O Espaço Cultural Coisas de Negro em parceria com a APJCC - Associação Paraenses de Jovens Criticos de Cinema- estende o tapete vermelho e chama os amantes da sétima-arte para a primeira exibição dentro do "Coisas de Cinema", projeto que pretende exibir filmes importantes para a história do cinema e obras desconhecidas pelo grande público, independente do país de origem, ano de produção e gênero. O Coisas de Cinema também promete olhar para a produção da cena paraense. "O Coisas de Cinema de fato vai ser um espaço que jogará em diversas frentes, um painel plural mesmo, filmes de Hollywood, obras nacionais, documentários e longas paraenses, filmes malditos, animações, projetos experimentais, ou seja, dar a oportunidade para o público sentir os vários segmentos da sétima-arte", declara Aerton Martins, integrante da APJCC e curador do projeto.
Serviço: Exibição do Filme "Houve uma Vez Dois Verões", do diretor Jorge Furtado. Data: 17.03.2010. Quarta-feira. Às 19h30. Entrada Franca. O espaço Cultural Coisas de Negro fica em Icoaraci, na Avenida Lopo de Castro (antiga cristovão colombo), 1081, próximo a 6ª rua.
Coisas de Cinema Apresenta
“Houve uma Vez Dois Verões”. Diretor: Jorge Furtado. Ano: 2002. Nacional. Duração: 75min.
Data: 17.03.2010. Quarta-feira. Às 19h30. Local: Espaço Cultural Coisas de Negro.
Parceria: Espaço Cultural Coisas de Negro e APJCC (Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema)
Sinopse
Chico, adolescente em férias na "maior e pior praia do mundo", encontra Roza num fliperama e se apaixona. Transam na primeira noite, mas ela some. Ao lado de seu amigo Juca, Chico procura Roza pela praia, em vão. Só mais tarde, já de volta a Porto Alegre e às aulas de química orgânica, é que ele vai reencontrá-la. Chico quer conversar sobre "aquela noite", mas Roza conta que está grávida. Até o próximo verão, ela ainda vai entrar e sair muitas vezes da vida dele.
Notas sobre o Diretor
“Houve uma Vez Dois Verões” é uma obra nacional de 2002, primeiro longa-metragem de Jorge Furtado, um dos mais conhecidos curta-metragistas do Brasil. Jorge Furtado é parceiro de Guel Arraes em muitos projetos televisivos e em “Houve Uma Vez Dois Verões” o diretor mostra na tela o cotidiano de adolescentes gaúchos. O filme teve um orçamento muito baixo, foi filmado em apenas 23 dias com uma câmera digital: “quis fazer um filme de praia, que mostrasse de forma honesta o que acontece com os adolescentes brasileiros, um filme sem firulas”, declara o cineasta. “Houve uma Vez Dois Verões” é um honesto e divertido filme sobre adolescentes, que carrega a criatividade de um dos grandes realizadores brasileiros da atualidade.
Aerton Martins (APJCC)
6 comentários:
Ae to afimzão de ir, mas nao conheço icoaraci, nunca fui lá. Vcs tem como informar como posso chegar ao local da exibição ?
O onibus passa por perto do local ?
Tipo qual buzão eu pego, e onde devo descer?
Aguardo contato
Dese já muito obrigado ^^
Opa esqueci de complementar.
A minha duvida tbm persiste pq digitei o endereço no google maps, e diz que fica em ananindeua e nao em icoaraci oO.....
Ah, é em Icoaraci mesmo. Ananindeua é outro departamento, bem distante...
Osaka,
Os buzõe(s) "Icoaraci São Braz e "Icoaraci Almirante Barroso" ou a condução alternativa "Icoaraci São braz" passam bem perto, um quarteirão. Diga ao motora ou ao cobrador para te alertarem sobre a parada da 6ª rua, vais descer na rua São Roque com 6ªrua...o Espaço Cultural Coisas de Negro fica na antiga Cristovão Colombo, hoje Lopo de Castro, rua paralela ao lugar que vais descer, bem próximo mesmo. Espero ter ajudado.
Aerton Martins.
Po ajudou sim....vou tentar sair da facul mais cedo e varar por la.
Seu eu nao me perder ta tudo ok ^^
Thx
Contribuição:
Luiz Carlos Merten - O Estadao de S.Paulo
Kagemusha. Palma de Ouro em Cannes
Comemora-se hoje o centenário de Akira Kurosawa. A data ganha homenagens no Rio e em São Paulo. Aqui, a Sala Cinemateca inicia uma programação que rememora o Kurosawa do começo da carreira, nos anos 1940, e a etapa final. No Rio, é o Instituto Moreira Salles que promove a revisão da obra de Kurosawa. Lá, haverá um debate sexta, dia 26, às 19 h, com a participação do diretor Walter Salles, após a exibição do documentário Kurosawa, Pintor de Imagens. Leia abaixo a declaração de Salles. Além de cinéfilo, Salles esteve cotado, anos atrás, para realizar o remake de Céu e Inferno. O projeto não se concretizou, mas Céu e Inferno inclui a caixa de DVDs que está sendo lançada pela Europa Filmes (R$ 59,90), com cinco títulos, entre eles Os Sete Samurais e Sanjuro.
Filho de militar, Akira Kurosawa queria ser pintor. Para financiar seu sonho, começou a trabalhar na empresa de cinema Toho, como assistente. Em 1943, estreou na direção com A Saga do Judô. Essa primeira parte da carreira é marcada pelos temas contemporâneos. Juventude sem Arrependimento, O Anjo Embriagado, Duelo Solitário - também conhecido como A Luta Solitária -, Cão Danado. Em 1951, Kurosawa realiza Rashomon e sua história de samurais recebe o Leão de Ouro em Veneza. O Ocidente descobre o cinema japonês. No ano seguinte, o grande diretor volta aos temas contemporâneos com Viver. Em 1954, volta a Veneza com Os Sete Samurais e recebe, desta vez, um Leão de Prata, correspondente ao prêmio do júri, compartilhado com Federico Fellini (A Estrada da Vida), Elia Kazan (Sindicato de Ladrões) e outro grande diretor japonês, Kenji Mizoguchi (O Intendente Sansho).
Referências. Os anos 1950 assistem à sua consagração internacional, mas, no Japão, Kurosawa provoca polêmica. É considerado ocidental demais. Suas referências são a literatura ocidental - os russos, Gorki, Dostoievski etc, e Shakespeare; e Hollywood. Há um pouco de western em seus filmes de samurais - e o cinema norte-americano se apropria deles. John Sturges adapta Os Sete Samurais, que vira Sete Homens e Um Destino e a maneira de trabalhar musicalmente as cenas vai inspirar o italiano Sergio Leone, que se baseia em outro grande filme de Kurosawa, Yojimbo, para dar início à vertente do spaghetti western, com Por Um Punhado de Dólares. Rashomon também vira As Quatro Confissões, de Martin Ritt. A fase final é marcada por obras testamentais - o ecológico Dersu Uzala, Kagemusha, a Sombra do Samurai; Ran, que se baseia no Rei Lear; e Madadayo.
Kurosawa ganha os maiores prêmios do mundo - a Palma de Ouro em Cannes, o Oscar de Hollywood. No Japão, é chamado de Imperador. Em meados dos anos 1960, ele rompe com seu ator fetiche, Toshiro Mifune. A história desse rompimento artístico e humano inspira um livro que se lê como um romance monumental - The Emperor and the Wolf, O Imperador e o Lobo. Mestre do paradoxo e do movimento, Kurosawa morre em 1998, aos 88 anos, consagrado como um dos maiores artistas do cinema.
MOSTRA KUROSAWA
Cinemateca. Largo Senador Raul Cardoso, 207, telefone 3512-6111. Grátis. Até 28/3
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