22.9.08

2. Duas Vezes Cine Uepa


 


2.1 Cine Uepa Apresenta:



Três Homens em Conflito, de Sergio Leone (Dando continuidade ao Ciclo Cinema e Gêneros).


 


Dia 24 de setembro (quarta-feira), às 18:30, no auditório da reitoria do CCSE/UEPA (Av. Djalma Dutra, s/n). DE GRAÇA.


 


Sinopse:


Existem dois tipos de homem: os que viram Três Homens em Conflito de Sergio Leone, e os que não viram.

Mateus Moura


(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema - APJCC)


 


2.2 Cine Uepa Apresenta:



O Assassino de Chantung, de Chang Cheh (Fechando o Ciclo Cinema e Gêneros).


 


Dia 26 de setembro (sexta-feira), às 18:30, no auditório do CCSE/UEPA (Av. Djama Dutra, s/n). DE GRAÇA.


 


Sinopse:


Um homem com um machado no abdômen, natimorto, luta contra o mundo. A ascensão e a queda desse‘lutador’ na sociedade de Hong Kong é o assunto de “Assassino de Chantung”. A vingança final se concretizará, todos serão mortos. O vingador, em sua queda, aceita o fim, mas não vai só. Chang Cheh, um dos grandes mestres da sétima arte, pai do cinema de Hong Kong, através de seus zooms e slows nos apresenta o chinês universal: o homem sedento por poder, cobiça, vaidade; e o amor entre irmãos, a vingança e a honra, a vida e a morte. Uma leitura antropológica-sociológica do homem nacional é um elemento presente na filmografia desse grande diretor, que através dos gêneros do Kung Fu e do espadachim – realizados pela produtora Shaw Brothers – nos ofereceu lentos vôos poéticos de seres condenados ao absurdo da existência. Um sangue que jorra como a miséria que se espalha pelos becos e cortiços, onde o único modo de ascender socialmente nessa selva é através da lei do mais forte, através da luta, do kung fu – não metáfora da vida, mas vida em estado de metáfora.

Mateus Moura.
(Associação de Jovens Críticos de Cinema - APJCC).


 


 


3. Sessão Maldita Apresenta:



Tortura, de Lucio Fulci (Fechando o Ciclo A História Secreta do Cinema de Horror Italiano).


 


Dia 27 de setembro (sábado), às 21:30, no Cine Líbero Luxardo (CENTUR, Av. Gentil Bitencourt, 650). Apenas por uma questão de controle do número de pessoas na sala de exibição, estão sendo distribuídos ingressos na bilheteria, mas a Sessão Maldita continua sendo GRATUITA. 


 


Sinopse:


Crianças são assassinadas em um pequeno vilarejo e uma suposta bruxa é a principal suspeita. Um padre busca a ajuda dos policiais para solucionar o caso.


 


Notas sobre a obra:

Uma aldeã pratica rituais de magia negra e carrega um passado misterioso. Somos apresentados a ela na primeira seqüência do filme. Os habitantes da região sustentam sua moralidade contra os transgressores; as prostitutas e uma bela moça que tira a roupa diante de um garoto. É nesse terreno que uma série de mortes violentas contra crianças acontece. Todas as suspeitas apontam para a bruxa que vive no vilarejo. É no acerto de contas dos moradores com ela que somos testemunhas de uma das seqüências mais brutais, e de encenação primorosa, da história da sétima-arte. Homens armados com correntes encurralam a suspeita dos crimes e a espancam até a morte, num sublime e riquíssimo jogo cinematográfico. Florinda Bolkan, que interpreta a aldeã, mergulhada em closes, pela câmera hábil e sofisticada de Lucio Fulci, tentando se levantar com o entrecorte soberbo da câmera subjetiva. Cena ainda estruturada com a música romântica de Ornella Vanoni, “Quei Giorni Insieme a Te”. Uma seqüência de ousadia formal que poucos no cinema conseguem executar. A referida cena e o desfecho da obra deram ao cineasta Lucio Fulci uma pequena maldição: foi excomungado pelo Vaticano. “Tortura” ( Non se Sevizina un Paperino, 1972) chegou a ser lançado em poucos cinemas no centro de São Paulo, nos anos 70. A obra será apresentada aos paraenses em cópia restaurada e sem cortes. Um dos grandes cartões de visitas do cinema e do mestre Lucio Fulci.

Aerton Martins


(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema - APJCC)


 


 LUCIO FULCI : ‘A Violência Sofisticada’

Lucio Fulci nasceu em 17 de junho de 1927 e morreu em 13 de março de 1996. Apesar de passear, no começo de sua carreira, por vários gêneros, foi nos filmes de terror, que Fulci alcançou maturidade imagética. Seus enquadramentos precisos, e sofisticados, com suas cenas repulsivas e sangrentas, mostradas com riquezas de detalhes, chamado de ‘Gore’, estabelecem uma relação rara - quando se fala em filmes de terror, que não tinham nenhuma preocupação estética- com o cinema, sobretudo com o cinema de autor. Realizou uma das obras mais ousadas do cinema, um Giallo chamado “Tortura” (1972), que alfineta a igreja católica. Ficou cindo anos sem realizar nada, em função das acusações que recebeu da igreja. É apenas em 1979 que Fulci retoma suas atividades, convidado pelo produtor Fabrizio de Angelis para fazer parte da Fulvia Film. É nessa parceria que encontramos as obras que deram ao diretor o apelido de godfather of gore (padrinho do gore). Em “Zumbie 2” (1979), Fulci nos joga em um filme onde a história é um mero ponto de partida, o que interessa ao diretor é a criação de atmosferas, a imersão em ambientes macabros, aliado ao seu profuso derramamento de sangue. A obra “Tortura”, exibida no Brasil em apenas algumas salas em meados dos anos 70, é considerada por muitos, como uma das obras mais violentas do cinema.

Aerton Martins


(Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema- APJCC)


 


 



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