28.6.11

Cine CCBEU apresenta filmes de Danielle Fonseca


O CCBEU receberá nas telas de seu cineclube os filmes da artista visual Danielle Fonseca, serão exibidos os videoarte “O Tao Caminho”, “Rumo ao Farol” e o recente média-metragem “A Vaga".
A poética de construção dos trabalhos artísticos de Danielle é composta a partir de elementos da literatura, da música e da paisagem, e é nesse universo que a artista realiza também seus vídeos.
Como um romance de Virginia Woolf desaguaria nas águas do rio Pará, sem perder seu estilo e forma? No que se assemelham os faróis e ilhas de continentes tão geograficamente distantes e diferentes?
Em literatura, Tempo e Espaço muitas vezes são elementos apenas de construção, assim como na criação de uma obra de arte, o que tornam palavras e imagens elementos de caráter universal, atemporais. Acreditando nisso a artista visual Danielle Fonseca realizou o vídeo “Rumo ao Farol” de 10 minutos, premiado com uma Bolsa de Pesquisa em Arte da Fundação Ipiranga, uma tradução-criação da trama deste livro que está completando 80 anos de publicação mundial, o vídeo foi dividido em três cenas, as mesmas do livro: A Janela, O Tempo Passa e O Farol, que por ser uma leitura que proporciona grande concretude visual e clareza, livre de erudições e pedantismos, o vídeo foi composto de imagens e aglomerações simbólicas, que vão desde a narração (off) feita pela tradutora oficial de Virginia no Brasil, a escritora carioca, Luiza Lobo, até a musica minimalista de John Cage. Este livro é considerando segundo Danielle “o mais visionário e formalmente perfeito de seus romances-poemas”, e ainda mais, diz a artista “apesar de simples não são apenas meras decorações”.
Tudo isso se passa no Farol do Espadarte em Mosqueiro, que foi cenário natural para o vídeo “Rumo ao Farol”. Segundo uma carta escrita por Virginia para seu amigo Roger Fry, ela diz que o Farol é mais do que isso, do que simples metáfora de alguma coisa “não sei lidar com símbolos, exceto dessa maneira vaga”.
Já o videoarte “O Tao Caminho” é baseado na obra “ O Caminho de Marahú” (1983) do poeta paraense Max Martins. O vídeo foi realizado em 2005 e nele há todo o percurso poético desde a casa do poeta no bairro de São Brás até a Cabana localizada na Praia do Marahú, na Ilha do Mosqueiro. Há um enfoque nesse trabalho no lado oriental da obra de Max Martins. Um dos poemas mais emblemáticos desse livro para Danielle é “O rio que sou não sei, ou me perdi”. Há ainda a leitura do poema ‘A Cabana’ feita pelo próprio Max. “Para matar a saudade e reverenciar sempre esse grande poeta brasileiro” diz Danielle.
E para finalizar a sessão o Cine CCBEU exibirá o média-metragem “A Vaga”, filme lançado em 2010, através da Bolsa de Pesquisa, Experimentação e Criação do IAP, na qual a artista Danielle Fonseca foi contemplada para desenvolver a pesquisa "As Ondas: Um encontro de escorrego entre arte e surf".Baseada em textos de Gilles Deleuze e Daniel Lins, Danielle realizou um videoarte documental onde aborda a relação dos surf com a arte e a filosofia, ou como diz a artista "descobri que o surf mora na filosofia".
Segundo o filósofo Gilles Deleuze, em seu ABCDÁRIO "os surfistas habitam a filosofia", e pensam o que fazem, contrariando as teorias preconceituosas de que surfista não pensa.Como diria o próprio Deleuze "Eles pensam o que fazem".
O filme A VAGA tem participações muito especiais de artistas e surfistas de vários lugares do Brasil e da França, como Rico de Souza, ícone do surf brasileiro, o músico João Donato, os escritores Alberto Pucheu e Felipe Stefani, além de Gibus de Soultrait da revista Surf Session, Alex Cavalcante, precursor do surf no Pará e da monja zen budista, a Monja Isshin, de Porto Alegre. "Espero mostrar essa proximidade, e apresentar as pessoas uma nova visão do surf. Uma integração entre esporte e arte”, afirma a artista. A co-direção do filme é da também artista visual Keyla Sobral, que também assina a edição junto com Lucas Gouvêa.

Serviço:

30 de junho (quinta)
às 18h30
no cineteatro do CCBEU - Tv Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

Mais informações:

Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook da APJCC
Fone: (91) 8717-9683

14.6.11

Cine CCBEU apresenta: "O que resta do tempo", de Elia Suleiman




Sinopse:

Versão ficcional de quatro episódios que marcaram a família do diretor desde 1948. Inspirado pelos diários de seu pai, combatente da resistência palestina, e pelas cartas de sua mãe aos familiares expatriados, ele reconstitui o cotidiano dos chamados árabes-israelenses a partir do momento em que escolheram permanecer em sua terra natal e passaram a viver como minoria. Memórias íntimas que se confundem com a história coletiva de um país em desaparecimento.

Sobre o filme:

"O que resta do tempo" de Elia Suleiman é um filme sobre o ato de observar.
A autobiográfica crônica familiar retrata quatro períodos na história do autor: um palestino de Nazaré impotente frente à desterritorialização e aculturação de seu povo, para o qual o pasado foi violentado e o futuro não existe, restando apenas o presente e suas rotinas.
Suleiman, porém, trava a sua guerra munido de humor e arte. Seu estilo rigoroso lembra a ironia de Kubrick (referência expressa no filme) e o burlesco de um Buster Keaton engessado pela dor do tempo. Sua abordagem frontal das ações e o recorte fragmentador dos espaços propõem uma trajetória do olhar reduzido entre muros e grades.
A questão territorial é central na obra do cineasta e o olhar perplexo que ele lança sobre tal objeto revela-se sempre como ato político. Suleiman encara com dignidade a dor e alegria da entrincheirada minoria muçulmana, ressaltando a coreografia bizarra do teatro da paz em que vivem. Esperando Alá sabe o que.

Miguel Haoni (APJCC - 2011)


Serviço:

Dia 16 de junho (quinta)
às 18h30
no cineteatro do CCBEU - (Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook da APJCC
Fone: (91) 8717-9683

11.6.11

Parceria com Casarão Cultural promove curso de História do Cinema

Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Casarão Cultural Floresta Sonora apresentam:

Curso de História(s) do Cinema
Ministrante: Miguel Haoni (APJCC)

 
Sobre o curso:
 
Há mais de cem anos, o cinema acompanha, registra e encanta homens e mulheres pelo mundo inteiro. Sua trajetória muitas vezes confunde-se com os próprios movimentos perpetrados pelo homem contemporâneo. Nossas vitórias, medos, paixões e misérias foram por vezes, filmadas e projetadas como imagens em movimento. Por conta disto e de seu inestimável valor intelectual e estético, o Cinema configurou-se como a maior contribuição artística do século XX, o que não significa que seja visto, nos dias de hoje, como tal.
A realidade prática nos coloca diariamente em presença de imagens em movimento. Seja na TV, no computador e até mesmo em filmes, o ritual de fruição estética da linguagem audiovisual é gradualmente vulgarizado. A exemplo disso temos o crescimento avassalador do mercado de DVDs piratas que em sua grande maioria, dispõe de um catálogo extenso de títulos lastimáveis, filmes sem valor.
Tal condição torna premente a necessidade de um estudo detido e minucioso sobre o Cinema enquanto linguagem artística. Neste sentido apresenta-se o Curso de História(s) do Cinema, aqui dividido em quatro unidades (Cinema e Violência; Teoria de Bazin; Stanley Kubrick; e Nova Hollywood) e cinco aulas que dão conta de grandes períodos na linha evolutiva da sétima arte.
Inspirado no tripé aula (aula expositiva e debate crítico), filme (visualização de trechos e 3 longas metragens referentes às unidades do curso, a saber: "Intervenção Divina" de Elia Suleiman, "Ladrões de Bicicleta" de Vittorio de Sica, "Dr. Fantástico" de Stanley Kubrick e "Apocalypse Now" de Francis Ford Coppola) e texto (textos importantes para cada unidade compõem uma apostila) o curso segue obedecendo mais à dinâmica das aulas do que um roteiro programático de ferro. A atividade culmina com a entrega de certificados (20 horas) emitidos pela Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema.
A opção por uma perspectiva histórica não apenas dinamiza a abordagem do objeto estudado, mas também permite questionamentos fundamentais nesta empreitada: Quais foram as permanências e modificações na linguagem cinematográfica ao longo dos anos? Qual o papel das vanguardas e dos movimentos conservacionistas nesta história? Quais as principais escolas estéticas? Qual a ligação entre o cinema e a sociedade através do tempo?
Estas perguntas serão a base norteadora do curso aqui apresentado.

Curso de História(s) do Cinema no Casarão propõe reflexões sobre o cinema moderno


O Curso de História(s) do Cinema, promovido pelo Casarão Cultural Floresta Sonora em parceria com a Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e com o Cineclube Amazonas Douro, propõe uma reflexão sobre o Cinema Moderno.
A partir dos anos 40 do século XX, a linguagem cinematográfica adquire uma nova configuração: de um lado, o cinema de opacidade de "Cidadão Kane" aproxima a experimentação das vanguardas de uma nova representação do homem; de outro o novo realismo italiano retira a maquiagem do cinema e mergulha na raiz das crises sociais. Inspirado pelas idéias de Sigmund Freud e Karl Marx, o Cinema Moderno nasce como forma de enfrentamento ao dominante esquema narrativo clássico hollywoodiano. No mundo inteiro jovens cineastas operavam uma pequena-grande revolução.

O curso, ministrado por Miguel Haoni*, ocorre no período de 27 de junho a 1° de julho, das 9 às 13 hs, com investimento de 50R$, e pretende através de quatro unidades, analisar alguns aspectos deste fenômeno.


Sobre as unidades:


Unidade um: Sangue de Poetas: panorâmica sobre a violência no cinema


Desde sua gênese, a história do cinema confunde-se com a história do cinema de violência, seja nos clássicos filmes de gênero hollywoodiano, ou os gritos de fome no Cinema Novo latino. Espetáculo vulgar ou expressão lírica, a violência sempre foi grande parceira do cinema, e em torno dela, suas vantagens e desvantagens éticas e estéticas, compreenderemos as funções das tripas e miolos na arte contemporânea.


Unidade dois: O Cinema ontológico de André Bazin


O crítico francês André Bazin, ao analisar os filmes de Orson Welles, William Wyler e Roberto Rossellini, reconheceu uma mudança significativa na linguagem cinematográfica ficcional: o caráter da montagem inspirado na experiência de Griffith e dos cineastas soviéticos era sistematicamente substituída pela densidade realista do plano-sequencia. Esta característica está na base de sua teoria do realismo revelatório e de um cinema ontológico e influenciará todo o pensamento cinematográfico posterior, da Nouvelle Vague ao Cinema Iraniano.


Unidade três: A cine-hipnose ou o estilo em Stanley Kubrick


Stanley Kubrick foi um cineasta único no panorama do cinema moderno. Seus filmes mostravam uma ampla consciência do potencial dos gêneros clássicos, mas, sobretudo uma manipulação do tempo que atuava diretamente na respiração dos espectadores. Concebendo o cinema como um mantra, Kubrick produziu obras-primas, tornando-se um dos maiores artistas-pensadores sobre a violência no século XX


Unidade quatro: Nova Hollywood: Arte e Indústria


No fim dos anos 60 o cinema hollywoodiano estava em crise. Faltavam artistas, faltava dinheiro, faltava liberdade. No desespero por mudança, alguns estúdios investiram em jovens estudantes de cinema vindos do circuito underground. Francis Ford Coppola, Brian de Palma, Martin Scorsese, Steven Spielberg entre outros aproveitaram a onda e mudaram a maneira de Hollywood criar e vender filmes. A partir do acompanhamento da trajetória dos movie brats compreenderemos como o cinema moderno contaminou a indústria hollywoodiana e como nasce a perniciosa cultura blockbuster.


*Miguel Haoni é cineclubista, diretor da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema. Coordenou os projetos Cine Uepa, Cinema na Casa e INOVACINE/FAPESPA . Participou do Cine EGPA , Sessão Maldita, Cineclube da Aliança Francesa, Coisas de Cinema e TV Clube, atualmente, coordena o Cine CCBEU e o Cineclube do Colégio Sucesso.


Serviço:


de 27 de junho a 1º de julho (segunda a sexta)
das 9 às 13 horas
No Casarão Cultural Floresta Sonora - 13 de maio, 363 - Comércio - Entre Frutuoso e Campos Salles
Investimento: R$ 50,00


Informações e inscrições pelo fone: (91) 8717-9683
VAGAS LIMITADAS


Realização: APJCC e Casarão Cultural Floresta Sonora
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

1.6.11

No Cine CCBEU: "O fabuloso destino de Amélie Pouilan", de Jean-Pierre Jeunet



O filme conta a história de Amélie, uma menina que cresceu isolada das outras crianças. Isso porque seu pai achava que Amélie possuia uma anomalia no coração, já que este batia muito rápido durante os exames mensais que o pai fazia na menina. Na verdade, Amélie ficava nervosa com este raro contato físico com o pai. Por isso, e somente por isso, seu coração batia mais rápido que o normal. Seus pais, então, privaram Amélie de freqüentar escola e ter contato com outras crianças. Sua mãe, que era professora, foi quem a alfabetizou até falecer quando Amélie ainda era menina. Sua infância solitária e a morte prematura de sua mãe influenciaram fortemente o desenvolvimento de Amélie e a forma como ela se relacionava com as pessoas e com o mundo depois de adulta.
Após sua maioridade, mudou-se do subúrbio para o bairro parisiense de Montmartre onde começou a trabalhar como garçonete. Certo dia, encontra no banheiro de seu apartamento uma caixinha com brinquedos e figurinhas pertencentes ao antigo morador do apartamento. Decide procurá-lo e entregar o pertence ao seu dono, Dominique, anonimamente. Ao notar que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e remodela sua visão do mundo.
A partir de então, Amélie se engaja na realização de pequenos gestos a fim de ajudar e tornar mais felizes as pessoas ao seu redor. Ela ganha aí um novo sentido para sua existência. Em uma destas pequenas grandes ações ela encontra um homem por quem se apaixona à primeira vista. E então seu destino muda para sempre…

Filme da plateia, com os comentários de Érica Magalhães (frequentadora do Cine CCBEU)

* * *
CINE CCBEU: espaço de exibição de grandes obras da cinematografia mundial e fórum regular de debates sobre arte, cultura e cinema.
Numa parceria entre Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e Cineclube Amazonas Douro, o Cine CCBEU funciona às quintas-feiras,18:30, e apresenta dia 2 de junho, na sessão Filme da Platéia, "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" de Jean-Pierre Jeunet com comentários de Érica Magalhães.
Ainda em junho serão exibidos o filme palestino "O que resta do tempo", de Elia Suleiman (16/06) e curtas de Danielle Fonseca (O Tao Caminho, Rumo ao Farol, A Vaga), seguido de bate-papo com a realizadora (30/06).
Sempre com entrada franca!

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Serviço:

Dia 2 de junho (quinta)
às 18h30
no cineteatro do CCBEU - Tv. Padre Eutíquio, 1309
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cineclube Amazonas Douro

Mais informações:
Comunidade e Perfil no Orkut
Email: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook da APJCC
Fone: (91) 8717-9683