30.7.12

Cine CCBEU apresenta "Seven - os sete crimes capitais"



Ciclo David Fincher

Dia 02/08- "Seven-Os Sete Crimes Capitais"

Sinopse:
Dois policiais, um jovem e impetuoso (Brad Pitt) e o outro maduro e prestes a se aposentar (Morgan Freeman), são encarregados de uma periogosa investigação: encontrar um serial killer que mata as pessoas seguindo a ordem dos sete pecados capitais.Sinopse:

País: Estados Unidos
Ano:1995
Duração:128 minutos
16 anos

Serviço:
Quinta-feira, às 18h30 no Cine Teatro do CCBEU
(Travessa Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA
O filme será exibido em blu-ray em projetor de alta-definição.

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cine GEMPAC
Curadoria do Ciclo David Fincher: Aerton Martins(APJCC)

Mais informações:
cineccbeu.blogspot.com
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook
(91) 8421-8071
(91) 8158-1840

16.7.12

Matadouro apresenta "Beatrice Cenci", de Lucio Fulci



Lucio Fulci é a pele do cinema, exposta. Lagarto, troca de gênero, jamais de olhar; sua língua é afiada, caçadora. Nossas emoções, insetos. Fisiológico, Lucio Fulci é a pele do espírito, exposta. É o que pulsa.
Assisti-lo é um corpo-a-corpo, um olho-no-olho, nos eleva ao extremo estado das emoções mais selvagens: do voyeurismo ao sado-masoquismo, do desejo ao medo, da agonia ao prazer, do horror ao amor. É a tempestade que lampeja detrás da retina do cinéfilo ao contato eriçado do seu aparato captador áudio-visual com imagens/sons explosivas que se oferecem num sonho sangrento, maravilhoso e inefável. É a contemplação da ação dos ossos quebrando, das veias estourando, do sangue jorrando, dos olhos furando. É a emoção - aquele movimento de dentro pra fora, que nos faz sentir vivos. É a violência inventada, saboreada como ficção. É a pulsão destrutiva saciada na comunhão com a arte.
Em uma palavra: Lucio Fulci é o GORE. Ou em bom português: as Vísceras.

SERVIÇO:
Quarta-feira, 18 de julho
18:30
no ICA - Praça da Republica (Pres. Vargas)
Entrada franca

Cine CCBEU apresenta "Fogo contra fogo", de Michael Mann



País: Estados Unidos
Ano:1995
Duração: 171 minutos
12 anos

Comentários de Aerton Martins e Cauby Monteiro(APJCC)
O filme será exibido em blu-ray com projetor de alta-definição.


A poesia do crime

Michael Mann é um realizador que tem em seu currículo, entre outros, o feito de ter despejado cores em uma das grandes séries americanas dos anos 80, Miami Vice. A falácia interminável, e enfadonha, no meio artístico, à época, 1995, sobre a nova empreitada do diretor, chamada Fogo Contra Fogo, era calcada em apenas uma dimensão: o encontro de dois gigantes nas telas, Robert de Niro e Al Pacino. Grande parte das quase três horas de duração do espetáculo visual que o diretor oferece é baseado em um confronto da vida real de um detetive de Chicago, Chuck Adamson. Parceiro do cineasta em vários filmes, incluindo Fogo Contra Fogo, Chuck ajudou a tirar da câmera a trama sobre a obsessão de dois indivíduos e suas profissões. A filmografia de Mann carrega em seu corpo a tatuagem do crime. Suas amizades com alguns detetives da policia da vida real o ajudaram a estabelecer em suas obras a dinâmica viva, palpável, do crime sem enfeites. O que é visto na tela é o resultado de vinte anos de pesquisa. O que interessa a Mann é a natureza humana de criminosos e policiais. Nada mais que indivíduos. E, se o individuo corrompe ou não, é dado a ele o direito de se mostrar.
E, a nós, o de conhecer os seus meios, o planejamento, suas almas e seus sinais. Nada mais justo que, nesse tempo dilatado em uma superfície plana, chamada tela, cinema, o diretor possa expressar seu sentido artístico, sua essência e voz. No caso de Fogo Contra Fogo, transfigurada em uma gritaria que beira o irreal. Nesta obra, filmada com pulso firme pelo próprio diretor, Mann abraça a obsessão de suas personagens, gosta de operar a câmera, de invadir e olhar sua cria de perto. A suposta realidade dentro da obra perde espaço para o jogo restaurador que ele executa. Chama dois dos grandes astros de filmes de ação para um confronto: uma batalha de emoções que raras vezes a tela pôde testemunhar. É no terreno dos filmes de gênero que Fogo Contra Fogo pisa, restaurando-o como uma agulha incendiária.
Na obra, a dedicação que os indivíduos possuem com seus trabalhos cheira forte em cada ambiente. Esse sentimento forte, desenfreado, por parte dos heróis - sim, na obra mocinho e bandido são dois lados da mesma moeda - com seus trabalhos, os coloca em um casulo de envelhecimento. A solidão que rasga do peito de Vincent e Neil, duas almas cambaleantes, é sentida na textura visceral que compõe cada cena. Difícil e raro tratamento na sétima-arte, o objeto filmado deixar escapar profunda comunhão entre os vários artifícios e acessórios que a compõem: plasticidade das imagens, trilha sonora, texto, riqueza dos personagens. A Los Angeles retratada é o isolamento encurralando as duas feras que buscam se completar na escuridão trágica de suas vidas - vazias, quando separadas de seus ofícios, de suas obstinações. Testemunhar a operação religiosa dos personagens em Fogo Contra Fogo é sair cego de um tiroteio melancólico e poético, onde poucas vezes o cinema soube enfrentar.

Aerton Martins ( APJCC - 2012)


Serviço:
Dia 19 de Julho, quinta-feira às 18h30
Cine Teatro do CCBEU
(Travessa Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA


Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cine GEMPAC
Curadoria: Tiago Freitas e Max Andreone

Mais informações:
cineccbeu.blogspot.com
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook

8421-8071
8158-1840

7.7.12

Sessão especial do Cine CCBEU apresenta "Belo Monte: anúncio de uma guerra", de André D'Elia




"Belo Monte, Anúncio de Uma Guerra“, filme independente sobre a construção da controversa Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. O documentário foi dirigido por André D’Elia e patrocinado por “Crowdfunding”, precisamente 3429 apoiadores que contribuíram usando o sistema Catarse. É um filme necessário para nosso esclarecimento, com 1h44min de depoimentos e gravações com líderes e pessoas das comunidades locais e diversas figuras envolvidas no processo, de políticos à caciques, de ambientalistas à retirantes em busca de emprego. E principalmente com índios, os habitantes originais dessa terra, os atuais moradores das margens do Rio Xingu, onde Belo Monte e provavelmente outras usinas estão prestes a ser construídas.


Convidados confirmados até o momento para o debate após o filme: 
Lúcio Flávio Pinto (Jornalista)
Felício Pontes Jr. (Procurador da República do Ministério Público Federal do Pará)


Antes da sessão, às 17h30, será exibido o trabalho audiovisual:


Dossiê: por uma cartografia crítica da Amazônia 
RMXTXTURA pré-logos: Perigoso e Divertido (13 min.)

"-Agora abrir os olhos. Agora sonhar o sonho de ver como somos vistos.". O mote de Vicente Franz Cecim é a mortalha que dá vida aos 13 minutos dessa apresentação de um processo: "Dossiê: por uma cartografia crítica da Amazônia". Há 2 meses iniciou-se a busca de uma síntese. Pontos críticos desse enigma alcunhado Amazônia começaram a se grafar em Dossiê (material e digital). “Redes locais, Autonomia”, “Vontade de Potência”, “Estamos em greve”, “Entre rios, rua e igarapés” são os fascículos que acompanham esse “Prólogo: Perigoso e Divertido”. 
Coordenado por Giselli Vasconcellos, e tendo na equipe Romario Alves, Ícaro Gaya, Lucas Gouvea, Bruna Suellen e Arthur Leandro, e quaisquer colaboradores, o processo (que sempre estará em processo) de construção desse documento aberto pretende, entre outras coisas, olhar do alto, de baixo, de dentro, de fora, na altura dos olhos, no espelho. AMAZÔNIA é o nome da floresta-enigma que está sendo in-plorada. Trabalhoso.
Os vídeos em construção são chamados até então de remix-texturas (rmx txt ura’s), 'remix' enquanto ressignificação do que já existe, 'texto' (no sentido máximo, sendo sinônimo de imagem – visual, sonora, conceitual) e 'urdidura' (s.f. ação ou efeito de urdir; conjunto de fios no tear por entre os quais se faz a trama; Fig. tramóia, intriga, maquinação).
Colaborativo, o viés do projeto/processo abre à opinião pública as portas (digitais e materiais). Há muitos afetos para se construir, muitos paradigmas para se destruir, muitas árvores para compreender. Por outras cartografias.

Serviço:
Dia 12 de julho, quinta-feira
Programação a partir das 17h30
Cine Teatro do CCBEU (Travessa Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU
Apoio: Cine GEMPAC
Curadoria: Tiago Freitas(APJCC)


Mais informações:
E-mail: cineccbeu@gmail.com
Twitter da APJCC
Facebook

(91) 8421-8071
(91) 8158-1840