“O Massacre da serra elétrica” figura no panteão do cinema de horror por uma série de bons motivos. Suas qualidades técnicas (mesmo com o baixo orçamento) são muito eficientes: a utilização de planos em espaços abertos e fechados cria um contraste fabuloso entre as cenas, o som como elemento simbólico que sugere um matadouro durante as mortes, a decupagem nos desorientando nos momentos de tensão, um subtexto sobre família e o fim do sonho americano, em suma, o filme possui uma das atmosferas mais perturbadoras de todos os tempos. Mesmo com todo esse apuro cinematográfico, ele ainda é alvo de escárnio e desinteresse por povoar a sempre “maldita” galeria do cinema de horror onde mestres perecem sem o devido reconhecimento. Resumir “O Massacre da serra elétrica” em ”grupo de jovens em viagem é atacado por família de maníacos canibais,” não suporta sua significância, tampouco a influência que ele projeta sobre jovens cineastas que ao som da moto-serra descobriram, em 24 quadros por segundo, a face do medo.
Max Andreone (APJCC - 2012)
País: Estados Unidos
Duração: 102 minutos
Ano: 1974
16 anos
Serviço:
Dia 24 de Maio, quinta-feira às 18h30
no Cine Teatro do CCBEU
(Travessa Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cine GEMPAC
Curadoria: Tiago Freitas e Max Andreone
Mais informações:
cineccbeu.blogspot.com
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
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