Selecionar 10 filmes e chamá-los os melhores do ano não é tarefa fácil. Primeiramente, porque ninguém consegue assistir a todos os filmes lançados em um ano. Talvez, daqui a um tempo, olhemos esta lista e nos perguntemos como pudemos não ter incluído determinado filme. O processo de revisão, na verdade, já até começou: “As canções”, de Eduardo Coutinho, infelizmente não foi visto a tempo de figurar aqui. Acreditamos, todavia, na força e na importância de todas as obras da lista. E ficamos felizes em ver sua abrangência: do horror ao western ao blockbuster ao filme “de arte” não deve haver fronteiras. Tudo é cinema. E, neste caso, tudo de primeira qualidade. Aí, surge o segundo problema. De uma seleção já imparcial, resta hierarquizar os itens, classificar os melhores dentre os melhores. No caso desta lista, o processo sempre envolve um cálculo feito a partir das posições que cada filme ocupa nas listas de cada integrante da APJCC. É a melhor forma? Lógico que não; é a mais prática. A melhor é aquela para a qual convidamos todos: a argumentação, o conflito, o diálogo. É essencialmente para isso que, de 07 a 11 de dezembro, a APJCC realiza a Mostra Melhores de 2011 - 4 anos de APJCC. Sentiu falta de algum filme na lista, não concorda com alguma posição? Vá às sessões, provoque, conteste, argumente. Afinal, listas não são incontestáveis. É aí que está a graça de fazê-las
Programação e sinopses
07/12 (quarta-feira)
15h - Filme Socialismo
Godard em 16:9.
Cauby Monteiro
18h30 - Pânico 4
Pânico 4 é um filme grávido de si. É uma longa, deliciosa e necessária auto-carícia que celebra a existência do universo que ele ajudou a criar. É terror de tripas espalhadas, assassinos caricatos e beleza indiscutível – porque precisamos entender que o amor no terror se mostra na forma de violência, sofrimento e diversão, daí que este filme seja também uma carta das mais românticas feitas nos últimos anos: carta endereçada ao slasher, à survival girl, ao serial killer alucinado e, principalmente, ao público que se despe dos preconceitos (que, como todo preconceito, é estúpido) para abraçar o filme pelo que ele é: um músculo cheio de sangue, como todo coração que ainda pulsa.
Felipe Cruz
08/12 (quinta-feira)
15h - O VencedorFelipe Cruz
08/12 (quinta-feira)
“The Proud of Lowell is back”
O Vencedor, filme de David O. Russel, não é apenas um clichê sobre boxe e superação. É também um retrato sobre família e o que ela tem de mais forte e vulgar. É sobre a violência verbal e física dos subúrbios fudidos. É sobre um Cristian Bale inacreditável. É sobre os Estados Unidos de seja lá o que for.
Gabriel Gaya
18h30 - Cisne Negro
O Vencedor, filme de David O. Russel, não é apenas um clichê sobre boxe e superação. É também um retrato sobre família e o que ela tem de mais forte e vulgar. É sobre a violência verbal e física dos subúrbios fudidos. É sobre um Cristian Bale inacreditável. É sobre os Estados Unidos de seja lá o que for.
Gabriel Gaya
18h30 - Cisne Negro
Nina esta prestes a se tornar a Primeira Bailarina, de uma conceituado Ballet, com uma mãe superprotetora e um coreógrafo extremamente perfeccionista; ela irá submergir em um universo obscuro de auto-decoberta em busca da perfeição.
Guimarães Neto
09/12 (sexta-feira)
15h - Super 8Guimarães Neto
09/12 (sexta-feira)
No verão de 1979, um grupo de amigos de uma pequena cidade de Ohio testemunham um acidente de trem catastrófico enquanto realizam um filme com uma super 8, e suspeitam que não foi um acidente. Estranhos desaparecimentos e eventos inexplicáveis começam a ocorrer na cidade, e o xerife tenta descobrir a verdade - mais aterrorizante do que qualquer um deles poderia ter imaginado.
Aerton Martins
18h30 - Meia-noite em Paris
Aerton Martins
18h30 - Meia-noite em Paris
Imagens de paris conduzidas por um ritmo lento e requintado com o costumeiro jazz ao fundo iniciam outra obra incrível do mago mestre da narrativa Woody Allen nos créditos iniciais do seu ultimo filme, Meia noite em Paris, 2010.Owen alter Wilson Ego, é o romântico de esquerda que mesmo com todas as improbabilidades ainda acredita em magia, é a magia neste caso é a arte.Paris o palco de toda a descoberta a alguma coisa que chamo agora de liberdade, apresentada em um grande filme que te dá vontade de procurar vários outros portais pra passados que nunca vimos.
Luah Sampaio
10/12 (sábado)
15h - Um lugar qualquer
Luah Sampaio
10/12 (sábado)
15h - Um lugar qualquer
“Sweet, sweet smile that’s fading fast; Everybody gone at last” (Ellioth Smith, No name nº5)
Relato mais contemplativo dentro da filmografia de Sofia Copolla, Somewhere retrata um pouco da graça e do vazio da vida nos arredores de Hollywood mostrando as desventuras cotidianas do lacônico Johny Marco uma “estrela” de cinema ao lado de sua filha Cléo. O filme explora a força da cumplicidade possível entre os dois para a composição de imagens belas e singelas. Neste filme, Sofia Copolla aposta pela primeira vez em uma trilha sonora econômica, baseada mais no som ambiente dos lugares (com exceção de uma ou duas cenas) em vez de seu usual arsenal discográfico que garantia a seus filmes sempre uma potência cinemática latente e um verdadeiro deleite para os indies.
Gabriel Gaya
18h30 - Cópia Fiel
18h30 - Cópia Fiel
A arte contemporânea é, talvez, a arte do espelhamento, da auto-reflexão, da auto-referência. Tendências que podem se converter no mais puro egoísmo ou na mais sincera beleza. Cópia Fiel é exemplar inconfundível do segundo caso. Um homem e uma mulher se defrontam e se desdobram diante de seus (nossos) olhos, vivendo uma mentira para sentir a verdade, ou mentindo (o) que sentem para imaginar o verdadeiro. Cinema é cópia, imagem é ilusão, palavras são desvios de sentido – tudo envolvido no melhor tipo de rigor: aquele que se submete às possibilidades infinitas desse espelho embaçado que chamamos arte.
Felipe Cruz
11/12 (domingo)
15h - Bravura IndômitaFelipe Cruz
11/12 (domingo)
Ver uma imagem não basta. É preciso olhar. Olhar até o ponto em que ela nos olha de volta. Porém, quanto maior a familiaridade com essa imagem, mais rara se torna essa troca. Apenas passamos o olho. Que dizer, então, de um gênero cuja iconologia é tão marcada quanto o western? Assistir a esse Bravura Indômita nos incita a despir nossos olhos, não apenas pelos novos rumos tomados por Joel e Ethan Coen nessas terras áridas já tão exploradas, mas para podermos apreciar o deslumbramento que nos oferece um céu estrelado ou uma silhueta contra o poente. Um conto de vingança, de amadurecimento, de companheirismo; violento, cruel, sensível; Bravura Indômita segue a linha do western clássico, mas está bem longe de ser nostálgico ou de se afiliar aos tão pós-modernamente aclamados pastiche e paródia. Digamos que ele é apenas anacrônico - se for para referir ao tempo, melhor que, como tudo o que vale algo nessa vida, não seja o cronológico.
Juliana Maués
18h30 - A Árvore da Vida
Juliana Maués
18h30 - A Árvore da Vida
A Árvore da Vida acompanha a jornada da vida do filho mais velho de uma família, Jack, por meio da inocência da infância até sua idade adulta, enquanto ele tenta conciliar uma relação complicada com seu pai. Jack encontra-se perdido em seus questionamentos, buscando respostas para as origens e o significado da vida. O cineasta Terrence Malick despeja brutalidade e espiritualidade em um dos filmes mais arriscados e ousados desta década.
Aerton Martins
Serviço:
Aerton Martins
Serviço:
Cine CCBEU apresenta "Mostra Melhores de 2011 - 4 anos de APJCC"
De 07 a 11 de dezembro (quarta a domingo)
No cine-teatro do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309
Sessões às 15h e às 18h30
Entrada franca
Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro
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