27.12.10

Programação de janeiro do Cine CCBEU


Cine CCBEU: Programação de janeiro


06/01 - "Viridiana" de Luis Buñuel
20/01 - Filme da platéia: "A Guerra dos Botões" de Yves Robert
           Comentários: Markuns Vinicius


Serviço:
Sessões quinzenais às quintas-feiras
18:30
No Cine-teatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA
Cartaz: Gabriel Cavalcante
Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

15.12.10

Filme de Jean Renoir esta sexta no Colégio Sucesso

Cineclube do Colégio Sucesso apresenta:

"A Marselhesa", de Jean Renoir



Jean Renoir foi o cineasta que mais amou a humanidade. Sua fé profunda nos homems e mulheres está impressa em cada filme que realizou em seus 47 anos de carreira. Este amor entretanto não era de maneira alguma ingênuo. Renoir compreendia e retratava as limitações e defeitos da natureza humana. Eles eram material para o seu exercício de tolerância e respeito.

Nos anos de 1930, com a chegada do som no cinema francês, Jean Renoir inscreveu definitivamente seu nome como um dos mestres do cinema e pilar do chamado "realismo poético" do entreguerras. O movimento aliava denúncia e lirismo e sobre esta base, Renoir lança em 1938 um filme acerca de um dos mais importantes movimentos humanos: a Revolução Francesa.

A Marselhesa é a história escrita sob a perspectiva de um pequeno batalhão que se alia ao esforço revolucionário nos tumultuosos 1790. No filme, o diretor interessa-se sobretudo pelos aspectos humanos, a amizade e os conflitos que assemelham grupos díspares como a corte em Versalhes e a pequena comitiva de Marselha. A delicadeza do estilo e o humor da dramaturgia insuflam vida à secas linhas da História. Apesar do roteiro ter sido escrito inteiramente com o resultado de incansável pesquisa e estudo, o olhar de Renoir empresta leveza aos "fatos".

A Marselhesa é um retrato terno sobre a força dos homens e sobre a esperança de liberdade. Entretanto sem os usuais maniqueísmos. Renoir dizia "o mal da humanidade é que todos têm suas razões". Ainda bem que existem sujeitos como ele para nos ajudar a entendê-las.

Miguel Haoni (APJCC - 2010)

Serviço:


Dia 17 de dezembro (sexta)
Às 18h30
No Auditório do Colégio Sucesso - Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio:Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro
Informações: (91) 8813-1891

Cine CASA encerra o ano de 2010 com Waking Life, de Richard Linklater


Waking Life não é só complexo, exuberante e imprevisível: é cerebral.  Filmados com atores e, depois, "rotoscopeado" - técnica que consiste em desenhar sobre os frames para obter um desenho fiel às imagens captadas pela câmera -, Waking Life é uma metáfora da antítese do título, dreaming life - a vida durante os sonhos.
Dentro de uma espiral que cresce sonho enquanto se contrai realidade uma personagem percorre entre devaneios e conversas densas em encontros subitos com desconhecidos avatares. Não se pode nem arriscar dizer em que parte se ve um sonho , em que parte se ve uma " realidade " ou em que parte se ve um filme. O efeito surreal criado pela animação e pelos traços propositalmente trôpegos são um espetáculo à parte, sendo o mais fiel possível à reprodução de um sonho. Richard Linklater conduz brilhantemente toda a complexidade anrquica do sonho , e toda sua inutilidade também.

Lionay Dias (Colaborador APJCC - 2010)

Serviço:

Dia 18 de dezembro (sábado)

às 18h30
no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude - Av. Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur
Entrada franca!

Realização: APJCC e Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude
Parceria: Rede Norte de Cineclubes

13.12.10

Cine CCBEU exibe última parte de documentário de Martin Scorsese

Cine CCBEU apresenta:

"O Contrabandista e o Iconoclasta" - Terceira parte do documentário "Uma Viagem Pessoal pelo Cinema Americano com Martin Scorsese"



Para um cineasta crítico, existem duas formas básicas de ataque à mediocridade das convenções: uma indireta, através dos subtextos, como um contrabandista que esconde suas idéias sob a superfície ingênua dos filmes comerciais e outra direta, através de trabalhos radicais e subversivos, como um iconoclasta em seu ofício de destruição criativa.


O contrabandista e o iconoclasta, e suas desventuras na indústria hollywoodiana são a matéria enfocada por Martin Scorsese na terceira e última parte de seu documentário "Uma viagem pessoal pelo cinema americano".


Esta aula de cinema entretanto se encerra com uma nota trágica. Grandes artistas foram desprezados e maltratados pelo mundo que ajudaram a crescer. Entretanto o tempo e paixão de homens como Scorsese deram a nomes como Samuel Fuller, Erich Von Stroheim, Douglas Sirk ou Orson Welles o espaço que era deles de direito. A eternidade.

Miguel Haoni (APJCC - 2010)



Serviço:


Dia 16 de dezembro
Às 18h30
Excepcionalmente no Auditório do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA


Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

Filme visceral de George Romero no coisas de cinema

Coisas de Cinema apresenta

“A Noite dos Mortos Vivos”, de George Romero





Sinopse:


A radiação provocada pela queda de um satélite faz com que os mortos saiam de suas covas como zumbis comedores de gente, levando um grupo de pessoas refugiado em uma casa a lutar pela sobrevivência contra uma horda sedenta de carne e sangue.


Notas

Vampiros, lobisomens, expressionismo alemão, seja o filme Barba Azul de Melies, é nocivo para a sétima-arte apontar o que e quem foi o precursor de um dos grandes e sublimes gêneros do cinema. Fica apenas um fato; o de que em 1968 um maluco com pouca grana fez um filme visceral, selvagem, que marcaria não só o gênero de horror mas toda uma geração de cineastas, que aprenderiam com ele que às vezes é salutar dar a cara a tapa e filmar o material em que se acredita; A Noite dos Mortos Vivos está aí, ainda vivo, forte, e deixa escapar a dimensão de um corajoso artista, chamado George Romero. Um dos grandes filmes dessa invenção que alguns bradam como sétima-arte.



Aerton Martins (APJCC 2010)



Serviço:

Coisas de Cinema apresenta “A Noite dos Mortos Vivos”, de George Romero.
Data: 15 de Dezembro (quarta-feira)
Horário: 19h30
Local: Espaço Cultural Coisas de Negro – Av. Lopo de Castro (antiga Cristovão Colombo), 1081/ Icoaraci
ENTRADA FRANCA!

Realização: APJCC e Espaço Cultural Coisas de Negro
Informações: (91) 81522588 ou (91) 88906669

12.12.10

Inovacine finaliza atividades de 2010

O INOVACINE desliga os projetores de sua primeira jornada no próximo dia 15 de dezembro com exibição simbólica dos curtas do paraense Sérgio Péo. Neste 1 ano e pouco o projeto exibiu e debateu 88 filmes, dos quais 28 foram nacionais e 38 regionais. A exibição deste material continua indispensável para a cidade.


A perspectiva de discussão democrática a partir da construção de uma comunidade de olhar crítico é mais uma vez o viés do debate que será conduzido pelo coordenador do projeto Francisco Weyl nesta quarta-feira no Iphan.

Mais de 100 novos cineclubistas nascidos dos 10 municípios visitados neste ano compõem o coro de uma nova cultura cinematográfica no Estado. Mateus Moura agradece, pois, segundo ele, aprendeu muito mais que ensinou. Miguel Haoni assina embaixo, e afirma que “o processo de aprendizagem não pode parar”.

É com muita alegria e satisfação que mais uma vez o INOVACINE saúda a emergência desta nova cultura cinematográfica no Estado, seja de espectadores, críticos, cineastas ou claquetistas.

A convocação para prestigiar os filmes deste paraense é feita a todos que se interessam. A entrada, assim como a conversa, como sempre, são francas. Todos são bem-vindos ao brinde final. Vida longa à cultura.

Entrega de certificados

Aproveitamos a oportunidade para entregar os certificados daqueles que fizeram as oficinas do INOVACINE na região metropolitana de Belém (Marambaia, Guamá e CENTUR).

Sinopses:

Rocinha Brasil 77 (18 minutos – 16/35mm) Sinopse: Investigação sobre hábitos e qualidade de vida da maior favela da América Latina. A câmera passeia, enquanto em off, ouve-se reflexões de moradores sobre questões do dia-a-dia da comunidade.

Ñanderu, Panorâmica Tupinambá (10 min/35mm)Sinopse: Resgate poético da memória de nossos antepassados Tupinambá. Considerados extintos ainda no século XVI. O filme conta com o depoimento de Verá Miri, Cacique/Pajé da tribo Guarani Mimbiá.

Marajó, O Movimento das Águas (20 min/35mm)Sinopse: Filme iniciado em 1991, interrompido, por problemas técnicos e finalizado em 2010. A câmera percorre as margens do Amazonas, focando a diversidade da flora virgem. Caminha entre trilhas de gravetos culminando com a marcha folclorica dos ritmos marajoaras. O filme é uma homenagem a professora Lindalva Caetano, pesquisadora do Folclore Marajoara.

Serviço:

15/12 (quarta-feira)
19:00
No IPHAN - Tv. Rui Barbosa, esquina da Av. Governador José Malcher
ENTRADA FRANCA

Realização: INOVACINE
Apoio: IPHAN
Informações: (91) 8717-5666

10.12.10

APJCC comemora 3 anos e exibe os seis filmes da década

Cine Líbero Luxardo e Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema apresentam:

Mostra Melhores da Década (3 anos de APJCC)


Um brinde, Jedediah, ao amor em meus termos.
Estes são os únicos termos que um sujeito conhece - os seus próprios!

Orson Welles, Cidadão Kane.

O ano de 2010 representa o fim cronológico desta década. Para os cinéfilos, é oportunidade para rever a produção dos últimos 10 anos e avaliarmos se foi desta vez ou não que o cinema acabou, como apontam os histéricos. Entretanto um olhar de relance na produção paraense, brasileira, latino-americana e mundial revela um cinema vigoroso e que vai viver por no mínimo mais uns 115 anos. Neste espírito a APJCC (que completa 3 anos neste mês) tomou a iniciativa em realizar uma Mostra, em parceria com o Cine Líbero Luxardo, com o melhor do melhor do cinema mundial contemporâneo.


Estranha perceber que 100% dos filmes listados sejam americanos. E onde estão os filmes asiáticos - maior núcleo de inovação cinematográfica da contemporaneidade? E o cinema brasileiro, pobrezinho? e o resto do mundo? A lista da APJCC revela duas coisas: 1° que o cinema americano continua sendo o maior de todos.Como a jovem crítica francesa do pós-guerra, não estamos interessados nos limites sócio-políticos mas na mise-en-scène, não defendemos o produto local mas a arte universal e é disso que estes filmes falam. 2° que para quem foi cinéfilo no Pará nos últimos 10 anos só chegou o cinema americano mesmo. Fora alguns refugos de cinema brasileiro e europeu, o circuito alternativo paraense foi bem ingrato com quem estava ansioso por CINEMA de verdade. Sobrou o comercial mesmo. Os cineclubes só voltaram muito recentemente e a onda downloader mais recentemente ainda. Obviamente essa justificativa não é uma desculpa: os filmes desta lista são realmente os melhores da década em nossa opinião. Se o olhar é tendencioso, paciência. Só sabemos amar desse jeito e só exibimos o que amamos, com nossas limitações e nossa liberdade.


Esperamos que esta lista sirva como provocação a todos os cineclubistas e amantes da sétima arte a fazerem suas próprias listas de melhores da década. Nosso olhar não pretende ser o único e nossa aventura cinefílica abriu apenas uma das infinitas trilhas que o cinema comporta.


Esta mostra serve também como lançamento para as próximas aventuras da APJCC. A Associação ruma para uma institucionalização e organização maior - sem perder a ternura jamais. "Saímos do romantismo para o realismo" afirma Mateus Moura e hoje a associação não é mais uma gangue de cinéfilos alcoolatras, está mais para uma vaca virtual de divinas tetas da qual nos alimentamos e a qual devotamos nosso amor. Amor nos nossos termos obviamente,

Miguel Haoni (APJCC - 2010)


Programação (clique nas imagens para vê-las ampliadas):









Serviço:

De terça a domingo (14 a 19 de dezembro)
às 15h
no Cine Líbero Luxardo - Av. Gentil Bittencourt, 650, Térreo
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Cine Líbero Luxardo
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Sol Informática
Informações: (91) 8813-1891

8.12.10

Seinfeld e That '70s Show no TV Clube deste domingo

TV Clube apresenta:


"Enlatados Americanos" - Seinfeld e That '70s Show





Eles não vão te educar. Não, eles não vão te dizer pra ir à escola, pra ser mais consciente politicamente ou respeitar as diferenças. Eles não são seus professores e a TV deles não é uma escola. Jerry, Elaine, Kramer, George, Eric, Donna, Hyde, Fez, Jackie, Kelso: eles vem da terra do tio Sam, enlatados em pequenos pacotes culturais semanais de 20 minutos, e nas diferenças e semelhanças que os afastam e aproximam partem do mesmo pressuposto: a ode ao hang-out.

O TV Clube apresenta um dos formatos mais demonizados da TV: a sitcom. E serão dois os exemplares que exibiremos essa semana, a seminal "Seinfeld" e a libertária "That ‘70s Show". Baixo orçamento, nenhum engajamento social, vontade de divertir e anarquia criativa, resumindo, o maior pesadelo de Adorno. O gênero televisivo por excelência que sustentou a TV americana nos anos 90 agora em debate. Os amigos sem nada pra fazer e aquilo que eles fizeram pela TV na nossa mira. Sente confortavelmente na sua cadeira, relaxe e divirta-se (e que Adorno continue tendo pesadelos para sempre!).

Felipe Cruz (APJCC - 2010)

Serviço:

TV Clube apresenta "Enlatados Americanos"
Seinfeld: episódios "Piloto" e "A Competição"
That '70s Show: episódios "Aquele piloto dos anos 70" e "Jantar e correr"

Dia: 12 de dezembro (domingo)
Às 18h
Local: Espaço Benedito Nunes (Livraria Saraiva - Shopping Boulevard, 2º piso)
Entrada franca!

Realização: APJCC
Apoio: Livraria Saraiva

7.12.10

Cine CCBEU exibe segunda parte do doc. "Uma viagem pessoal pelo cinema americano com Martin Scorsese"

Cine CCBEU apresenta:

"O Ilusionista e o Contrabandista" - Continuação de "Uma viagem pessoal pelo cinema americano com Martin Scorsese"


Para se tornar um grande contador de histórias, um cineasta precisa muitas vezes dominar os recursos tecnológicos da linguagem, tornando-se um técnico ou mesmo um ilusionista. "A câmera mente 24 vezes por segundo" afirma Brian de Palma e é nesta perspectiva que o documentário de Martin Scorsese analisa a evolução do cinema americano: do close-up de D.W. Griffith aos efeitos digitais de George Lucas, passando pela chegada do som, das cores, das telas largas e do seu uso na mão dos mestres.CINE CCBEU: espaço de exibição de grandes obras da cinematografia mundial e fórum regular de debates sobre arte, cultura e cinema.

Entretanto, com muito ou pouco dinheiro, o cinema só é cinema quando dá forma a imagens poderosas. No sistema de estúdios, o filme B representava baixos orçamentos mas também grandes liberdades de criação e discurso. É neste cenário que surge um personagem fundamental na história do cinema americano: o diretor-contrabandista - aquele que mesmo com a corda do sistema ao pescoço conseguia imprimir a sua visão. Estamos falando dos anos 40, que diferente da década anterior, foi um tempo de forte censura e paranóia. Aqui aparece o sub-gênero clássico mais amargo e violento: o film noir. Expressão cunhada pela crítica francesa para descrever os filmes de crime americanos que receberam em bloco após o fim da 2° Grande Guerra. A liberdade estética e a crítica à ideologia dominante marcavam o conjuto da produção, notadamente enriquecida por artistas e técnicos expatriados da Europa.


É com este material histórico que Scorsese dá prosseguimento a sua "viagem pessoal pelo cinema americano".


Miguel Haoni (APJCC - 2010)


Numa parceria entre Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) , Cineclube Amazonas Douro e o apoio da Rede Norte de Cineclubes, o Cine CCBEU funciona às quintas-feiras,18:30, e apresenta dia 9 de dezembro, excepcionalmente no auditório, o episódio "O Ilusionista e o Contrabandista", dando sequencia ao ciclo "Uma viagem pelo cinema americano com Martin Scorsese".


No dia 16/12, será exibida a parte "O Contrabandista e o Iconoclasta".
Sempre com entrada franca!


Serviço:
Dia 9 de dezembro
Às 18h30
Excepcionalmente no Auditório do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91)88131891

4.12.10

Cine CASA apresenta "O Ano do Dragão", de Michael Cimino

Sinopse:

Em o Ano do Dragão, 1985, o diretor não expõe apenas o mero caminho de um filme policial, ele arquiteta uma jornada poética da degradação humana. Mickey Rourke interpreta Frank White, um personagem brutal que carrega em seu distintivo racismo, egoísmo, violência, rispidez , arrogância e que chega na Chinatown novaiorquina para combater as “tríades”, organizações que dominavam o crime. Nos minutos inicias da obra, testemunhamos o assassinato de um dos chefes. O diretor marca seu território fílmico, cortes brutais, um balé cínico de corpos em uma composição confusa e serena. É neste terreno que a obsessão do protagonista vai ganhando força, não existem limites em sua busca, não existem regras, à medida que a investigação avança, seu corpo vai apodrecendo – assertiva confirmada em uma das mais assustadoras cenas que o cinema já viu; quando White entra desesperado em um carro em chamas para retirar o cadáver do assassino de sua esposa. A cena da perseguição em uma boate, o duelo final e a morte do estagiário, refletem a pureza cinematográfica do diretor. Michael Cimino, tal qual o detetive White, desafiou a si mesmo, fez parte deste nebuloso e lírico recorte da sétima-arte. Deixa em o “Ano do Dragão” o que talvez a Nova Hollywood procurou cravar em seus filmes; a beleza da consciência suja.


Sobre a Nova Hollywood

No inicio dos anos 70, Hollywood passava por uma grave crise financeira. A maioria dos grandes estúdios viam sua autonomia descer pelo bueiro; muitas salas de exibição transformaram-se em estacionamentos e supermercados, outras instalações eram alugadas à televisão, uma das opções que os chefões enxergavam para tentar frear o desespero financeiro. Paralelamente, o quadro político americano contraía feridas que marcariam profundamente seu povo. É nesse contexto que nasce a chamada ‘Nova Hollywood’; cineastas que marcariam suas obras com uma estética furiosa o caráter angustiado por qual o país passava. Munidos com um arsenal interminável, os senhores da nova onda americana levaram temas fortes às telas, para alguns o nascimento das trevas, para outros o começo da liberdade. Obras amplificaram os problemas políticos e morais; as drogas em Operação França, 1971, de William Fridklien; corrupção da policia em Serpico, 1973, de Sidney Lumet; a miséria e violência em Caminhos Perigosos,1973, e Táxi Driver, 1978, ambos de Martin Scorsese; o poder da máfia em o Poderoso Chefão,1972, de Francis Ford Coppola; o impacto da guerra no Vietnã é visto no épico O Franco-Atirador, 1978, filme do genial e subestimado Michael Cimino.

(Aerton Martins - APJCC 2010)


Serviço:

Dia 11 de dezembro (sábado)

às 18h30
no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude - Av. Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur
Entrada franca!

Realização: APJCC e Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude
Parceria: Rede Norte de Cineclubes

2.12.10

Cineclube do Colégio Sucesso exibe filme de Sofia Coppola

Cineclube do Colégio Sucesso apresenta:

"Virgens Suicidas", de Sofia Coppola


Cinco ninfas suicidas. Quatro vizinhos instigados. Uma diretora estreante. Virgens Suicidas, primeiro longa de Sofia Coppola, é sobre toda a terrível fascinação que a Beleza é capaz de provocar – beleza que, nesse caso, eterniza-se através de um precipitado e indecifrável pulo no abismo do hermetismo suicida.
Entre a investigação informativa do narrador e o registro expressivo da câmera-cúmplice de Sofia, ficamos envolvidos pelo vazio repleto de desejo e melancolia do sufocado mundo das irmãs Lesbon. Nos aproximando sem nunca nos tornarmos íntimos, compreendendo sem nunca termos uma resposta – estamos diante de um filme-pergunta, de um poema-enigma e de uma das vozes mais interessantes do cinema contemporâneo.


Felipe Cruz (APJCC - 2010)


Serviço:
Dia 3 de dezembro (sexta)
às 18h30
No Auditório do Colégio Sucesso - Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cinec lube Amazonas Douro
Informações: (91) 8813-1891

29.11.10

Dezembro com Scorsese no Cine CCBEU

Cine CCBEU apresenta


Uma Viagem pelo Cinema Americano com Martin Scorsese



Em 1995, comemorou-se o centenário do cinema. Como parte das festividades, o British Film Institute convidou o cineasta Martin Scorsese e o historiador Michael Henry Wilson a fazerem um documentário sobre o cinema americano. O resultado foi um fascinante filme em 3 partes, meio diário de memórias, meio análise teórica no qual Scorsese lança luz sobre os verdadeiros protagonistas da sétima arte: os diretores. Através da leitura de dezenas de fragmentos de filmes, entre clássicos consagrados e desprezados, os diretores classificam os diversos papéis desempenhados pelo realizador americano de contador de histórias a iconoclasta, de contrabandista a ilusionista.


Scorsese intercala cenas de filmes, imagens de arquivo, entrevistas e planos frontais do próprio rosto numa atitude professoral. Tal didática é reveladora do respeito e paixão do cineasta pela história do seu ofício, mas sobretudo relembra a função, tantas vezes aviltada, da crítica cinematográfica. Ao oferecer a sua perspectiva sobre o fenômeno, o Scorsese crítico torna-se um facilitador entre as obras e o público, ampliando as leituras possíveis e armando o espectador de teoria e história para o melhor enfrentamento dos filmes e suas infinitas interpretações.



Enfrentamento talvez seja a palavra-chave para entendermos porque o cinema americano é importante para nós. Jamais poderemos ignorar a política econômica bestial dos norte-americanos nem como a cultura de massas (o cinema incluso) sempre foi ferramenta na sua marcha imperialista. Entretanto, jamais poderemos ignorar também o fato de que dezenas de artistas brilhantes atuaram com suas vontades e talentos na construção disto que aqui chamamos "cinema americano" e que, justamente, se existiu alguma contribuição dos EUA para a humanidade no século XX , foram certamente os seus filmes. Qualquer dúvida é só ver 1 minuto de Charles Chaplin.


Rever o cinema americano é uma forma de enfrentá-lo. Conhecer aquilo que este cinema tem de valioso ao nosso repertório cultural é fundamental para entender o cinema, a história e a vida na contemporaneidade. A atitude de proteger-se do inimigo escondendo-se sob as cobertas, além de miopia política é absolutamente anti-estratégico. Obviamente queremos mais samba e futebol mas também o teatro grego, a pintura renascentista e os clássicos filmes americanos. É preciso tirar essas coisas bonitas das mãos dos inimigos, da matilha de bem-nascidos. É preciso afirmar que isso também é nosso!


E é no sentido desta afirmação que o Cine CCBEU convida o respeitável público a acompanhar, em dezembro, o ciclo "Uma viagem pelo cinema americano com Martin Scorsese", documentário obra-prima que ajuda a entender por que o cinema americano é o cinema ponto e o dos outros é que precisam de adjetivo.

Miguel Haoni (APJCC - 2010)


Sobre "O Contador de Histórias" (1° parte)


A vocação máxima do cineasta hollywoodiano é a de contador de histórias. Desde a aurora do cinema, vários mestres pegaram em câmeras e tal qual rapsodos modernos encantaram multidões com suas imagens-canções. Dentro da indústria entretanto, o artista possuía pouco controle sobre o que era dito, mas tinha domínio criativo total sobre a forma como era dito. No sistema de gêneros (faroeste, musical, gângster, etc...) o realizador/funcionário de estúdio dispunha apenas das ferramentas básicas do cinema: enquadramento, movimentos de câmera, decupagem e mise-en-scène. Os milagres que esses sujeitos conseguiam operar com tais recursos é a matéria da primeira parte do documentário "Uma viagem pessoal pelo cinema americano com Martin Scorsese".

Miguel Haoni (APJCC - 2010)



Programação:

02/12 - O Contador de Histórias*
09/12 - O Ilusionista e o Contrabandista*
* excepcionalmente no Auditório
16/12 - O Contrabandista e o Iconoclasta



Serviço:


Toda quinta de dezembro
Às 18h30
No Cine-teatro do CCBEU - Tv. Pe Eutíquio, 1309
Entrada Franca

Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro
Arte: Leandro Bender


Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

Acompanhe a programação de dezembro do Cineclube do Colégio Sucesso

03/12 - "Virgens Suicidas", de Sofia Coppola
Comentários: Felipe Cruz (APJCC)

17/12 - "A Marselhesa", de Jean Renoir


Serviço:

Quinzenalmente às sextas
18h30
No Auditório do Colégio Sucesso - Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro

O cinema marginal de Ozualdo Candeias no Inovacine

Inovacine/IPHAN apresenta


A Margem. Ozualdo Candeias. 1967. p/b.



 “A margem foi o seguinte: eu inventei a porra da história a partir de umas coisas que eu tinha lido num jornal – que eu também leio jornais –, daí eu cato essas coisas e enfio na história.” (Ozualdo Candeias)


O que seria um “cinema marginal”? Algo que está à margem é algo que, não podendo seguir a correnteza, resta. Resta por opção ou pelos espinhos da estrada? Por condição ou sobrevivência? Fazer cinema, para um cara chamado Ozualdo Candeias, era simplesmente um ato poético e necessário, um trampo da alma. As suas condições eram as mais precárias possíveis, e é desse limite que nasce a sua liberdade: a responsabilidade de assumir esteticamente a condição de existência à margem, e se expressar cinematograficamente.

O que seria o “cinema marginal”? Produtos audiovisuais surgidos na Boca do Lixo em São Paulo, que inclui tanto filmes experimentais de cineastas como Sganzerla, Bressane e Reichembach até pornochanchadas de apelo notadamente meramente comercial. Candeias, denominado por Jairo Ferreira “marginal dos marginais”, é, na verdade, não o “pai dos marginais” (título concedido mais ao Mojica), mas um filho sem pai, um marginal dos marginais mesmo, um objeto não-identificado, um solitário, um anjo do arrabalde.

“A Margem”, seu primeiro filme, lançado em 67, trata dos “marginais” de forma existencial. Atravessando o discurso afinado da elite intelectual burguesa cinemanovista espetacularizadora da fome, Candeias não procura legitimar sociologicamente as brutas imagens que explodem na tela. Elas simplesmente são o que são: fruto de uma busca humilde e digna de um cinepoeta por seu estilo; subjaz no contexto estético os quilos da realidade vivida, que não pesam mais que a mão de uma criança abandonada, o olhar de uma prostituta sem perspectiva e o franzido cenho de um trabalhador explorado. Como disse Inácio Araújo, “não é filme sobre os marginais, mas entre eles, com eles”.

Ruy Gardnier afirma que “Candeias, é, mais que tudo, um ‘cineasta de sobrevivência’”. Concordo. Fazia a câmera, fotografia, roteiro, montagem; respirava cinema para não morrer, sob o signo de escorpião.

Há mais coisas entre Glauber e Meirelles do que sonha a nossa vã ignorância enquanto público de cinema brasileiro (e falo aqui do brasileiro que assiste cinema!). Conhecer Candeias é tão essencial quanto conhecer Vigo, Buñuel, Jesus Franco, Jean Rollin, e tantos outros poetas do cinema “pobre”. Contra todas as convenções inúteis se insurge o cinema dos vagabundos que por aí vanguardeiam, os que por ele são tocados eu convoco para prestigiar a sessão: lá, um dos notáveis desconhecidos se apresentará em suspiro poético audiovisual. Essa sessão é dedicada não aos que escolhem o cinema, mas aos que por ele são escolhidos.

Mateus Moura (APJCC – 2010)

 

Serviço:

1º de dezembro (quarta)
às 18h30
No auditório do IPHAN  - Tv. Rui Barbosa, esquina da Av. Governador José Malcher
ENTRADA FRANCA


Realização: INOVACINE
Apoio: IPHAN
Informações: (91) 8717-5666

Comunicado Importante

Caros,


Em novembro a APJCC não realizou as sessões semanais no Cine Argonautas por motivo do projeto Samaúma – Jornada de Produção Audiovisual, que envolve jornadas nas cidades de Ananindeua, Marabá e Santarém.
O Cine Argonautas volta com suas atividades regulares em dezembro, realizando o Ciclo “Riso é Coisa Séria”, com curadoria de Lionay Dias, Thiago Oliveira e Samir Raoni.
Agradecemos a compreensão.

Atenciosamente,

Samir Raoni (APJCC-2010)

26.11.10

APJCC apresenta fragmentos glauberianos do programa "Abertura"

Em homenagem aos 60 anos da televisão brasileira, o TV Clube apresenta no domingo, 28, fragmentos do programa "Abertura"


Sinopse:


O fim dos anos 1970 representou no Brasil um período de gradual abertura democrática no qual a ditadura dos militares, através da pressão de vários segmentos da sociedade e de dissidências dentro do poder, começava a afrouxar o seu laço autoritário que desde o "Golpe de 64 "sufocava as liberdades nos meios políticos, estudantis, artísticos e da comunicação.

Glauber Rocha, gênio das artes modernas e polemista nato, observava o fenômeno e defendia a necessidade de assimilar colaborativamente determinados elementos governistas na luta pela redemocratização, o que, obviamente, ofendia as pretensões revolucionárias das esquerdas radicais.

A suposta "traição" de Glauber atinge a contundência máxima, no instante em que o artista ingressa , junto com outros jovens profissionais e intelectuais, na equipe do revolucionário programa "Abertura" que discutia a política e a cultura brasileira na Rede Tupi de Televisão, em 1980.

Em seu espaço de crônica jornalística dentro do programa, Glauber soltava o verbo sobre tudo o que lhe incomodava no país que virou-lhe as costas nos últimos 10 anos mas do qual era ligado por laços mais fortes que o amor. No estilo verborrágico do baiano, a história recente do Brasil é desfiada em transes repentistas e entrevistas disparadas contra elementos do chamado "povo brasileiro".

O TV Clube apresenta neste domingo, em homenagem aos 60 anos da tv brasileira, 45 minutos de fragmentos glauberianos do programa "Abertura". Traga as crianças pra sala, abra os olhos e ouvidos para um dos instantes máximos da história da telecomunicação nacional.

Miguel Haoni (APJCC - 2010)


Serviço:

TV Clube apresenta: fragmentos do programa "Abertura"
Data: 28 de novembro (domingo)
Horário: 18h
Local: Espaço Benedito Nunes (Livraria Saraiva - Shopping Boulevard, 2º piso)
Entrada franca.


Realização: APJCC
Apoio: Livraria Saraiva.

23.11.10

"Vingança" encerra ciclo "Johnnie To e o Balé Silencioso"

Cine CCBEU apresenta

"Vingança", de Johnnie To

Sinopse:

Costello (Johnny Hallyday, a recuperação de uma das maiores estrelas francesas dos últimas décadas para um arrojado papel), é um “chef” com um restaurante em Paris que chega a Hong Kong para vingar a filha dele, em coma no hospital, após a família ter sido assassinada.
Sem contactos locais, uma coincidência leva-o a contratar três assassinos a soldo. Entrega-lhes uma avultada soma de dinheiro e oferece-lhes o restaurante em troca de uma vingança, contra os autores do crime. Olho por olho, dente por dente.


Sobre o filme:

Nos últimos anos, o cineasta de Hong-Kong, Johnnie To revelou ser uma força criativa incontornável. Sua obra dialoga e transcende a tradição cinematográfica dos "filmes de gênero", tanto no ocidente quanto no oriente, construindo assim uma nova topografia, com sua câmera comportando-se como a pena de um artista da caligrafia.

Em 2009 entretanto, o mestre se supera! "Vingança" é o ponto de convergência para os caminhos que Johnnie To percorreu nos últimos anos: o silêncio eloquente, a poesia dos movimentos, o bromantismo trágico, a inutilidade da arte. Tudo envolvido pela atmosfera suspensa de violência e tristeza.
Mas mais do que isso, um filme-alzheimer. Um filme que se perde pra se encontrar em retalhos de imagens, um filme que reconstrói as cenas no exercício do olhar. Um filme para nunca ser esquecido.


Miguel Haoni (APJCC - 2010)


CINE CCBEU: espaço de exibição de grandes obras da cinematografia mundial e fórum regular de debates sobre arte, cultura e cinema.

Numa parceria entre Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e Cineclube Amazonas Douro, o Cine CCBEU funciona toda quinta, às 18:30, e apresenta dia 25 de novembro o filme "Vingança", encerrando o ciclo "Johnnie To e o Balé Silencioso" que contou com a curadoria especialíssima de Max Andreone (APJCC).
No dia 2 de dezembro será exibido o episódio "O Contador de Histórias", abrindo o ciclo "Uma viagem pelo cinema americano com Martin Scorsese".
Sempre com entrada franca!


Serviço:
25 de novembro (quinta)
às 18h30
no Cineteatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro


Mais informações:
Comunidade e Perfil
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

Alain Delon protagoniza noir inconfundível de Jean Pierre Melville

Cine CASA apresenta

"O Samurai", de Jean Pierre Melville


Sinopse:

"O Samurai", de Jean Pierre Melville, é um filme descritivo. Ele se constrói por completo em uma apresentação de personagem: Jef Costello (Alain Delon) é gélido e robótico e meticuloso.


Sentimos muito frio com a fotografia; um frio vindo de dentro, dos países gelados do norte, da mente daquele homem. Ele é o assassino perfeito, intransponível e respirando morte. Sua espada de Samurai é a câmera e seu aspecto retilíneo. Ele se desmascara e deságua em nossa frente e nos apaixonamos por sua fraqueza - esta que não é uma comum, das de seres Humanos: é a de Samurai quando falha em uma missão.

"O Samurai" é um filme de 1967, o décimo primeiro de Jean Pierre Melville, um dos maiores cineastas franceses de todos os tempos, com seu noir inconfundível e revolucionário na história do cinema.
 
Luah Sampaio (APJCC - 2010)
 

Serviço:

Dia 27 de novembro (sábado)
às 18h30
no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude - Av. Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur
Entrada franca!

Realização: APJCC e Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude
Parceria: Rede Norte de Cineclubes

D. Juan em três sessões nesta quarta

"Excelente!" "Depois a gente conversa..." "Delicado" "Psicodélico!" "Muito bom, cara" "Só achei que a cena deles andando ficou muito longa..." "Acho que tu ta vendo muito Godard..." "Meio Tarkovski né?" "Maldito" "Você fez um filme!" "Teu filme não tem um gênero substancial" "Parece que tu só tem uma perna no filme!" "O áudio no diálogo é impressionantemente nítido" "Não ouvi rigorosamente nada na cena do diálogo" "Estranho" "O início é lindo!" "Francamente, achei que esse Coltrane estragou" "Parece que tu bateu punheta com a mão esquerda, mas de camisinha: é isso o teu filme!" “O animal preso e livre começa dançar”

D.Juan


Sinopse:

O encontro de lobos.
O homem é lobo do homem.
A mulher é loba da mulher.
A ribalta é a lua cheia,
onde o encontro das bestas será aceito.


Informações Técnicas:

Filme rodado nos dias 27 e 28 de julho de 2010 pela produtora independente Sr. Cheff Produções. Contou com o apoio da ETDUFPA (que cedeu o local de filmagem, com iluminação), o CEPEPO (que cedeu a câmera e os cinegrafistas), a MTV BELEM (que cedeu o microfone), a PARACINE (que bancou a alimentação) e a SINTDACPA (que cozinhou de forma admirável).


D. JUAN
Título: D. Juan
Realizador: Mateus Moura
Assistência: Felipe Cruz
Produção: Sr. Cheff Produções
Atores: Ramón Rivera, Giovana Miglio, Haroldo França, Felipe Cruz e Mateus Moura
Música original: Ramón Rivera
Trilha sonora, montagem e fotografia: Mateus Moura
Figurino: Cassiane Dantas
Duração: 33 min
Formato: 16:9 & 4:3 / Cor / Digital

Parte da equipe de produção

Sr. Cheff Produções é:
Mateus Moura
Felipe Cruz
Luana Beatriz
Luah Sampaio
Juan Pablo
Samir Raoni
Janaína Torres
Glenda Marinho
João Pedro Rodrigues
Neto Dias
Cassiane Dantas
Max Andreone
Giovana Miglio
Ramón Rivera
Haroldo França
Harrison Lopes
Vanessa Silva


Serviço:

24/11 (quarta-feira)
Em 3 sessões: às 19h, às 20h e às 21h
No Cine Líbero Luxardo - Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo
Entrada franca.
Apoio de exibição: Cine Líbero Luxardo

Leia textos sobre o filme em Cinemateus.


17.11.10

Glauber no cineclube do Colégio Sucesso

Cineclube do Colégio Sucesso apresenta:

"Terra em Transe", de Glauber Rocha


O Grupo Ideal em parceria com a Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema apresenta no dia 19 de novembro a obra-máxima do cinema brasileiro "Terra em Transe" do cineasta Glauber Rocha.
O Cineclube do Colégio Sucesso é uma ação cultural quinzenal de cunho cineclubista e espaço democrático de debates sobre cinema, arte e cultura. Visando o fortalecimento de uma comunidade ética e fraterna sob a bandeira da arte cinematográfica, o cineclube chega para ampliar o acesso gratuito a obras fundamentais na História do Cinema, integrando-se assim ao movimento nacional pela difusão do áudio-visual artístico e ao fortalecimento do circuito cultural paraense.
O Cineclube do Colégio Sucesso funciona quinzenalmente, às sextas-feiras 18h30, sempre com entrada franca!

Sobre o filme: 

"O cinema prolonga a vida. Estas imagens estarão eternas. Além da morte."
"Roberto Rosselini dizia que é mais fácil fotografar o mundo do que fotografar um rosto. O cinema, me disse Alexandre Kluge, deve ser polifônico. É uma nova arte e presa ainda ao naturalismo/realismo do romance. O romance, os senhores sabem, é uma expressão do século XIX. É, pois, a linguagem da burguesia. O cinema é a linguagem do capitalismo, isto é, do século XX. Cinema, jornalismo, televisão. O cinema, porque foi realizado até bem pouco tempo por homens com formação no século passado e formou e deformou o público e a crítica. E a maioria dos intelectuais. E, o que é mais grave, a maioria dos cineastas. O cinema é um instrumento de coração do capitalismo. Ou do policialismo. Liberdade, no cinema, sempre foi crime. Rimbaud, para lembrar um nome conhecido, que é ponto pacífico na poesia, se aparecesse fazendo filme como escrevia levava ovo na cara. Idem Cézanne. Até mesmo Van Gogh. E estes são artistas do século passado, nem mais vanguarda são considerados. Por que o cinema tem de ficar seguindo a narrativa de Maupassant?"
"Quando um intelectual vem me dizer que não gostou de Terra em Transe porque não entendeu, dá vontade de perguntar a ele se poesia ou música ele entende tudo como entende uma reportagem, isto é, no sentido explicativo, óbvio, ululantérrimo!"
"Convulsão, choque de partidos, de tendências políticas, de interesses econômicos, violentas disputas pelo poder é o que ocorre em Eldorado, país ou ilha tropical. Situei o filme aí porque me interessava o problema geral do transe latino-americano e não somente do brasileiro. Queria abrir o tema "transe", ou seja a instabilidade das consciências. É um momento de crise, é a consciência do barravento."

Glauber Rocha

Serviço:
19 de novembro (sexta)
às 18:30
No auditório no Colégio Sucesso (Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa)
ENTRADA FRANCA

Cartaz: Gabriel Cavalcante
Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro

Cine CCBEU exibe "Sparrow", de Johnnie To

Cine CCBEU apresenta: 

"Sparrow", de Johnnie To




Tão leve que parece pedir para ser encarado como um filme menor de Johnnie To, trata-se de um dos seus mais elaborados e cuidadosos trabalhos já realizados por ele. Um musical sem números musicais visivelmente influenciado por Demy (para muito mais que a trilha à Michel Legrand) sobre ladrões de carteira e uma série de pequenos golpes e trapaças. Para muito mais que a coreografia e o tom de doce melancolia que marca o filme, a influência de Demy se dá na maneira que toda leveza do filme nunca disfarça o que está em jogo em cada troca em que os personagens se envolvem. No meio do caminho To nos apresenta a algumas das mais precisamente coreografadas seqüências do cinema em especial o duelo dos batedores de carteira e o interlúdio entre Simon Yam (perfeito como sempre), Kelly Chen e um cigarro que consegue superar qualquer coisa que Kar-wai tenha feito em termos de cinema fetichista. Mas Sparrow trata-se sobretudo de uma magnífico filme de cidade onde To vai aos poucos catalogando as mudanças de Hong Kong nos últimos anos (razão pela qual ele gastou 3 anos filmando este filme aparentemente muito simples e a ênfase no hobby de Yam ser fotografia). Sparrow respira a cidade e a câmera do cineasta sempre a lerta para descobrir um novo ângulo e uma nova maneira de entregar ação a locação

*Retirado de anotacoescinefilo.com



CINE CCBEU: espaço de exibição de grandes obras da cinematografia mundial e fórum regular de debates sobre arte, cultura e cinema.
Numa parceria entre Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC), Cineclube Amazonas Douro e com o apoio da Rede Norte de Cineclubes, o Cine CCBEU funciona toda quinta, às 18:30, e apresenta dia 18 de novembro, excepcionalmente no auditório, o filme "Sparrow", dando prosseguimento ao ciclo "Johnnie To e o Balé Silencioso" que conta com a curadoria especialíssima de Max Andreone (APJCC).
No dia 25, será exibido o filme "Vingança" , encerrando a programação de novembro.
Sempre com entrada franca!


Serviço:
18 de novembro (quinta)
às 18h30
Excepcionalmente no auditório do CCBEU (Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Mais informações:
Comunidade e Perfil
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Contato: (91) 88131891

16.11.10

Os OVNIs de Colares no Inovacine

Inovacine/IPHAN apresenta
"Chupa-chupa: A história que veio do céu". Roger Elarrat e Adriano Barroso. 2007.




Chupa-chupa é a expressão atribuída, pelos moradores da ilha de Colares, no Pará, a Objetos Voadores Não Identificados que, em 1977, teriam feito aparições nos céus da cidade e até sugado o sangue de alguns colonos. O episódio chamou a atenção do poder público e das autoridades militares, que teriam montado a maior operação militar em torno de um evento ufológico que se tem notícia no Brasil. Chupa-Chupa: A História que veio do Céu reconta a história 30 anos depois, através do olhar e do imaginário dos colarenses, como a obra de Mestre Pacau, pescador e compositor de carimbó sobre o Chupa-chupa.


Serviço: 
17  de novembro (quarta)
às 18h30
No auditório do IPHAN (Travessa Rui Barbosa, esquina da Avenida Governador José Malcher)
ENTRADA FRANCA


Realização: INOVACINE
Apoio: IPHAN
Informações: (91) 8717-5666