dia 12 de setembro (sexta-feira), às 18:30, no auditório do CCSE/UEPA (Av. Djalma Dutra, s/n). DE GRAÇA


 


3. Sessão Maldita Apresenta:



Terror na Ópera, de Dario Argento. (Parte do Ciclo "A História Secreta do Cinema de Horror Italiano")


 


No dia da estréia da Ópera Macbeth de Giuseppe Verdi, uma série de assassinatos acontece tendo como principal motivação os mistérios que cercam a vida da bela cantora lírica, Betty (Christina Marsillach), que ainda tem que presenciar os assassinatos como parte da fantasia aterrorizando do seu algoz.


 


Dia 13 de setembro (sábado), às 21:30, no Cine Líbero Luxardo (CENTUR, Av. Gentil Bitencourt, 650). DE GRAÇA

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