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Bragança na rota do INOVACINE

Matéria publicada em: 23/04/2010

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Bragança na rota do INOVACINE
23/04/10


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INOVACINE arruma seus filmes na bagagem e pega a estrada Belém-Bragança na próxima semana. Com o apoio dos professores Roberto Amorim e Aylton Rocha e a parceria da Fundação Educadora de Comunicação de Bragança, o projeto desenvolve mais uma oficina de formação e cinco sessões cineclubistas na pérola do Caeté, entre os dias 26 e 30 de abril.

Em Bragança, o INOVACINE vai dialogar sobre cinema com os participantes do projeto “Aluno Repórter – A Imprensa na Escola”, que recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará, via edital Infocentros - Navegapará: Ações colaborativas para Cidadania Digital. O “Aluno Repórter”, aliás, está na sua terceira edição e atende 125 alunos de escolas públicas estaduais dos municípios de Cachoeira do Piriá, Viseu, Augusto Correa, Tracuateua e Bragança.

De acordo com o coordenador do INOVACINE, Francisco Weyl, as sessões cineclubistas receberam uma curadoria de forma a que os participantes da oficina possam ter a dimensão do cinema em sua grandeza estética. A programação, que abre com a projeção do polêmico “Terra em Transe” (Glauber Rocha, 1967), faz um panorama completo do cinema, com os clássicos “Nosferatu” (Murnau, Alemanha, 1922) e “A felicidade não se compra” (Frank Capra, EUA, 1946), o contemporâneo “Vingança” (Johnnie To, Hong Kong, 2009), e os paraenses “Necromicon” (Marcelo Marat, 2008) e “Icoaraci” (Márcio Barradas, 2008).

“Em Bragança, como em Belém e em outros municípios, nós apostamos primeiro nos conhecimentos originários das comunidades participantes e de seguida avançamos com os diálogos nos quais estas comunidades são introduzidas nas estruturas mais profundas do cinema, portanto, entrando em contato com formas de montagem, tensões dramáticas, movimentos de câmera, decupagem, personagens, fotografia, e, a partir daí, desvendando como todos estes elementos, combinados, são simbólicos e tradutores das mensagens estéticas contidas no filme em si”, afirma.

Abrir com Glauber e fechar com cinema paraense, atravessando uma ponte entre o clássico e o contemporâneo é a marca do INOVACINE, segundo Weyl. Ele diz que a imersão neste espírito de cinema faz com que os participantes das oficinas cineclubistas melhor desenvolvam a sua cultura visual e dessa forma sintam-se seguros para ler e interpretar para além das estruturas narrativas superficiais das obras audiovisuais.

“Ver e dialogar sobre estética cinematográfica a partir da obra de Glauber é uma missão necessária, afinal, Glauber tem uma concepção bastante distinta do ciclo industrial comercial do cinema, pelo que consideramos fundamental demarcar este campo justo neste processo de construção de novos cineclubes”, explica.

Até agora, o INOVACINE já projetou e debateu “Barravento” (Santarém) e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (Soure). A meta do INOVACINE é projetar todos os filmes de Glauber Rocha feitos no Brasil até o final desta (segunda) etapa, prevista para encerra em setembro, durante um seminário que vai discutir cinema e lançar uma brochura com o teor dos diálogos cineclubistas que o INOVACINE desenvolve em Belém e no interior do Pará.

SERVIÇO – Oficina de Formação e sessão cineclubista. Bragança. De 26 a 30 de abril. Informações com os professores Roberto Amorim e Aylton Rocha (Fundação Educadora de Comunicação de Bragança).

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FONTE: Ascom/Fapespa

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